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Paysandu também vive clima de eleições em 2022

Brasileiros votam hoje por todo o país e, no final do ano, o Paysandu também passará pelo processo eleitoral. Até aqui, são três candidatos ao cargo máximo no clube alviceleste

Imagem ilustrativa da notícia Paysandu também vive clima de eleições em 2022 camera Sérgio Solano, Maurício Ettinger e Felipe Fernandes são, até agora os candidatos ao comando do Paysandu | Reprodução/Ascom Paysandu

Neste domingo (2), a população brasileira tem o compromisso cívico de ir às urnas para, entre deputados, senadores e governador, escolher quem ficará no cargo de presidente do país pelos próximos quatro anos. Mesmo num país com os três poderes bem divididos e separados, num sistema de governo presidencialista, como o nosso, a figura do mandatário máximo tem um peso enorme.

Num microcosmo como o de um clube esportivo, essa figura ganha mais relevância ainda pelo poder de indicar os rumos dessa instituição. Em dezembro, será a vez dos bicolores em seu pleito escolherem quem dará as cartas na Curuzu pelos dois anos seguintes.

Maurício Ettinger, buscando a reeleição, Sérgio Solano e Felipe Fernandes buscam convencer o colégio eleitoral azul e branco de que podem levar o clube a seguir caminhos melhores. Finanças, parte social, esportes amadores, tudo estará em pauta, mas o que todos querem saber é o que será feito para tirar o Papão da terceira divisão do Campeonato Brasileiro, que em 2023 terá sua participação pelo quinto ano consecutivo.

O Paysandu bateu na trave nos últimos quatro anos, sempre com excelentes campanhas na primeira fase e pífias na segunda. O clube tem montado até bons times, mas surpreende a quantidade de contratações, numa média de 35 a 40 por ano, e a total falta de aproveitamento das categorias de base. Para 2023, o grupo que disputa a temporada continua sendo uma incógnita.

O clube vai para a terceira temporada seguida na Série C
📷 O clube vai para a terceira temporada seguida na Série C |Reprodução/Ascom Paysandu

O atual presidente foi o último a confirmar que seria candidato, o que foi feito somente na semana passada. Ettinger terá ao seu lado, como candidatos a vocês, os empresários Roger Aguilera e Fred Cabral. Ettinger venceu a eleição de 2020 concorrendo contra o ex-presidente Luiz Omar Pinheiro, dando continuidade ao projeto político do grupo "Novos Rumos", responsável pela eleição dos últimos cinco presidentes do clube.

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Durante o mandato, o grupo que dirige o clube teve pequenas frestas e de uma delas saiu o conselheiro e vice-presidente de operações, Felipe Fernandes, que com o rompimento decidiu por lançar-se candidato. Empresário da construção civil, marketing e tecnologia, Fernandes foi atleta de futsal, diretor social, diretor de patrimônio, secretário, diretor de Projetos Especiais, foi da comissão de futebol e presidiu o Conselho Deliberativo e é conselheiro há seis mandatos.

Antes, o primeiro a lançar o nome para a eleição foi também outro ex-atleta do clube. Com números expressivos no handebol e no atletismo, Sérgio Solano teve grande destaque no basquete, sendo considerado um dos maiores jogadores da história do Paysandu, tendo conquistado onze títulos estaduais entre as décadas de 70 e 80. Solano fez parte da chamada “Era de Ouro” do basquete paraense. Nesses anos, o Paysandu criou as categorias de base e formou atletas que chegaram à seleção brasileira de base. Atualmente, é benemérito do clube e, em 2016, foi agraciado com a Medalha Campeão dos Campeões, entregue apenas a pessoas com grande representatividade no esporte bicolor.

ENTREVISTA

Confira como pensam os postulantes à presidência

Os três candidatos à presidência do Paysandu foram procurados para responderem a uma breve entrevista, com as mesmas perguntas. Destes, apenas Maurício Ettinger não respondeu até o fechamento da edição.

O CT é uma situação que vem se arrastando por anos. O que esperar sobre esse assunto nos próximos dois anos com você na presidência?

FF - Vamos avançar com a construção do CT de verdade. Primeiramente com os campos, em seguida com o restante da estrutura. Vamos pensar no CT de forma sustentável, que não seja um fardo para o clube. O CT não é um luxo, ele é uma necessidade. Não apenas olhando os pontos de vista das categorias de base e de todos os frutos que essa formação correta dos atletas pode agregar ao Paysandu, mas também quando olhamos pelo lado do futebol profissional. O clube enfrenta bastante dificuldade para encontrar gramados adequados para que os atletas tenham condições de treinar no dia a dia. Quando não encontra, o treino ocorre na Curuzu.

SS – Vejo o CT do Paysandu, que foi entregue com seu portal em 2016, e de lá para cá é uma série de histórias de faz e não faz, coletas, doações. É um desrespeito ao torcedor e ao associado. Não existe responsabilidade, o querer fazer. Para isso é preciso organização. Um dos segmentos que pretendo implantar é o capital intelectual, que vem a ser o nível de inteligência e potencial de seus colaboradores. Hoje temos uma gestão amadora que tem uma série de projetos que não se sabe o que faz; estou em uma conversa para uma parceria com uma empresa para que ela banque as obras e as contrapartidas sejam negociadas.

Futebol é o carro-chefe do clube. Como minimizar os erros em contratações, já que boa parte dos reforços deu certo, mas quase ninguém do ataque se saiu bem?

FF - Você nunca vai conseguir acertar 100% das contratações, mas é possível minimizar os erros. Não podemos contratar um jogador para posição que o clube não precisa, apenas por conta do nome do atleta e por ele estar disponível no mercado. Temos que acabar com essa ideia de que o jogador vem para o clube “sem custo”. Mesmo que ele fique no clube sem que envolva recursos financeiros, ele infla o elenco e ocupa a vaga de algum atleta com mais qualidade que poderia ser contratado. Temos que oportunizar jogadores regionais. Nos últimos dois anos, o clube contratou quase 70 atletas, apenas 3 regionais tiveram uma sequência. Sabe por que poucos presidentes investem? Porque você não colhe os frutos. Os frutos que nossa gestão plantar, são as futuras que vão colher.

SS – Se não tivermos uma equipe responsável e séria, o futebol não funcionará. Quem for contratar tem que ter conhecimento pleno do meio. Temos pessoas em Belém com profundo conhecimento dessas questões, que podem elevar o clube a outro nível. Já estou conversando com esse profissional e será anunciado no momento certo. Enquanto houver essa gestão amadora o Paysandu não conseguirá nada, é preciso fazer uma limpa na Curuzu e buscar uma gestão moderna. A bola não entra por acaso, é preciso um trabalho sério.

A torcida está mais uma vez na bronca. O programa sócio-torcedor e as arrecadações são partes importantes das finanças do clube. Além de montar um bom time, como manter a fidelização da Fiel?

FF - Trabalhei ativamente na construção do programa atual. Optamos por deixar o preço do sócio bicolor em apenas R$ 50,00 mensais, e pedimos ao torcedor que em contrapartida para que o preço continuasse barato, tivesse uma fidelidade mínima de três meses. No início, foi motivo de bastante reclamação, mas em seguida, o torcedor acabou se adaptando e entendendo a proposta do programa. Temos aproximadamente 7 mil sócios adimplentes, e ao longo do ano, quase 10 mil sócios passaram pelo programa, ou seja, 3 mil deixaram de pagar em algum momento do ano. O Paysandu é gigante e tem totais condições de dobrar a quantidade de torcedores adimplentes.

SS – Tenho um projeto específico para a torcida. Para dar mais fomento ao sócio-torcedor eu vou tentar fazer com que os membros tenham direito a voto nas eleições, embora isso não dependa apenas do presidente. Outro ponto necessário é a criação de uma diretoria de futebol esportivo, que tenha mais autonomia. E, o mais importante, é fortalecer a base. Tenho o Joperso Coutinho para trabalhar comigo. E, digo mais, sou favorável à SAF, mas isso somente com o clube saneado e desvendado de seus buracos negros.

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