O Paysandu até que tentou reverter a vantagem do Clube do Remo, mas, apesar do primeiro tempo intenso, e ter feito três a zero, o que lhe garantiria, pelo menos, uma disputa nos pênaltis, não conseguiu consolidar a vitória no segundo. O Clube do Remo cadenciou a partida e conseguiu um golaço, com direito a passe de calcanhar, que botou gelo no chopp do desestabilizado Paysandu. A partida marcou também a volta do maior ídolo do Clube do Remo, o atacante Felipe Gedoz, que estava lesionado.
Em um jogo digno do clássico mais jogado do mundo, o Clube do Remo se sagrou campeão paraense pela 47ª vez na história. A partida foi realizada no Estádio da Curuzu, em Belém, na noite desta quarta-feira (6). O Paysandu tirou toda a vantagem que o Leão Azul ainda no primeiro tempo ao fazer 3 a 0. No entanto, Leonan marcou um gol de placa no segundo tempo e garantiu o título, para desespero dos torcedores fiéis do Paysandu, que lotaram o Estádio da Curuzu na noite chuvosa (06) .
O Lobo foi superior na primeira etapa e atacou o Clube de Periçá. O resultado estava ótimo para os bicolores, que jogavam toda pressão psicológica para a equipe de Paulo Bonamigo. Na segunda etapa, no entanto, os remistas voltaram melhores, dominaram o meio campo, fortaleceram sua defesa e conseguiram o gol que precisavam, chafurdando o Paysandu no Chaco, especialmente depois da expulsão, por violência descabida, do zagueiro Marcão. Depois disso, o Paysandu se amofinou e não conseguiu reagir.
O Clube do Remo, como um bom leão, rugiu simbolicamente na casa do adversário. O que lhe garante um tabu de 54 anos sem perder numa final de campeonato para seu principal rival no campo do rival, quando aconteceu pela ultima vez uma partida valendo pelo campeonato estadual.
Primeiro Tempo:
Paysandu dominava as ações da partida e pressionava o Remo nos primeiros minutos. O Leão, por sua vez, não conseguia chegar ao ataque. As equipes sentiam dificuldades no toque de bola por conta do gramado pesado. Mas isso não foi muito problema para o Papão, que abriu o placar aos 9 minutos com Ricardinho, explodindo a Curuzu.
O jogo seguiu o mesmo. Lobo com a bola e os azulinos se defendendo como podiam. Não deu resultado para a equipe de Bonamigo, que viu aos 23 minutos José Aldo fazer belo gol de calcanhar, incendiando ainda mais a Fiel Bicolor. O Paysandu era muito superior no confronto. Os bicolores se mantinham no ritmo da torcida e o Remo busca chegar em bolas paradas, porém, sem sucesso.
Aos 35 minutos, Marlon fez cruzamento e bola pegou no travessão de Vinícius, tirando o grito de "UH" dos torcedores. Mas aos 39 não teve jeito. Toscano ganhou dividida na raça na linha de fundo e cruzou. José Aldo deu o carrinho e resvalou na bola, que bateu na trave e foi para o fundo do gol de Vinícius. O Papão tirou a vantagem azulina em 39 minutos.
Segundo Tempo:
O Remo voltou melhor para a partida. O Paysandu aguarda mais no início e os azulinos iam gostando do jogo. Aos 14 minutos, após bela tabela entre Leonan e Brenner, lateral acertou lindo chute e diminuiu, colocando o Remo na frente do agregado. O Paysandu partiu para cima. Dioguinho teve bela chance aos 20 minutos, mas desperdiçou.
O jogo pegou fogo e as brigas começaram. Dois integrantes da comissão técnica do Remo foram expulsos. Marcão, aos 21 minutos, revidou agressão de Marciel e foi expulso, deixando o Papão com um a menos em campo. Mesmo assim, o Campeão dos Campeões foi para cima. O árbitro Rafael Claus economiza nos cartões para os azulinos e irritava a equipe alviceleste.
O jogo foi ficando cada vez mais nervoso. O Remo se defendia como podia e aproveitava para fazer cera. O Paysandu se atirava para o ataque, mas faltavam forças. Após substituições, confusões, o árbitro Rafael Claus deu apenas quatro minutos de acréscimos, revoltando todos os bicolores no estádio. Não teve tempo para mais nada e o Leão foi campeão.
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