plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 34°
cotação atual R$


home
NO PARÁ TAMBÉM TEM SURF!

Conheça Sandro Buguelo, a originalidade do surf paraense

Além de surfista, o atleta de 46 anos também é pescador, professor do esporte e faz suas próprias pranchas.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Conheça Sandro Buguelo, a originalidade do surf paraense camera Sandro Buguelo é um dos principais surfistas paraenses. | Foto: Rick Werneck

Com a medalha de ouro de Ítalo Ferreira no surf, nas Olimpíadas de Tóquio, a modalidade que já era bem vista pelos brasileiros, principalmente através das referências de Gabriel Medina e Mineirinho, ambos campeões mundiais, têm se tornado cada vez mais popular no Brasil. E no Estado do Pará, mesmo com a dificuldade para prática do esporte, principalmente por conta das ondas, não tão boas como as de sul e sudeste, o surf também se faz presente.

Sandro Buguelo pode ser considerado o grande nome do surf no estado. O veterano atleta de 46 anos, nativo da Praia do Farol Velho, em Salinópolis, tem em seu currículo títulos brasileiros, paraenses e do tradicional Surf na Pororoca, que reúne surfistas de todo planeta, em um fenômeno aquático que acontece entre os meses de Janeiro a Abril, quando há um encontro das águas da “boca do rio” Araguari com as águas do mar, no Estado do Amazonas.

Com 36 anos de experiêcia na modalidade, o atleta começou por baixo, praticando em tábuas de madeira, com forte inspiração no irmão, que à época, também era surfista. Após se aproximar das ondas, e sem ter dinheiro para comprar uma prancha, Sandro emprestava o equipamento para poder praticar. Antes de focar totalmente no surf, o profissional ficou por três anos no Bodyboard, modalidade em que o atleta em vez de ir de pé na prancha, como no surf, vai deitado deslizando nas ondas.

Mas se engana quem pensa que essa parceria entre Buguelo, o irmão, Sérgio Roberto, e os amigos do irmão, era sadia. O salinense, como era o mais jovem, pegava as pranchas dos surfistas para ir ao mar, escondido.

“Eu só pegava a prancha deles, e ia embora para água”, relembra.

Sandro Buguelo e o Irmão, Sérgio Roberto após vitória na Pororoca, 2006.
📷 Sandro Buguelo e o Irmão, Sérgio Roberto após vitória na Pororoca, 2006. |Foto: Reprodução/Ader Oliveira

Com o sonho de surfar profissionalmente, Buguelo saiu do Pará muito cedo e foi morar na Praia Grande, em São Paulo, onde aprendeu a fazer suas próprias pranchas, ou como se diz na linguagem do esporte, se tornou um: “Shapear”.

Após 5 meses no Estado, Buguelo partiu rumo a Fortaleza, onde passou 5 anos. O aprendizado de confeccionar seus próprios materiais de trabalho foi bem utilizado pelo atleta, que além de vender os equipamentos para sobreviver, competia e ainda compete nos próprios shapes. No Ceará, o surfista que tinha como grande influências os brasileiros Teco Padaratz, que foi bicampeão mundial do World Men's Qualifying Series, e Fábio Govêa, um dos surfistas mais vitoriosos do Brasil, continuou competindo e foi vice-campeão cearense profissional da modalidade.

Buguelo pegando "uma onda" em Salinas.
📷 Buguelo pegando "uma onda" em Salinas. |Foto: Arquivo pessoal

Com mais de 35 anos de surf, hoje o atleta, que também divide suas atividades na água, com a confecção de pranchas, pesca, também se dedica em dar aulas particulares de surf.

Por meio da Escola de Surf Sandro Buguelo, o paraense consegue tirar uma de suas principais fontes de renda unindo o útil ao agradável: o amor ao esporte, e a possibilidade de poder passar um pouco de sua experiência para pessoas que querem se iniciar na prancha sobre as ondas do mar. Para o surfista, pela falta de apoio na cidade para o esporte, aprender a surfar na escolinha se torna caro.

Sandro praticando o surf em uma praia de Salinópolis. Vídeo: Simone Buguelo

“Fui pedir patrocínio para todo mundo para ver se alguém ajudava no início do projeto, infelizmente ninguém ajudou, pra abrir uma escolinha para comunidade, porém ninguém confiou em mim, então eu mesmo investi, e fiz os equipamentos para a escola de surf. Hoje eu só dou aula particular, e cobro por hora, R$ 100. Para aprender comigo é caro”, justifica.

Sandro ainda fala da experiência que tem a passar para as pessoas que desejarem fazer parte do projeto: “É muita experiência e muito conhecimento que eu tenho para passar de graça pra a rapaziada.”

O atleta faz parte de um grupo seleto de competidores apoiados pela Secretaria de Estado Esporte e Lazer (SEEL). Com ranking obtido em 2017 através da categoria Open de Surf, o salinense faz parte do Programa Bolsa Talentos, que dá uma ajuda financeira aos atletas amadores e profissionais que conseguem determinada pontuação no ranking das federações estaduais dos respectivos esportes.

E MAIS - Palmeiras segue forte preparação para clássico contra o São Paulo

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Esporte Pará

    Leia mais notícias de Esporte Pará. Clique aqui!

    Últimas Notícias