Desde 2017 no Paysandu, o zagueiro Perema sabe como poucos como funciona a dinâmica no clube. Assim como sabe também os caminhos e atalhos do Campeonato Paraense, competição que já venceu duas vezes. Mas, pela primeira vez, está vivendo a situação atual, trazida pela pandemia de Covid-19, em que o calendário está desarrumado. Ele sabe o que espera pelo Papão diante dos times do interior, a maioria se preparando há tempos. Para a estreia contra o Castanhal, o zagueiro é enfático que a vantagem física será toda do adversário.
“Claro que é uma vantagem, principalmente física. Estaria mentindo se dissesse que não. Eles treinam há muito mais tempo que a gente. Teremos que ter inteligência para saber jogar essa partida e administrar as ações. Vai ser difícil, mas podemos”, confirmou o jogador, que espera em 2021 um Parazão bem mais concorrido, citando o retorno da Tuna Luso e o pouco tempo de preparação de Paysandu e Remo, sempre apontados como favoritos pelos investimentos que fazem visando o calendário cheio.
“A concorrência é ainda maior. Tem a Tuna, por exemplo, que tem muita tradição. A cada ano que passa o Campeonato Paraense vem se tornando mais forte. A gente tem se preparado da melhor maneira possível. Sabemos que é pouco tempo, mas temos procurado aproveitar esse pouco tempo de treinos para chegarmos bem na estreia”, disse. “É pouco tempo e a gente procura se entrosar o mais rápido possível. A gente procura conversar muito e assimilar o máximo possível das coisas que o professor nos passa. É pouco tempo, mas quem está aqui tem muita capacidade”, completa o jogador.
Perema engrossa o coro da diretoria ao reforçar a importância do Campeonato Brasileiro na temporada bicolor. Ao mesmo tempo em que garante que todos no elenco valorizam a competição estadual, a busca por uma vaga na Série B do ano que vem é a prioridade. “Não menosprezando, mas o Parazão vai servir para montarmos um grupo forte para o restante da temporada. Vencer é muito importante, assim como títulos, mas temos que nos preparar”.
ADVERSÁRIO
Com um grupo em formação, o Paysandu vai estrear no Campeonato Paraense, no próximo domingo, diante do adversário que mais se reforçou para a temporada. O Castanhal tem um 2021 cheio, com Copa do Brasil e Série D e contratou alguns dos destaques do Parazão do ano passado, inclusive recentemente com o atacante Debu, emprestado pelo Papão. Mas, elenco por elenco, o bicolor ainda está alguns patamares acima – pelo menos em teoria -, o problema está no tempo de preparação. Enquanto o Paysandu chegará no jogo de domingo com dez dias de treinos, sem que a maioria dos atletas tenha tido um tempo adequado de descanso, o Castanhal teve um tempo propício de pré-temporada, com muitos jogadores que não atuam desde o estadual do ano passado ou da Série D. O técnico do Papão, Itamar Schülle, não fala em vantagem do adversário, mas deixa bem claro que seu trabalho ainda está praticamente em fase embrionária. “Iniciamos a preparação na quarta-feira, especialmente na parte física. Encontramos uma estrutura muito boa e todos estão muito empenhados nessa mini pré-temporada. Mas o ideal seria ter de 25 a 30 dias de treinos. Nossos adversários paraenses estão em preparação há 30, 40 dias. São dificuldades que teremos que encarar”, explicou Schülle.
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