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CAMINHO DAS PEDRAS

Clube do Remo e Paysandu começam a decidir o Parazão 2022

A decisão do campeonato, envolvendo Clube do Remo e Paysandu, que tem seu início hoje com o jogo de ida, às 18h, no Baenão, e termina na quarta-feira à noite, na Curuzu.

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Imagem ilustrativa da notícia Clube do Remo e Paysandu começam a decidir o Parazão 2022 camera Remo e paysandu se preparam para a final do estadual | ( Reprodução )

Em uma espécie de truque para o embate que pode encaminhar o título estadual desta temporada, para o jogo de ida da grande decisão do Campeonato Paraense 2022, o Clube do Remo inicia o Re-Pa deste domingo (3) à noite, no Baenão, em clima de suspense. Isso porque a equipe não adiantou a escalação e muito menos as condições clínicas de dois atletas que integraram o departamento médico há poucos dias do clássico, titulares absolutos no esquema tático e técnico da comissão técnica azulina, que é o caso de Everton Sena e Erick Flores, zagueiros e meia-atacante, respectivamente.

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A expectativa é que a dupla esteja presente na lista de relacionados para o jogo, mas, em caso de negativa, a força da base será determinante para o compromisso. Kevem e Ronald deverão ser os acionados, assim como foi no jogo da última terça-feira (30), também no Baenão, contra a Tuna Luso. Nas demais posições, os atletas devem manter a base que tem atuado: Vinícius no gol; Ricardo Luz, Marlon e Lailson no setor defensivo; Uchôa, Marco Antônio e Paulinho Curuá no meio-campo; e Ronald, Bruno Alves e Brenner no sistema ofensivo.

No ataque, aliás, o time precisa recuperar o foco e acertar o pé, já que perder gols tem sido uma constante e, num clássico, isso pode ser fatal. De todo modo, Bruno Alves e Brenner ainda têm crédito, já que vêm cumprindo o seu papel. Se marcarem contra o arquirrival azulino, vão cair mais ainda nas graças da torcida.

De acordo com o técnico Paulo Bonamigo, a equipe está no caminho certo para fazer uma grande partida na busca pelo resultado. “É continuar trabalhando porque a equipe teve volume, teve superioridade, mas perdemos. Isso é futebol. Temos que tirar a lição para entrarmos na decisão vitaminados mentalmente”, avaliou o comandante, com base no duelo contra a Águia Guerreira, na semifinal.

Papão quer manter a pegada rumo ao tri

Desde os títulos de 2000 a 2001, conquistado pelo Paysandu, ninguém mais foi tricampeão paraense. Ou seja, no século XXI esse feito está em aberto. Por mais que o principal objetivo do ano seja o acesso para a Série B do Brasileirão, esse terceiro título estadual seguido é uma ambição forte do clube. “Desde que fui contratado e passei a estudar a história do clube entendi a importância desse tricampeonato. Todos aqui sabem disso. Estamos bem preparados para buscar o título”, diz o volante Mikael. “A importância é enorme. São anos sem um tricampeonato e vamos em busca de fazer história com a camisa do Paysandu”, completa o atacante Robinho.

O Paysandu viveu os últimos dias em suspense por causa da situação do centroavante Danrlei, artilheiro e um dos principais jogadores do time na temporada. Aparentemente, ele sofreu uma lesão muscular contra o Águia e pode não estar em campo logo mais. Henan é o substituto imediato. O experiente centroavante aposta em decisões das mais equilibradas nos próximos dias.

O atacante Brenner já fez gol contra o arquirrival remista. Vai repetir a dose hoje?
📷 O atacante Brenner já fez gol contra o arquirrival remista. Vai repetir a dose hoje? |Samara Mirada/Remo

“São duas grandes equipes. Acredito que serão grandes jogos em campo, com festa do nosso torcedor em casa. Nessa primeira partida sabemos das dificuldades de enfrentar o Remo no Baenão, com a torcida. Acredito que será difícil, mas temos que manter a nossa postura, buscando o gol”, diz. “Não podemos mudar nossa forma de jogar. Teremos dificuldades, mas vamos em busca do nosso melhor e de um resultado positivo lá dentro”, completa o atacante.

Os bicolores engrossam o coro da igualdade e que, quem errar menos, pode se dar bem no confronto de 90 minutos. Mikael destacou a força do elenco e a pegada que o time vem tendo. “O grupo é forte e quando sai um e entra outro o time mantém a pegada. Além disso, somos unidos e um torce pelo outro. Temos que continuar na mesma pegada, mesma intensidade e forma de jogar. Mas, é um jogo atípico, um clássico, então a atenção tem que ser total. Tanto Paysandu quanto o Remo são times grandes, suas formas de jogar. Quem estiver melhor no dia do jogo vai ser o favorito”.

Tendo demonstrado bom volume de jogo recentemente, o Remo precisa, nesta decisão, melhorar a finalização

Henan marcou seu primeiro gol com a camisa bicolor no último jogo e agora quer embalar com mais bolas na rede
📷 Henan marcou seu primeiro gol com a camisa bicolor no último jogo e agora quer embalar com mais bolas na rede |( Reprodução )

EVOLUÇÃO AZUL

De maneira incontestável, o nível tático-técnico azulino, em campo, evoluiu nas últimas quatro rodadas nesta fase derradeira do Parazão 2022. O volume de jogo e o ritmo ofensivo foram pontos interessantes que subiram degraus na avaliação da torcida, assim como a compactação entre os setores.

A bronca, contudo, segue no fundamento mais importante: o “pé podre” na hora do arremate. Embora o time tenha marcado seis gols nos últimos três compromissos, a limitação apareceu com força no meio da semana anterior, quando o time perdeu por 1 a 0 para a Tuna, vencendo apenas nos pênaltis, na partida de volta da semifinal, o que por pouco não azedou a sua ida para a disputa do Re-Pa de hoje, pela final do certame estadual.

Ao todo foram mais de 14 tentativas desperdiçadas, com muitas delas de cara para o gol, com toque final afobado e perdido. Dessa maneira, conscientes de que qualquer vacilo poderá ser fatal em decisão de competição e, especialmente, em clássico de peso como o Re-Pa, o capricho e paciência precisarão ser os companheiros extras em campo, na busca pela vantagem nesta primeira partida decisiva, em que joga como mandante.

Dente os candidatos a desencantar e criar um placar interessante para o Leão Azul, o centroavante Brenner, que já sentiu o gosto doce de marcar contra o maior rival, destacou o foco para o embate. “O Remo é o Remo dentro ou fora de casa. A gente tem o nosso estilo de jogo sempre com a bola nos pés, propor o jogo. A gente trabalha sempre durante a semana para jogar da melhor maneira possível”, destacou o jogador.

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