Em um panorama geral, a temporada de 2021 foi negativa para o Paysandu. Por conta da pandemia da Covid-19, os bicolores iniciaram o ano com o fracasso na Série C do Brasileiro de 2020. Sem muito tempo para lamentações, iniciou o planejamento seguinte. Ao todo, foram três treinadores e terminando com um auxiliar-técnico.
Nas competições, eliminação precoce na Copa do Brasil, superação para conquistar o bicampeonato paraense, perda do ídolo e artilheiro Nicolas, classificação arrastada na primeira fase da Terceirona, vexame no Quadrangular Final e eliminação da Copa Verde para o rival, com o Lobo chegando com um elenco todo desmontado, mostrando falta de planejamento da diretoria. Ah, futebol apresentado? O único momento que realmente empolgou o torcedor foi o primeiro tempo da semifinal do jogo de ida contra o Remo.
A Queda na Segunda Fase da Copa do Brasil:
O Papão encarou o Madureira na primeira fase da Copa do Brasil. O meia Ruy mostrou um bom futebol na ocasião, o que empolgou alguns torcedores. Os bicolores venceram o duelo por 1 a 0 com gol de Denílson e passou de fase, onde enfrentaria o CRB. Dentro da Curuzu, o Paysandu foi superado de virada pelo placar de 2 a 1 e deu adeus à competição nacional, deixando de ganhar uma boa grana.
A Conquista do 49º Título do Parazão veio na garra e na marra:
Sob o comando do técnico Itamar Schülle, os bicolores apresentavam um futebol feio, que sofria cobranças, mas o comandante seguia falando em evolução a cada partida - o que não se via. A derrota no RexPa, por 4 a 2, dentro da Curuzu, colocou a equipe sob pressão. Até chegar ao título, foram 14 jogos, com oito vitórias, quatro empates e duas derrotas. No primeiro jogo da decisão, contra a Tuna, derrota por 4 a 2, fazendo com que o treinador fosse demitido.
Para a partida da volta, sob o comando do auxiliar-técnico permanente, Wilton Bezerra, vitória por 4 a 1, com hat-trick de Gabriel Barbosa e o bicampeonato assegurado. O detalhe curioso é que os três últimos gols saíram na segunda etapa, quando o atacante entrou no duelo.
Adeus do "Cavani da Amazônia":
Na Curuzu desde 2018, Nicolas foi o principal jogador do Paysandu por três temporadas. Carrasco do Remo, o atacante caiu nas graças da Fiel Bicolor e o bom desempenho chamou atenção de vários times.
O rendimento de Nicolas caiu e o jogador passou 15 jogos sem balançar as redes, o que gerou cobranças ao jogador e acusações de que estava forçando sua saída do clube. Em um embarque para Fortaleza, onde o Papão iria enfrentar o Floresta, membros de uma "torcida organizada" ameaçaram o jogador e o agrediram verbalmente. Logo em seguida, jogo contra o Santa Cruz, também fora de casa e quebra do jejum. Na volta, o anúncio de que estava de partida para o Goiás por empréstimo. Meses depois, viria a conquistar o acesso com o Esmeraldino.
Durante o tempo atuando pelo Paysandu, Nicolas participou de 103 jogos e marcou 37 gols, além de ter conquistado dois títulos do Campeonato Paraense (2020 e 2021).
Fase Classificatória, Primeiro Lugar e Goleada na Terceirona:
O Lobo iniciou a competição sob o comando do técnico Vinícius Eutrópio, que ficou nove jogos pela Curuzu, tendo conquistado três vitórias, quatro empates e duas derrotas. Apesar do rendimento mediano, o futebol era fraco e os discursos controversos ao que era apresentado irritava o torcedor, que estava cansado das péssimas apresentações do time ao longo do ano.
Roberto Fonseca assumiu o Papão no returno da terceirona e conseguiu, entre altos e baixos, assegurar o primeiro lugar da fase classificatória, mas antes disso uma derrota humilhante para o Ferroviário por 5 a 1 no Ceará. No Quadrangular Final, dois pontos em três jogos e mais uma demissão. Wilton Bezerra voltou a assumir a equipe, mas não obteve o sucesso do Parazão e o Paysandu terminou na lanterna da chave com apenas dois pontos somados.
Curuzu com Público Novamente:
Após a classificação em primeiro lugar do Grupo A da Série C do Brasileiro, a Fiel Bicolor voltou a reencontrar o Paysandu no Estádio da Curuzu após um ano e meio distante, devido aos problemas causados pela pandemia da Covid-19. A partida que marcou o reencontro aconteceu contra o Botafogo-PB, que terminou empate sem gols. Um dos dois pontos conquistados pela equipe no Quadrangular Final.
Protestos e Invasão:
Logo após a derrota para o Botafogo-PB, ainda na segunda rodada da primeira fase da Série C do Brasileiro, torcedores foram até a sede social protestar contra a diretoria e a comissão técnica. O Papão havia feito uma apresentação horripilante e só não saiu goleado (o jogo terminou 2 a 0) por conta das defesas de Victor Souza.
Após isso, o Paysandu seguia sem agradar e uma torcida organizada foi até o saguão do Aeroporto Internacional de Belém cobrar alguns jogadores, como o artilheiro Nicolas, já citado anteriormente. Houve até tentativa de agressão a alguns jogadores, o que deixou o clima bem tenso. No fim, duas vitórias fora de casa e a classificação para a próxima fase sendo encaminhadas.
Após a volta da torcida ao estádio, a quarta rodada do Quadrangular Final marcou a invasão de campo de inúmeros membros de uma "torcida organizada". Na ocasião, o Papão perdia o jogo por 3 a 0 para o Ituano e via as chances de acesso à Série B do Brasileiro reduzirem para quase 0%. A torcida foi contida pela Polícia Militar e a partida, após paralisação, terminou 4 a 1.
Piada do Quadangular Final:
Mesmo com o primeiro lugar da fase classificatória sendo conquistado com péssimas apresentações, a torcida do Papão reacendeu as esperanças do acesso após chegar na fase decisiva, onde iria encarar adversários já conhecidos. Foram seis jogos: dois empates e quatro derrotas e, pelo segundo ano seguido, terminou na lanterna do quadrangular.
O Paysandu estreou empatando sem gols fora de casa contra o Criciúma. Resultado nada mal e uma atuação muito boa defensivamente. No entanto, empate por 0 a 0 novamente, em casa, contra o Botafogo-PB. Na tecerceira rodada, derrota de virada para o Ituano por 3 a 1 e demissão de Roberto Fonseca. Nas últimas três rodadas, derrotas, invasão de campo e portão fechado na última. Tudo ao contrário do que foi sonhado.
Quase Sem Elenco e Eliminação para o Remo
Após o vexame da Série C do Brasileiro, vários jogadores entraram em acordo e deixaram o Paysandu antes do encerramento do contrato. Na primeira fase, vitória por 6 a 0 contra o Penarol-AM e depois passou pelo Castanhal nas quartas após 0 a 0 na Curuzu e 3 a 1 no Modelão. Muitos atletas tiveram o contrato encerrado no dia 30 de novembro, o que antecedia os jogos contra o Remo.
Com poucos jogadores no elenco, Wilton Bezerra montou uma equipe para encarar o rival. No primeiro tempo, com a Curuzu um caldeirão, os bicolores tiveram sua melhor performance no ano e abriram 2 a 0. Contudo, parou por aí. Os bicolores sentiram a parte física no segundo tempo e cederam o empate. Na volta, no Baenão, vitória por 2 a 0 do Leão Azul e fim de temporada para o Lobo, que completou mais um ano sem vencer o rival.
No fim, o balanço bicolor pode ser considerado bastante negativo, principalmente pelas performances lamentáveis e frustrantes ao longo do ano. A torcida, no entanto, segue acreditando e tendo esperança que 2022 seja uma temporada melhor, como é sugerido na famosa marchinha que afirma que "quando perde é por descuido, mas depois vem a virada..." Resta confiar e torcer.
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