O início de Série B do Campeonato Paraense já vem dando o que falar. Após os jogos da primeira rodada, a primeira confusão já está instaurada, assim como vivenciamos nos últimos anos. Desta vez, o motivo é por conta das críticas do técnico da Tuna Luso Brasileira, Josué Teixeira, à estrutura dos jogos realizados no Centro Esportivo da Juventude (CEJU), os quais acompanhou no último domingo (11).
“Dentro do planejamento e organização da Tuna Luso, a comissão técnica do clube foi acompanhar os jogos no Ceju. Acreditando ter um mínimo de estrutura, afinal, muito ouvi falar em melhoria do nosso futebol, os três jogos (aconteceram) no mesmo tempo, com separação entre os campos de 15 metros, vestiário e estrutura de banco de reservas improvisados, um banheiro químico. Alegar que não tem tempo hábil pra organizar a competição, e que os clubes não possuem estádios, só estão transferindo problemas para a primeira divisão. Péssimo início de gestão”, disse Josué Teixeira no Instagram.
O DOL procurou a Federação Paraense de Futebol (FPF), na noite desta segunda-feira (12), e fomos atendidos pelo presidente da entidade, Ricardo Gluck Paul, que condenou as declarações do treinador da Águia Guerreira do Souza e disse que o mesmo tentou "burlar" a organização das partidas, tentando se privilegiar do status de técnico.
"Gostaria que o sr. Josué Teixeira apontasse no Brasil uma estrutura de centro de Treinamento de Federação ao menos similar a do CEJU. Ocorre, que este senhor tentou entrar no ambiente do jogo - que era de portões fechados - sem o menor planejamento e permissão. Foi barrado por não estar habilitado e será novamente nos próximos jogos caso não seja habilitado com a antecedência necessária. O CEJU é um centro de treinamento e cede gentilmente suas instalações para que os clubes possam demandar seus jogos com menor custo. Por ser um centro de treinamento, seus jogos devem ser realizados de portões fechados, restritos apenas aos clubes, Federação e imprensa. As declarações deste senhor refletem tão somente a frustração de tentar acessar um jogo de portão fechado, sem planejamento algum, tampouco autorização para isso. E se a estrutura de um centro de treinamento o incomoda, sugiro que ele convença seu clube a ceder sem ônus, seu estádio, como a Federação faz com dezenas de clubes nesta competição", comentou.
"A resposta do ilustre Presidente da FPF só confirma minha preocupação. Uma defesa rasa, sem argumentos, sem explicar os questionamentos e mudando completamente o foco. É sabido que o CEJU atende perfeitamente para sua finalidade, ajudando no desenvolvimento do futebol no Estado, entretanto, nunca para a realização de 3 jogos ao mesmo tempo, por total falta de espaço físico, o que fica comprovado com a falta de vestiários e banco de reservas. Quanto ser barrado, realmente aconteceu e de forma muito educada pelos funcionários que estavam seguindo ordens corretas, inclusive o diretor de futebol da Tuna estava junto e pode confirmar não ter tido nenhum problema de carteirada. Uma grande mentira. Meu questionamento foi para pensar em quem estaria torcendo e acompanhando os jogos em um lugar aberto no seu entorno. Mas isto não é preocupação, afinal, torcedor não vota. Seu desequilíbrio na resposta tomou desdobramento jurídico ao me acusar de tentar invadir o CEJU (crime previsto no código penal, no seu artigo 150), o que já me fez entrar em contato com meu advogado para proceder como o caso requer. Em relação a Tuna Luso que foi citada na resposta, cabe ao seu corpo jurídico se pronunciar", retrucou Josué, em outro post no Instagram.
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