A bagunça na última rodada do Campeonato Paraense, que seria disputada no último sábado (26), deu o que falar. O Paysandu, já classificado às quartas de final e com o primeiro lugar geral garantido, cumpriria tabela contra o Castanhal com o objetivo de desenvolver seu futebol, observar alguns jogadores e manter a invencibilidade. A partida está marcada para o próximo domingo, dia 6 de março. O atacante Marcelo Toscano comentou a situação e já pensa na Copa do Brasil no decorrer da semana.
“Estávamos preparados para o jogo contra o Castanhal. Infelizmente houve o cancelamento. Queríamos fazer a partida para encerrar essa primeira fase, mas por outro lado teve um descanso. Estamos bem focados para a partida da Copa do Brasil. Temos que virar a chave, pois é uma outra competição, que será um jogo só na fase e precisamos estar preparados para que possamos ir lá fazer uma boa partida. Se lá na frente nós corrermos, brigar, tenho certeza que nossa zaga e goleiro não terão muitos problemas”, destacou.
Marcelo Toscano tem a confiança do técnico Márcio Fernandes. O jogador vem sendo a principal referência no ataque do Papão neste início de temporada, mesmo ainda não tendo balançado as redes. Apesar da seca de gols, ele mostra raça e vontade. O atacante se mostra tranquilo quanto ao assunto e agradeceu o apoio que vem recebendo da torcida bicolor.
“Eu sei da minha responsabilidade. Tenho a confiança da comissão e dos atletas. Trabalho diariamente e me cobro muito para estar marcando gols. Atacante vive de gols e tenho essa consciência, mas sei que estou fazendo um bom trabalho, me entregando em campo. Estou honrando essa camisa. Tenho recebido vários comentários pela rede social de incentivo e agradeço a Fiel Bicolor por esse apoio e carinho que estão tendo por mim. Tenho certeza que esse gol vai sair na hora certa e quando acontecer não vai mais parar”, enfatizou.
Muitos torcedores andam questionando o técnico Márcio Fernandes por usar, no papel, o jogador como um centroavante. A torcida lembra que ele jogava como meia-atacante em outros clubes e foi assim que fez sucesso. Toscano explicou a função dentro da equipe e diz que está para ajudar o treinador e o Paysandu na busca pelos objetivos.
“Essa função de 9, é um nove falso. Não sou de ficar parado na área, gosto muito de me movimentar, buscar jogo, fazer as jogadas. Estou aqui para ajudar o professor, ajudar a equipe do Paysandu e me sinto bem nessa função. Ele me dá a liberdade de buscar jogo. Estou bem no entrosamento com o Marlon. Um sai, o outro entra e isso vai confundindo a zaga adversária”, revelou.
O primeiro desafio do Campeão dos Campeões na Copa do Brasil acontecerá na próxima quarta-feira (2), no Estádio Zerão, em Macapá (AP), onde irá enfrentar o Trem-AP a partir das 20h30. Caso avance para a segunda fase, os bicolores receberão R$ 750 mil de premiação, além dos R$ 620 mil que já estão no cofre por causa da participação. Toscano sabe da importância que a partida tem.
“Hoje, não tem mais a questão de time grande. Os adversários estão jogando um bom futebol e a Copa do Brasil é um jogo só. Sabemos das dificuldades que vamos encontrar. Estamos cientes, estamos conversando sobre isso. Temos que entrar ligados, focados, porque sabemos que vale muito dinheiro. Tenho certeza que será difícil, pois vão estar em casa, jogando com o apoio da torcida, mas nossa equipe está bem focada. Sabemos onde queremos chegar e pode ter certeza que sairemos de lá com o resultado positivo”, comentou.
Violência no futebol:
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“É muito complicado falar sobre essa questão da violência. É algo que não leva a nada. A torcida tem todo direito de cobrar o atleta. Ela tem o direito, sim, de cobrar, pois ela investe, paga o sócio, mas a violência só vai complicar mais a situação do clube. Claro que não podemos falar da torcida toda. São alguns que vão ao estádio quando não estão bem com a vida. Isso é preciso ser visto e proibir essas pessoas. Daqui a pouco vão estar fechando os estádios, proibindo a entrada de torcedores e isso é ruim, principalmente para o clube, pois não terá a renda, não entrará dinheiro. Então, é preciso pensar mais do lado ser humano. O atleta é um ser humano como qualquer um. Tem a família, obrigações. Violência não leva a nada”, finalizou.
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