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A VAGA É OBRIGAÇÃO

Paysandu enfrenta o Manaus pela semifinal da Copa Verde

Em desvantagem após a derrota na ida, Papão terá que virar pra cima do Manaus se quiser se redimir.

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Imagem ilustrativa da notícia Paysandu enfrenta o Manaus pela semifinal da Copa Verde camera O Papão precisa de gols e Nicolas precisa fazer a sua mágica na Curuzu. | Ascom/Paysandu

Desde o início da temporada 2024, o Paysandu nunca foi tão cobrado como vem sendo para o jogo deste domingo (24), às 17h, contra o Manaus-AM, pelas quartas de final da Copa Verde. O motivo é simples: a equipe bicolor fez, na última quinta-feira, na Arena da Amazônia, na cidade de Manaus, a sua pior apresentação no ano até aqui. O resultado acabou sendo a derrota, por 1 a 0, que deixou o time com a obrigação de se redimir da exibição e, mais ainda, de avançar à semifinal do torneio interestadual. Para chegar a outra etapa da competição, o Papão, de uma forma ou de outra, precisa vencer o 2º encontro com o Manaus.

Vencendo o jogo de volta por diferença de apenas um gol, como aconteceu na partida passada em favor do seu adversário, a decisão da vaga acontecerá nos tiros livres da marca do pênalti. Só uma vitória com dois ou mais gols de diferença levará de forma direta o Papão a penúltima etapa da Copa Verde. Quem assegurar classificação ao término do duelo de 180 minutos enfrentará o classificado do confronto entre Amazonas e Clube do Remo.

Embora tenha criticado bastante sua equipe pela apresentação que fez fora de casa, apontando “falta de lucidez” do grupo, o técnico Hélio dos Anjos ainda confia na classificação do Papão no torneio. “Continua viva. Foi o primeiro tempo. Agora vai ser o segundo tempo. Nós perdemos o primeiro. Nós estamos atrás”, comentou o treinador, ainda em Manaus. O comandante bicolor espera por um adversário, no mínimo, cauteloso no jogo de volta em razão da vantagem que tem. “Certeza que o adversário vai jogar com o resultado”, previu.

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Caso o Gavião do Norte surpreenda e venha a sair para o jogo na Curuzu, de acordo com a análise do treinador bicolor, o Papão pode se beneficiar para dar o troco ao visitante. “Vamos jogar contra um time que joga igual a todos que jogam contra a gente lá”, projetou o treinador, logo após a partida na Arena da Amazônia. “Será que eles vão sair para o jogo? Não vão. Eles fecharam uma marcação fortíssima aqui e agora que têm a vantagem. Com certeza vão jogar com o resultado embaixo do braço. Tomara que eles saiam para o jogo, que aí as condições podem ser ainda melhores”, comentou.

Os bicolores tiveram pouco tempo para “arrumar a casa” para o jogo de volta. A reapresentação do elenco aconteceu na sexta-feira, com o único treino de verdade do grupo ocorrendo neste sábado à tarde, no local da partida. A volta do grupo ao trabalho, claro, foi marcada por muita cobrança por parte de Dos Anjos, que disse não aceitar uma derrota como a ocorrida na última quinta-feira. Agora é esperar pela reação imediata.

A solução é jogar bola, Papão

De volta a Belém e tendo tempo para apenas um treinamento, o técnico Hélio dos Anjos comanda, neste sábado à tarde, na Curuzu, a única movimentação do Paysandu para a partida de volta contra o Manaus. O treinador conversou com a imprensa, na sexta-feira, mantendo a sua insatisfação com a apresentação de sua equipe na partida de ida contra o Manaus. “Do que eu esperava foi muito abaixo, muito abaixo. Não tivemos nenhuma organização, principalmente ofensiva”, criticou. Dos Anjos se queixou das muitas dificuldades que teve para definir o Papão para a partida na Arena da Amazônia.

Um desses problemas foi a impossibilidade de contar com o lateral-direito Edilson e o meia Biel, diagnosticados com virose antes da partida. Mas, segundo o treinador, não foi só. “Todos os tipos de problema que podiam acontecer para eu escalar o meu time, eu tive”, afirmou. “Não estava nos meus planos colocar o Val (Soares, meia), que estava vindo de uma infecção intestinal causada por essa virose. Queria iniciar com o Biel no banco, onde ele ficou sem condições físicas nenhuma. Perdemos o nível de substituição e tivemos de fazer adaptações”, comentou, se referindo a improvisação do volante João Vieira no posto de Edilson.

Dos Anjos prometeu um Paysandu diferente ao que se apresentou em Manaus. “A torcida pode esperar o nosso time em cima do adversário, nosso time não deixando ele sair em hipótese alguma e fazendo os gols. É uma decisão, é um mata-mata e temos chances nos 90 minutos”, anunciou o treinador. O comandante bicolor adiantou que não pretende mudar a formatação tática de sua equipe. “Não tem como ser diferente. Não tenho como colocar minha linha baixa, minha linha média alta. O nosso próximo adversário vai jogar dentro da grande área dele, jogando por uma bola”, previu.

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O fato do jogo decisivo ser dentro de casa, de acordo com Dos Anjos, pode fazer a diferença. “Seremos fortes. A torcida vai estar presente e representa muito para nós e tudo o que for possível vamos fazer”, disse. No tocante à escalação do time, o treinador revelou ainda ter dúvidas quanto ao aproveitamento dos jogadores em tratamento no Departamento de Saúde. “Estou ainda sem saber se eu posso contar com o Edilson, com o Biel, com o João (Vieira). As próximas 48 horas podem nos levar a contar com esses jogadores”, concluiu.

REGULAMENTO NA MÃOGavião deve “fechar a casinha” na Curuzu

Diz a velha máxima que em time que está ganhando não se mexe. Pois é baseado no dito popular que o técnico Renatinho Potiguar deve se basear para escalar o Manaus para o confronto deste domingo, contra o Paysandu. Em princípio, o treinador não pretende fazer alteração na formação do Gavião do Norte que começou a partida passada, contra o mesmo adversário, na Arena da Amazônia. Mas, se a composição da equipe não deve sofrer alteração, em termos táticos, o visitante deve apresentar postura diferente a que teve na vitória, por 1 a 0, em sua casa.

O Manaus, tudo indica, vem a Belém trazendo em sua bagagem o regulamento de 13 páginas da competição, com especial atenção ao capítulo 4, que trata da forma de disputa e que assegura ao time a vantagem do empate no jogo de volta. Em outras palavras, o Gavião do Norte deve jogar fechado em sua defesa, sem, no entanto, abdicar das investidas ao ataque, mas, neste caso, só em situações em que se sentir seguro para não sofrer algum contragolpe fatal.

Potiguar vem lembrando aos seus jogadores, desde o término da partida inicial do confronto, que 50% da classificação da equipe já foram assegurados e que agora basta o time tirar proveito da vitória que conquistou em casa para ir à semifinal do torneio. A base da formação do adversário bicolor, com apenas uma, duas mudanças pontuais, vem sendo a mesma desde o empate com o Nacional-AM, pelo Campeonato Amazonense. O treinador, portanto, aposta no entrosamento do grupo que comanda para deixar Belém levando na volta para casa a sonhada classificação.

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