O ato de reter e/ou destruir peças de roupa é uma violência patrimonial frequentemente sofrida por mulheres em seu ambiente doméstico e familiar, conforme foi constatado durante os atendimentos realizados pelo Nugen, e para evitar este constante problema dentro dos lares,
O Clube do Remo iniciou o apoio ao projeto “Arara das Manas”, em parceria com a Defensoria Pública do Estado do Pará, o Movimento Feminino de Arquibancada, por meio do Núcleo de Prevenção e Violência de Gênero (Nugen).
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A parceria da campanha foi fechada na manhã da última quinta-feira (15), na sede social, e contou com a presença da diretora de responsabilidade social do Remo, Carlena Gama, as representantes do MFA, Áurea Diniz, Helô Cesar, Camila Silva, Rosineide Silva e Ariane, da defensora pública Daiane Lima e da psicóloga Mislene Lima, que integram a equipe do Núcleo, no espaço “Arara das Manas”.
A sede social será ponto de coleta de material, como roupas, sapatos e acessórios. As doações iniciaram na última quinta-feira (15), com os objetos sendo entregues na Central do Nação Azul, de segunda a sexta, das 9h às 19h, e aos sábados das 9h às 12h.
Carlena Gama ressalta a importância em colaborar com um projeto para a mobilização da sociedade. “Mais uma vez a diretoria de responsabilidade social do Clube do Remo se sente honrada em apoiar um projeto como Arara das Manas. Um projeto que visa apoiar as mulheres que passaram por violência patrimonial e seremos ponto de arrecadação para ajudar. O Clube se põe à disposição de qualquer projeto para ajudar nas causas sociais”, disse a diretora azulina.
Com o objetivo de auxiliar no processo de reconstrução da autoestima de mulheres em situação de violência patrimonial, o NUGEM da DPE promove uma campanha de arrecadação de roupas, acessórios e sapatos, que serão destinados às assistidas por meio do Projeto “Arara das Manas”. pic.twitter.com/l7T4sr8Cqy
— Defensoria Pública do Pará (@DPE_PA) August 26, 2022
De acordo com a DPE, o projeto proporciona o resgate da autoestima dessas mulheres e quer tirá-las das condições de vulnerabilidade extrema. “Em muitos casos uma das formas de violência sofrida pela assistida que nos procurava no Núcleo, é a violência patrimonial, quando o agressor se vale de destruir as vestimentas e calçados das vítimas. Então, muitas vezes, elas saem daquela situação de violência e vão buscar atendimento na Defensoria Pública, em situação de extrema vulnerabilidade socioeconômica e só com a roupa do corpo", disse.
"Queremos ir além do atendimento jurídico, e adentrar também o atendimento extrajudicial, no que se refere ao acolhimento das assistidas, realizado pela equipe do psicossocial, mas também de resgatar um pouco a dignidade daquela mulher. Por exemplo, algumas delas têm dificuldade para se inserir no mercado de trabalho, por falta de peças adequadas para participar de uma entrevista de emprego, então são alternativas que a gente tenta viabilizar para reinserir essa mulher na sociedade”, concluiu.
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