Tapajós volta a julgamento e Carajás pode se beneficiar

A semana que se inicia marca o começo de mais uma edição do Campeonato Paraense, a primeira competição oficial a ser disputada por quatros clubes paraenses e a única dos demais oito participantes do certame, na temporada de 2022. Entretanto, um problema judicial, pendente ainda do ano de 2021, poderá complicar o começo do torneio.

Além de seguir na expectativa de ter seu mando de campo na estreia diante do Independente, pelo Parazão, na tarde desta segunda-feira (24), o Tapajós de Santarém estará sendo julgado pelo Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva-PA e corre o risco até de ser excluído da competição.

O motivo do julgamento é sobre uma denúncia da antiga contra a diretoria do Carajás acerca de suposta irregularidade do técnico Artur Oliveira. No último estadual, ele esteve no comando do Boto Santareno nos jogos contra contra Paysandu, Bragantino e Gavião e, segundo as denúncias, ele não estaria regularizado junto ao Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Em contato com a reportagem do DOL, o presidente do Tapajós, Sandeclei Monte, afirma que foi pego de surpresa. "Agora a gente foi pego de surpresa com o julgamento do Tapajós hoje (no caso da suposta escalação irregular do técnico Arthur Oliveira em 2021). Vamos esperar esse julgamento de hoje, às 17h. O corpo jurídico do Tapajós estará todo presente na Federação", afirmou.

Já representante do Departamento Jurídico do clube, o advogado André Cavalcante, destaca que está pronto e preparado para a defesa do Boto da Amazônia, no tribunal. "Com a defesa entendemos que, pelo teor da denúncia, ou seja, com base no art. 191 do CBJD, o Tapajós pode, no máximo, ser punido com multa, mas não com perda de pontos", detalhou.

ENTENDA O CASO

De acordo com o Artigo 8º do Regulamento Específico do Parazão fica estabelecido que “os clubes só poderão utilizar treinadores que tiverem seus nomes publicados no BID/CBF até o último dia útil que anteceder cada partida de sua agremiação”, o que não ocorreu durante todo o período em que Artur Oliveira comandou o Tapajós.