Dos 17 novos jogadores contratados pelo Paysandu para a temporada, sete deles são brasileiros que estavam atuando no exterior. Além dos repatriados, o Papão conta, ainda, com o venezuelano Esli Garcia, que pela primeira vez atuará no futebol brasileiro. Se em 2023 a importação de estrangeiros foi uma das marcas do elenco bicolor, este ano, o grupo se caracteriza pela quantidade de atletas que estão de volta ao país. Com tanta gente vinda de fora do Brasil, a comissão técnica do Papão tem adotado trabalhos específicos para esses atletas, conforme revela o preparador físico Thomaz Lucena.
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Curiosamente, os dois defensores, assim como o atacante, ficaram sete anos afastados do futebol brasileiro, mas em países de regiões diferentes. Maia esteve no futebol da América do Norte, defendendo equipes do México, enquanto Geferson e Leandro passaram bom tempo na Europa e Ásia, em equipes da Bulgária e Japão, respectivamente. Em contraponto, o restante dos atletas importados passaram um, no máximo dois anos, distantes do país de origem. Isso faz com que a readaptação desses profissionais seja menos demorada.
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No segundo grupo de jogadores que atuavam no exterior quem teve mais tempo afastado do futebol nacional foi o volante Val Soares, que defendeu o europeu Marítimo, de Portugal, por duas temporadas. Os demais, no caso, o zagueiro Carlão, o volante Gabriel Bispo, e o atacante Ruan Ribeiro passaram apenas um ano defendendo equipes da Espanha, Finlândia e Letônia, respectivamente.
O caso de Esli Garcia é diferente. O meia-avançado tem a segunda oportunidade de atuar fora de seu país, a Venezuela, e a primeira no futebol brasileiro. Para Garcia, a vinda para o Brasil representa uma descoberta e para a comissão técnica do Papão, em especial a parte responsável pelo condicionamento físico dos atletas do clube, uma forma diferente de lidar com o único estrangeiro no “ninho bicolor”, que, momentaneamente, se transferiu para Barcarena, onde o elenco alviceleste dá continuidade à pré-temporada iniciada em Belém.
FIQUE POR DENTRO! OS REPATRIADOS PELO PAPÃO
- Lucas Maia - 30 anos - zagueiro - Ex-Cafetaleros de Chiapas (México/2019/2020), Cancún (México/2020/20021) e Puebla (México/2020 a 2023)
- Carlão - 22 anos - zagueiro - 22 anos - Ex-Almeria (Espanha/2023)
- Geferson - 29 anos - lateral-esquerdo - Ex-CSKA (Bulgária/2017 a 2023)
- Gabriel Bispo - 26 anos - Volante - Ex- KuPS (Finlândia/2023)
- Val Soares - 26 anos - Volante - Ex-Marítimo (Portugal/2022 e 2023)
- Leandro - 30 anos - Atacante - Ex-Kashima Antlers (Japão/2017 a 2019) e FC Tokyo (Japão/2020 a 2023)
- Ruan Ribeiro - Atacante - Ex-FK Valmiera (Letônia/2023)
O ESTRANGEIRO DO PAPÃO
- Esli Garcia - Meia - Ex-Deportivo Táchira (Venezuela/2018/2019 /2021/2023), Santiago Wanderers (Chile/2020) e UCV (Venezuela/2022)
E MAIS...
Depois de sete temporadas atuando pelo CSKA Sofia, da Bulgária, pelo qual conquistou, em 2020/21, a Taça Bulgária, principal competição do país, o lateral-esquerdo Geferson, de 29 anos, retornou ao Brasil para defender o Paysandu. Nesta sua volta ao país de origem, o defensor, cuja carreira profissional foi iniciada, em 2014, no Internacional-RS, se confronta com duas novidades em sua carreira: o repatriamento e a inédita vinda para o futebol da região Norte do país. Dois aspectos que, certamente, causariam dificuldade a qualquer jogador de futebol. Menos para o lateral baiano, nascido em Lauro de Freitas.
O jogador assegura que o retorno ao futebol brasileiro está sendo “tirado de letra” por ele, sem grandes dificuldades. “A readaptação está sendo muito boa”, assegura “O clube nos proporciona toda uma estrutura para as coisas acontecerem da melhor maneira possível”, elogia Geferson. O jogador garante que volta ao Brasil em melhores condições, pelo menos no que diz respeito ao seu desempenho com a bola nos pés. “Taticamente volto ainda melhor do que quando saí do Brasil”, garante.
O jogador, um dos primeiros recém-contratados a se apresentar no clube, no dia 14 de dezembro do ano passado, assegura que vem se adaptando muito bem ao sistema tático adotado pela comissão técnica bicolor, garantindo estar “dando meu melhor pra me adaptar ao modelo de jogo dele o mais rápido possível.” O lateral, antes de se transferir para o futebol da Europa, atuou pelo Vitória, da Bahia, permanecendo no rubro-negro de seu Estado de origem por apenas metade da temporada de 2017, quando foi negociado com o CSKA Sofia.
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