Depois de uma temporada conturbada em 2021, que mesmo com a conquista da Copa Verde, amargou com perda do título estadual e, principalmente, o rebaixamento para a Série C. Assim, o Clube do Remo já entrou no ano de 2022 com pressão e expectativa acerca do que o time pode apresentar no ano.
Com futebol pouco expressivo nas duas primeiras rodadas do Parazão, com uma vitória e um empate sem gols, e mesmo considerando o pouco tempo de trabalho de Paulo Bonamigo nesta passagem pelo Remo, o time sente a falta de um atleta em específico: Felipe Gedoz, articulador de jogadas e uma das principais lideranças da equipe, além de ser diferenciado tecnicamente. Mas a questão é: o time é dependente dele?
No Clube do Remo desde 2020, primeiramente emprestado pelo Nacional do Uruguai e posteriormente adquirido em definitivo pelo Leão, o jogador começou a se destacar desde a Série C. Com o acesso, teve seu ponto alto no clube durante boa parte da Série B, que acabou tendo um desfecho trágico para os azulinos. Por outro lado, o atleta foi importante no dia a dia do clube, até se machucar ainda no período de pré-temporada.
A equipe do DOL conversou com alguns dos mais renomados comentaristas esportivos do cenário paraense para explicar a presença desta "Gedozdependência" ou não no Clube do Remo.
Para Guilherme Guerreiro, locutor, apresentador e comentarista da Rádio Clube do Pará, não existe essa dependência toda em relação ao jogador, e sim a falta de alguém para suprir sua posição no time. Segundo Guerreiro, o jogador tem grande importância técnica dentre os jogadores do clube.
"Penso que o Gedoz tem uma importância técnica no time do Remo, mas não vejo essa 'Gedozdependência' propagada. O que o Remo não tem é um outro jogador no elenco com as mesmas características do Gedoz", disse.
O comunicador ressalta a importância do jogador dentro do elenco, mas coloca o fato de Erick Flores, mesmo com toda a qualidade, não se encaixar na função ocupada pelo meia, o que é um problema, pois o Leão precisa ir bem sem o camisa 10.
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"Erick Flores, por exemplo, com toda a qualidade que tem, ainda não conseguiu se encaixar na nova função. Repito, Gedoz é importante pro Remo, mas o Remo precisa e pode, se necessário, ser efetivo sem ele", completa Guerreiro.
Já para Danilo Pires, jornalista do Grupo RBA de comunicação que comanda o programa Portal Arquibancada, da Rádio Clube do Pará, Felipe Gedoz tem potencial para que o Remo seja dependente dele, entretanto, pelos últimos desempenhos do atleta, ele ainda não chegou nesse patamar.
"O Remo precisa de um jogador com características de distribuição de jogo, e o Gedoz é o único jogador com essa característica no elenco de hoje. O Gedoz tem potencial para que o Remo seja dependente dele, mas os últimos desempenhos dele não foram proporcionais a isso (dependência). Eu acho que a carência do Remo não é exatamente em cima do nome do Gedoz, mas é em cima de um personagem que possa exercer essa função, até porque o Erick Flores é um cara de um pouco mais de condução, fisicamente ele não é tão forte para enfrentar os baques, então ele não tem condições de jogar de costas para a zaga como meia exatamente", explica Danilo.
A opinião de Rui Guimarães, comentarista da Rádio Clube do Pará, é mais específica. Segundo ele, o Clube do Remo tem uma dependência relativa ao jogador. O radialista comparou as características do atual meia azulino, com as de seu antecessor, Eduardo Ramos.
"Eu vejo uma dependência relativa do Clube do Remo para com o Gedoz. Acho que o Gedoz não é o jogador completo de meio campo que o Remo precisa. O Gedoz é um ótimo jogador para bater na bola, para controlar o jogo, para tocar a bola para os lados, porém, ele não é um jogo vertical. Ou seja, aquele jogador que, por exemplo: o Eduardo Ramos, pega a bola do meio de campo e sai em direção ao gol adversário, era uma jogada forte dele. Já o Gedoz, não faz isto, ele toca a bola para o lado como se quisesse recebê-la de volta, é o jogador que gosta de visibilidade, de ‘estar na televisão’ o tempo todo. Então eu vejo que ele tem dificuldades em lançar a bola em profundidade, e nisso o clube do remo não perde nada", expressou.
No entanto, Guimarães considera que, se a questão for experiência e bolas paradas, o jogador muitas vezes, chega a ser até necessário, ou seja, primordial para o time.
"Se a gente considerar que ele bate bem na bola, que ele cruza bem, que ele é um jogador de bola parada, nesse aspecto sim (é importante), e também no aspecto da experiência, acho que ele é um jogador experiente o suficiente para que, quando a equipe queira controlar o jogo, administrar um resultado, ele é útil, talvez até necessário", completa Guimarães.
Mesmo machucado, o fato é que o jogador anda fazendo falta no clube, e os últimos jogos estão aí para provar tal teoria. Entretanto, no geral, é uma peça que pode ser substituída. Porém, o Leão ainda não tem esse jogador para tomar o lugar do atleta.
Recuperado de lesão, o jogador deve voltar a campo pelo Time de Periçá no próximo domingo (6), quando o time viaja para jogador contra o Itupiranga, no Estádio Rosenão, em Parauapebas. Este será um grande teste sobre a a dependência ou não do Clube do Remo pelo atleta.
— Clube do Remo (de 😷) (@ClubeDoRemo) February 2, 2022
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