Não tem muito para onde correr! O futuro do futebol brasileiro é a SAF (Sociedade Anônima do Futebol), ou seja, é uma lei que permite que os clubes se transformem em empresas. O Remo teve sua primeira oportunidade, mas por conta da falta de transparência da VL Gold Dubai, o negócio não foi para frente. Entretanto, o assessor jurídico João Paulo Mendes Neto revelou que o Leão Azul negocia com outras organizações.
Remo recusa proposta de SAF; Confira a nota na íntegra!
"Importante destacar ainda que o clube está com avanço junto à SAF, com assessoria específica. Estamos avançando em algumas negociações ainda em caráter confidencial. Nós não podemos aqui revelar, mas estão também em tratativas. Tudo voltado para um trabalho técnico, responsável que garante à nação azul segurança jurídica", destacou.
O setor de compliance e a assessoria jurídica do Filho da Glória e do Triunfo analisaram calmamente a oferta da VL Gold Lux LLC e constataram que as condições envolvidas não geravam segurança jurídica ao clube. Por conta disso, o negócio não foi para frente.
"Temos a certeza que um clube do porte Remo terá outras oportunidades, negociações certamente mais interessantes para se pautar. Não significa dizer que o avanço desse negócio (com a VL Dubai Gold) daria certo ou errado, mas o que nós, como assessores jurídicos de um clube de futebol, orientamos a presidência e o Condel foi de não seguirem com as tratativas, dado os fatos apresentados", enfatizou.
Ao longo do período de negociação, o empresário Leandro Rodrigues, CEO da empresa, mostrou um comportamento ansioso para que as coisas se resolvessem o mais rápido possível, o que não agradou o Remo. O assessor jurídico azulino destacou pontos que levaram à decisão de rejeitar a proposta. Segundo João Paulo, inconsistências no documento foram fundamentais para não seguir com as negociações.
"A empresa foi efetivamente constituída em setembro de 2021. A data é muito recente, mas não estamos aqui pra dizer se uma empresa com histórico recente não teria condições de adquirir o clube. O problema é que a licença dessa empresa no mercado internacional ocorreu em maio de 2021, ou seja, quatro meses antes da própria constituição. Isso nos chamou muita atenção e passamos a investigar mais. Além disso, o documento formalizando a proposta estava num formato não usual e trazia uma série de erros gramaticais da língua inglesa", comentou.
"Quando analisamos algumas informações públicas e dados recentes, constatamos algumas coisas que indicam uma inconsistência com o que é natural de mercado. Além disso, analisamos algumas informações no site da empresa, dimensão em bolsa de valores, agências reguladoras e parceiros. Esses dados nos forneceram a negativa de negociações com essa empresa, de forma que essas questões nos levaram a uma grande insegurança jurídica", finalizou o advogado.
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