Muito além do esporte e da competição, o futebol é também celebração das torcidas, mas pode se transformar em frustração, revolta e trauma em certos episódios, como o que aconteceu com uma uma família que tentou ver o jogo, mas foi impedida mesmo com ingresso na mão.
Uma torcedora denuncia que foi barrada de entrar no Estádio do Souza, na partida entre Tuna X Remo, pela semifinal do Campeonato Paraense no último sábado (26). Ela estava na companhia do filho e do marido.
Danusa Lins, torcedora do Leão Azul e estava com a camisa do seu time. O jogo era aberto para as duas torcidas, mas ela foi impedida de assistir mesmo assim. A torcedora relatou o caso em um tom de revolta.
“Meu marido é torcedor da Tuna e meu filho é remista, mas tem camisa da Tuna. Estacionamos o carro, em nenhum momento ninguém nos orientou sobre usar camisa do Remo. Compramos o ingresso, entramos e um dirigente da Tuna me tratou com ignorância. Meu filho começou a chorar e ficamos nervosos”, informa.
“Eles foram arrogantes e uma policial feminina me retirou do local porque meu filho estava chorando e eu estava nervosa. O diretor da Tuna foi super arrogante. Ninguém do clube me procurou para se retratar. Foi deprimente”, completa.
A torcedora cobra que haja mais respeito ao público feminino nos estádios, ainda mais no mês dedicado a mulher.
“Eu comprei uma camisa da Tuna, almocei no clube e com a camisa do Remo. Não fui impedida de nada e no jogo, um dirigente me tratou desta forma. Sou mãe, sou mulher e tenho direito de ir e vir. Cadê o respeito?”, desabafa.
Na última semana, a Federação Paraense de Futebol (FPF), liberou a entrada de torcedores do time visitante com a camisa do time de coração, com exceção do clássico entre Paysandu X Remo. A medida também permite a entrada de crianças nos estádios, por conta da redução dos casos de covid-19.
Tuna alega regimento interno para a proibição
A diretoria da Tuna Luso Brasileira se manifestou após o episódio ocorrido no último fim de semana, por ocasião do jogo contra o Remo, pela semifinal do Campeonato Paraense. O ouvidor e dirigente cruzmaltino, Gerardo Monteiro deu detalhes sobre um desentendimento com uma torcedora azulina nas dependências do estádio do Souza.
“Há um regimento interno que não permite que pessoas utilizem camisas dos outros clubes, principalmente após jogos contra Remo e Paysandu no nosso estádio”, diz. “Até me perguntei a pessoa que estava na companhia do filho ou o marido eram sócios e disseram que não. Daí gerou toda esse mal estar”, completa o diretor.
Gerardo ainda ressalta que a Tuna seguiu normas da Polícia Militar pra a segurança dos torcedores no estádio do Souza. “Fizemos um isolamento com uma grade metálica e depois reforçamos com mais uma para dar segurança aos nossos torcedores e também ao do Clube do Remo”, informa.
Por fim, o dirigente informa que a Tuna reforça a paz nos estádios e zela pelo clima familiar entre torcedores e também para seus simpatizantes. “A torcida da Tuna e maioria de famílias que tem amor pela Cruz de Malta e não compactuamos com algo desta natureza, inclusive queremos que torcidas de Remo e Paysandu possam estar torcendo pelo nosso clube no Campeonato Brasileiro”, finaliza.
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