Dentre os muitos sonhos de garotos brasileiros, de certo, ser jogador de futebol ainda é um dos postos mais cobiçados. E, para um paraense da cidade de Castanhal, na região nordeste do Estado, não foi diferente.
Tapajós vence e rebaixa Gavião para Segundinha
Adauto Júnior, o irmão do meio de três filhos, hoje com 26 anos, já acumula uma vasta lista de clubes por onde passou. Não esperava, ele, que chegaria a jogar em times de futebol fora do Pará, após a infância repleta de dificuldades vivenciada no município de São Caetano de Odivelas, nordeste do Estado, onde passou a maior parte de sua infância.
“A minha
vida sempre foi com uma certa dificuldade para conseguir algo. Eu sonhava em, um dia, estar em um time grande, mas não imaginava que chegaria tão perto de uma
Série B, por exemplo, como cheguei com o Cuiabá e um acesso com o Imperatriz”,
revelou o jogador, que atuou em 2018 pelo Cuiabá-MT, equipe que na época
disputou a Série C do Brasileirão.
O meia relembra seus primeiros passos com a bola nos pés: foi no bairro do 40 horas, em Ananindeua, que jogou em uma equipe amadora. Naquele tempo, levou sua equipe até a final, em um campeonato regional. O rival era o Paysandu. Na partida decisiva, viu seu time ser goleado por 8 a 0 pelo tradicional clube paraense. Adauto não imaginava que o clube goleador seria sua casa futuramente.
Antes de chegar ao Paysandu, fez uma breve passagem pelo Castanhal. Em solo bicolor, onde ficou por 2 anos, chegou a disputar a Copa São Paulo e o Campeonato Paraense Sub-17.
Seu primeiro
contrato foi firmado com o Vila Rica, time da segunda divisão do Campeonato
Paraense em 2016. Rapidamente, alcançou voos maiores. Partiu para o Distrito
Federal, onde foi disputar a primeira divisão do Campeonato Brasiliense pela Taguatinga. Foram
11 jogos como titular e 4 gols marcados.
Em 2017, no Imperatriz-MA, clube que lembra com carinho como ponto de partida da sua trajetória profissional, foi treinado pelo técnico Sinomar Naves. No Cavalo de aço, acumulou uma classificação para a Série D e um acesso para a Série C, além de um título de campeão maranhense. “Posso dizer que no Imperatriz foi onde realmente começou a minha trajetória como jogador profissional e de uma trajetória vitoriosa”, disse o meia.
Foi
emprestado ao Boa Esporte – MG, em seguida para o Cuiabá, até retornar para o
Imperatriz, onde finalizou seu contrato com a equipe maranhense. Antes de
retornar ao Pará, ainda atuou em solo paraibano pelo Treze-PB.
RETORNO AO PARÁ
Em 2019, firmou contrato com o Carajás e disputou a segunda divisão do Parazão. Levou o
time à final contra o Parauapebas, em uma emocionante partida que terminou em 5 a
3 e garantiu o acesso do Pica-Pau à elite do Campeonato Paraense.
Relembre:
No ano
passado, antes de atuar pelo Tapajós – seu último clube – viajou até a Bahia e
jogou pelo Guarany de Juazeiro. Marcou 1 gol em 9 partidas disputadas.
TRAJETÓRIA NO
BOTO
Contratado como uma das promessas do Tapajós para disputar o Parazão deste ano, Adauto foi um dos destaques da equipe. Considerado um jogador bastante regular em campo, atuou em 7 partidas pelo Boto e manteve garantida a vaga da sua equipe para a disputa do regional do ano que vem.
O saldo dele, até o momento, é de uma vitória, 4 empates e 3 derrotas pelo
Parazão. Na última partida contra o Gavião Kiykatejê, Adauto foi vetado por ter
testado positivo para a Covid-19. “Graças a Deus deu certo, eu pude fazer um bom
trabalho no Tapajós, e, por esse bom trabalh, fui bem visto pelas pessoas”,
finalizou.
Hoje, está com destino incerto no Boto, pois seu contrato terminou com o fim da competição. Mas o paraense de Castanhal - que nem imaginava as vitórias que alcançaria com aquele sonho de infância - agora é cobiçado por grandes equipes do Estado.
PREMIAÇÃO
Ainda pela sua atuação no Boto, Adauto foi o meia-atacante mais votado, até o momento, para o Troféu Camisa 13. A primeira parcial com os nomes dos mais cotados a levar o mais tradicional troféu para casa saiu na última terça-feira (27). Adauto recebeu 269 votos.
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