Joia azulina em avaliação
Revelação da base remista, Ronald é um fenômeno de público e crítica, mas não despertou até hoje nenhum encantamento por parte do técnico Paulo Bonamigo. Ontem, depois de insistentes questionamentos levantados nas últimas semanas, o treinador finalmente falou sobre o ala de 18 anos que também atua como ponta.
Para Bonamigo, Ronald tem muito potencial e um futuro promissor, mas precisa adquirir mais “casca” – experiência, na linguagem boleira. É interessante a afirmação, embora seja absolutamente improvável que o jovem atleta ganhe rodagem sem ter sequência de jogos.
Em favor do técnico há o fato de que, quando assumiu o comando, em setembro, Ronald estava lesionado. Sofreu fissura na clavícula após sofrer entrada criminosa no jogo com o Treze-PB na fase inicial da Série C.
À época, surgiu a informação de que a contusão teria ocorrido porque o jogador não sabia cair e amortecer choques normais no desenrolar de um jogo. Pode até ser, mas o fato é que Ronald levou uma trombada violenta, sendo difícil avaliar se traquejo e tarimba evitariam a lesão.
Ele surgiu como lateral-esquerdo no começo de 2020 contra o Carajás no Baenão. Em poucos minutos, encantou o torcedor pela velocidade, dribles e destreza para cruzamentos. O técnico era Mazola Junior, que ainda escalou Ronald em partidas pelo Parazão 2020 e da Série C.
O tempo consumido na recuperação deixou Ronald fora do radar. Voltou aos poucos, já sob direção de Bonamigo, mas sem a mesma volúpia ofensiva. Na entrevista, o técnico revela que ficou com impressão ruim após a fraca participação do ala diante do Santa Cruz, no Mangueirão.
Era um jogo importante e quase ninguém se saiu bem. Nem Felipe Gedoz, estreante da noite, que perdeu pênalti e dois rebotes no mesmo lance. Apesar da pífia atuação e da derrota por 2 a 0, Bonamigo guardou como referência negativa a participação de Ronald.
Desde então, o ala-extremo só aparece de vez em quando, como contra o Independente pela Copa Verde, fazendo primoroso cruzamento para gol de Lailson, e diante do Gavião na 1ª rodada do Parazão. O Remo goleou, mas Bonamigo fez várias substituições no 2º tempo e o time se desfigurou. Ronald jogou 15 minutos e praticamente não pegou na bola.
Ainda bem que, apesar do comentário crítico sobre o jogo contra o Santa Cruz, o técnico mantém expectativa favorável pela evolução do atleta. Acha também que não pode jogar sobre as costas dele responsabilidades excessivas, o que explica a parcimônia em escalá-lo.
Tomara que, ainda no Parazão, novas chances surjam para Ronald, que só vai ganhar confiança jogando, com direito a erros e acertos. Por coincidência, ontem, o lateral Cicinho, revelado na base remista, defendeu a Bulgária no jogo contra a Suíça pelas eliminatórias europeias. A seleção búlgara perdeu por 3 a 1 e o paraense atuou como titular.
Pedido de folga soa como a valsa do adeus de ER
Eduardo Ramos (foto) resolveu dar um tempo do futebol. É o que se deduz das declarações dele, revelando que pediu à Tuna para ser liberado por tempo indeterminado. O pedido foi acatado. Depois de participar das três primeiras rodadas do Estadual, ele diz querer ficar ao lado da família, que mora em Goiás aproveitando a pausa imposta pelo lockdown.
A diretoria da Tuna não confirma a rescisão de contrato, situação que o jogador chegou a esboçar. Principal contratação para o Parazão, Ramos não conseguiu contribuir para um só triunfo da equipe cruzmaltina na competição – foram dois empates e uma derrota.
Aos 35 anos, o meia parece um tanto desencantado com o futebol. É uma impressão apenas, mas o pedido de folga após apenas três jogos pela Lusa soa como saída de cena. A lamentar apenas o fato de o clube ter dedicado esforço e investimento financeiro para contratar o jogador.
Direção do Carajás nega desistência e esclarece posição
Sem treinar devido às restrições do lockdown, o Carajás está em dificuldades para sair da Região Metropolitana e treina de forma precária para a retomada do Parazão. Com cuidadoso planejamento de gastos, para elenco de jogadores e demais funcionários, a paralisação pegou o clube de surpresa, forçando a liberação de jogadores. Apesar disso, não há intenção de desistir da competição.
Com o enxugamento da folha salarial, o Carajás reduziu o elenco de 31 para 25 atletas, incluindo vários jovens da base. A explicação foi dada ontem à Rádio Clube do Pará pelo presidente, Lindomar de Jesus. Ele respondeu a questionamentos feitos por mim e pelo companheiro Rui Guimarães durante o programa Linha de Passe.
Em segundo lugar na classificação do grupo B do Parazão, o Carajás tem boas chances de passar à 2ª fase e ganhou fôlego após a excelente partida diante do PSC na terceira rodada. O time, que era dirigido pelo técnico Pedro Paulo perdeu (2 a 1), mas mostrou qualidade e entrosamento.
Diante das incertezas financeiras, a diretoria liberou o técnico, que tinha outras propostas e acertou saída amigável, mas o time segue na disputa e acreditando na classificação.
Viva a Ciência, salve o SUS!
Chegou o dia da vacinação para este escriba de Baião. A imunização abrange pessoas maiores de 60 anos em Belém, graças aos esforços do governador Helder Barbalho e do prefeito Edmilson Rodrigues. Dia de destacar a importância da Ciência e louvar o formidável trabalho do SUS.
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