A aquisição de um Centro de Treinamento é fundamental para que um clube busque resultados mais expressivos no futebol, já que envolve toda uma estruturação e condições de trabalho para todos aqueles que estarão envolvidos nos processos, desde o departamento médico, até as finalizações das preparações para os jogos.
Em junho de 2021, o Clube do Remo, sob o comando o presidente Fábio Bentes, adquiriu o CT do Carajás, que fica localizado em Outeiro, distrito de Belém, pelo valor que fica entre R$ 3 e R$ 3,5 milhões. O rebaixamento à Série C do Brasileiro faz o clube perder R$ 10 milhões em cota, além de outras receitas geradas pela exposição na Segundona. Apesar disso, Fábio Bentes esclareceu que tudo está sob controle e que o Leão não terá problemas financeiros para quitar o CT. Perguntado se havia sido uma aquisição precoce, já que a cota da Segunda Divisão Nacional não estava confirmada para 2022, ele tranquilizou a todos.
“Não considero precoce, mas sim tardia. Essa compra deveria ter acontecido antes. Infelizmente o clube, por opção dos gestores ou condições financeiras, não adquiriu isso anteriormente. Isso é o básico do báscio para montar um time de futebol. É preciso ter um local de treinamento. Não se treina onde se joga. O Clube do Remo, durante muitos anos, dependia de favores ou alugueis. Não era gerado uma uniformidade de piso de treinamento. Isso era necessário para que tivéssemos um melhor desempenho. Talvez, se tivéssemos um CT há dois ou três anos, muitos dos problemas não tivessem acontecido. O CT já vem dando frutos. Somos finalistas do futebol feminino, semifinalistas do Sub-20 e 17. Todos eles treinam no CT. Chegavam a treinar em societys, pois não tinha local como opção de trabalho. Estamos revelando jogadores e estão correspondendo à altura. A médio e longo prazo vamos ter cada vez mais jogadores formados pelo clube. Considero o CT o maior acerto desses três anos que estou no clube do Remo e não me arrependo nem por um dia. Fizemos uma negociação muito boa", contou.
O espaço já possui três campos de futebol, incluindo o Estádio Mamazão, com capacidade para 800 torcedores. Também tem prontos vestiários, alojamento, refeitório, além uma extensa área verde preservada, onde mais campos podem ser construídos. A área total é de 98 mil m². A entrada da compra foi feita entre R$ 800 mil a R$1 milhão, sendo o valor da cota da Copa do Brasil e o sendo parcelado até o final de 2023, final da gestão do atual presidente Fábio Bentes.
"É bom esclarecer que não comprometemos nenhum centavo que veio da CBF. Foi um recurso extra. Era uma sobra da Copa do Brasil. Não condicionamos valores em cada ano, mas sim que seria pago em três anos. Associamos alguns valores nesse ano. A venda do título remido vai para o CT e elas estão boas. Já temos quase um milhão de reais vendidos de títulos remidos. Esses valores estão sendo repassados na íntegra para o Ct e já temos 50% de todo o valor dele pago. Ano que vem temos uma parcela considerável para viabilizar para eles (Carajás). Temos uma fonte de receita extraordinária, que não irá comprometer o ano na Série C e o restante iremos quitar em 2023, que será um ano que estaremos melhor financeiramente por conta dos desbloqueios financeiros. Tudo em virtude de que estamos chegando próximo do fim das dívidas na justiça do trabalho. A dívida trabalhista ia zerar ao final de 2023, nossa expectativa era para o fim de 2022, mas a pandemia atrapalhou. Estamos trabalhando com a real hipótese de que vamos pagar boa parte do CT ano que vem e reste pouco para 2023, tudo dentro do contrato, que é o compromisso de pagar tudo até o final da gestão. O torcedor pode ficar tranquilo. Em seis meses já pagamos mais da metade. Ainda temos mais dois anos para pagar o restante”, explicou.
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