O revés por 1 a 0 para a Ponte Preta, na tarde deste domingo (24), no Estádio Baenão, em Belém, pela 31ª rodada da Série B do Brasileiro, fez o Remo chegar ao quinto jogo consecutivo sem vitórias, sendo os três últimos com derrotas. Com os resultados negativos, o Leão Azul estacionou nos 38 pontos e vê os adversários da parte de baixo da tabela se aproximarem.
"É um momento difícil. Assim como foi contra o Vila, tomamos um gol no início e a partida ficou a feição da Ponte Preta, que é uma equipe que gosta de jogar um jogo reativo, de contra-ataque. Tentamos de todas as maneiras, criamos situações, nos expomos em outras e o adversário teve chances de ampliar o placar. Tentamos de todas as maneiras e infelizmente não conseguimos o gol. É um momento de falar pouco e trabalhar muito para atingir nosso objetivo, que eu sempre disse que é se livrar do rebaixamento e garantir a permanência. Ainda estamos com uma boa pontuação, com uma margem para o Z-4. É ter equilíbrio e calma. Pensar no momento que estamos passando. Ver se a maneira que estamos jogando, para frente, com muitas finalizações, mas sem conseguir colocar a bola para dentro, é a melhor para a nossa permanência esse ano. Vamos parar, pensar, analisar, continuar sendo uma equipe competitiva, mas um pouco mais forte. Que todos entendam que precisamos permanecer. É jogar como a gente gosta, como a torcida também gosta, com essa característica para frente. É uma reflexão que vamos fazer, para que o Remo volte a pontuar e atinja o objetivo. Fora isso, em um momento mais propício, quem saiba a gente faça um futebol ainda melhor para a torcida", destacou o técnico Felipe Conceição.
Restam sete jogos para o término da Série B do Brasileiro. O Leão terá 21 pontos em disputa para somar sete e atingir os 45 - número considerado "mágico" para escapar do rebaixamento. Os próximos duelos serão contra Cruzeiro (fora), Londrina (casa), CSA (fora), Operário (fora), Goiás (casa), Vasco (fora) e Confiança (casa). Felipe Conceição acredita que os azulinos se livram da degola com uma pontuação abaixo dos 45.
"É trabalhar. Não tem outro caminho. O que posso dizer para a torcida é que iremos continuar o nosso trabalho, em busca do objetivo principal. Sei da ansiedade em ver grandes resultados, de momentos melhores, mas estamos com uma margem boa para a zona de rebaixamento. Precisamos ter equilíbrio, trabalhar mais forte e encontrar maneiras para voltar a pontuar. Esse é o caminho. Faltam sete rodadas. Acredito que não precisamos chegar aos 45, mas temos que voltar a pontuar para que a torcida possa comemorar a permanência na Série B, que o Remo a cada ano possa crescer em várias situações e se tornar mais forte. Acho que com a consciência de todos, com todos remando para o mesmo caminho, vamos atingir a permanência e o futuro será melhor. As coisas não dão salto. Temos que ter a cabeça no lugar, se juntar e trabalhar. Ainda temos uma boa margem para atingir nosso objetivo", enfatizou.
Nos últimos cinco jogos válidos pela Segundona que não venceu, o Remo finalizou 78 vezes ao gol (Sampaio - 9; Coritiba - 16; Vila Nova - 25, Brusque - 8; Ponte Preta - 20) e marcou apenas três vezes, sendo que apenas 26 foram em direção ao gol. Felipe Conceição reconhece o mau momento do ataque azulino e fala em mudar a forma de jogo para voltar a vencer na competição nacional.
"Nossa margem ainda é boa. É lógico que liga o sinal de alerta. Lógico que precisamos voltar a pontuar. Vamos buscar fazer isso no próximo jogo. É trabalhar, entender o momento, buscar força e confiança. Saber que nosso momento ofensivo não é bom. Conseguimos criar. Foram 20 e poucas finalizações. Contra o Coritiba foram 26, contra o Vila mais de 20 também. Contra o Brusque um bom volume no primeiro tempo. Se pegarmos esses quatro jogos, somarmos e ver que só tivemos três gols. Precisamos pensar se vale a pena ter esse volume todo, se jogar dentro da minha característica, ou se buscamos uma situação de permanência, para no futuro jogar como a gente gostaria. Mas é de se pensar, sim, porque o momento não é bom e a gente precisa, nessa reta final, pontuar para atingir o objetivo independente da maneira que jogue, de quem jogue. Precisamos de muito empenho, muita união, para pontuarmos e atingir o objetivo", disse.
Arbitragem:
"Não concordo com a escalação de um árbitro mineiro. Estamos nessa posição, um ponto atrás de um time mineiro, brigando por posição, sendo o nosso próximo adversário e vem um árbitro mineiro apitar aqui hoje. É de muita estranheza. Nesta reta final de Série B acontecem muitas coisas, mas esse toque que estou dando é para a torcida, para os funcionários, para todos que fazem parte do Clube do Remo, para saberem as dificuldades que é", comentou.
Trabalho à frente do Remo:
"Trabalhamos diariamente para tirar o máximo de todos os atletas que estão aqui. É com esse grupo que vamos atingir a meta principal e, se Deus quiser, atingir a permanência para o Remo. Em nosso trabalho, tivemos o momento inicial, recuperando a confiança do grupo, onde tivemos o crescimento. Depois um momento muito regular na competição. Eu fiz um turno com esse grupo e fizemos 31 pontos. Hoje estamos em um momento, que nós temos realmente muita dificuldades de repetir a equipe, onde muitos atletas importantes se lesionam. Temos que colocar meninos que as vezes nem se adaptaram, como é o caso do Raimar. Colocamos atletas de outras posições para adaptar no lugar dos machucados. Tudo isso estamos enfrentando da melhor maneira possível. Precisamos estar todos juntos: torcida, funcionários, atletas. Nessa reta final, temos que nos unir ainda mais, pois as dificuldades já conhecemos. Só contamos com nós. Precisamos estar mais juntos do que nunca. Falta pouco! Ruim seria se hoje ainda tivessemos que correr atrás com todas essas dificuldades. Ainda tenho muita confiança do grupo que eu trabalho, com as pessoas e com a torcida, que empurra muito. Que todos entendam nosso momento e puxem para cima. É o que precisamos agora, de confiança e força de todos", finalizou.
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