Com previsão de “casa cheia”, com cerca de 40 mil torcedores na Arena Castelão, em Fortaleza, presentes, Ceará-CE e Paysandu fazem jogo decisivo, neste sábado, pela 34ª rodada da Série B do Brasileiro. As equipes entram em campo mirando objetivos diferentes na competição. Os donos da casa buscam os três pontos com os olhos voltados para o G4 do campeonato, enquanto que os visitantes tentam exterminar de vez o perigo de rebaixamento à Série C de 2025. Por conta desses ingredientes, a partida promete emoções aos torcedores.
O Ceará, do técnico Léo Condé, vem de uma derrota, fora de casa, diante do Santos-SP, líder da Segundona, por 1 a 0. Já o Paysandu, numa virada sensacional, bateu o Coritiba-PR, na Curuzu, por 2 a 1. A derrota na Vila Belmiro não chegou a acabar com as pretensões da equipe cearense de entrar no compartimento de cima da tabela de classificação do campeonato. Já o Papão, com o triunfo sobre o Coxa, ganhou “gás” na luta contra o descenso. O Ceará é o 6º colocado na classificação, com 51 pontos, enquanto seu oponente é o 13º, com 40 pontos.
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Os donos da casa têm motivo de sobra para seguir sonhando com vaga no G4 e, por tabela, com o acesso à Série A do ano que vem ao término da Segundona, daqui a mais quatro rodadas. A diferença de pontos entre o Ceará e o Mirassol-SP, último colocado da zona de acesso, até o início da virada era de apenas cinco pontos. Para se aproximar ainda mais do grupo privilegiado, o time alvinegro, além de fazer o seu dever de casa, precisa torcer por tropeços do próprio Mirassol e do Vila Nova-GO, este na 5ª colocação, com 52 pontos.
De olho na calculadora, as equipes fazem suas contas projetando o futuro dentro do campeonato. O Ceará, após a queda diante do Peixe, teve suas chances de acesso diminuídas, mas não eliminadas. A equipe alvinegra, de acordo com o site Chance de Gol, reúne 21% de retorno à Série A na próxima temporada, sem nenhuma possibilidade de rebaixamento. Já o Paysandu, entre os clubes ameaçados pelo fantasma da queda, a partir da 13ª colocação para baixo, é quem menos tem possibilidade de voltar a disputar a Terceirona, que o time deixou em 2023; apenas 1,7%, segundo a mesma página na internet.
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MUDANÇAS
Com os titulares Matheus Trindade e Robinho suspensos, o primeiro por cartão vermelho e o segundo por acúmulo de amarelo, de cara já são duas alterações em relação ao grupo bicolor que iniciou o jogo passado. Luan Freitas e Juninho, tudo indica, devem recompor o meio de campo do time. Mas, a grande expectativa, sem dúvida, está voltada para o setor de ataque do time. O técnico Márcio Fernandes não anunciou, mas deixou nas entrelinhas, na entrevista após o jogo contra o Coritiba, que deve deixar o atacante Nicolas de fora da formação que entra jogando. Ruan Ribeiro, que joga enfiado na área, como o ídolo da Fiel, é o mais cotado para atuar ao lado de Paulinho Boia e Borasi, atacantes de beiradas.
Confiança renovada e gás extra para nova decisão
A vitória, de virada, sobre o Coritiba-PR, conseguida na reta final da partida da última quarta-feira, deixou um rastro de confiança no time do Paysandu para prosseguir na luta pela permanência na Série B do Brasileiro. O resultado, bastante festejado pelo técnico Márcio Fernandes e seus jogadores, no entanto, já ficou para trás, com o foco dos bicolores, como é natural, estando voltados, agora, para o Ceará, neste sábado, no Castelão.
“Uma vitória como aquela nos dá fôlego e gás para jogar na casa de um adversário muito forte, que tem uma grande torcida”, afirmou o zagueiro Wanderson. Os bicolores tiveram pouco tempo para treinar, com a equipe fazendo apenas uma movimentação, em Belém, na quinta-feira, e viajaram, no dia seguinte, para a capital cearense. Deficiência que o grupo vai ter de superar diante do adversário nordestino para chegar a mais três pontos no campeonato.
“Não tivemos muito tempo para nos prepararmos, então tivemos de cuidar do descanso e da alimentação, enquanto o professor Márcio montava a melhor formação para esse desafio importante, contra o Ceará”, salientou o zagueiro, confiante na manutenção do Papão na Segundona. “Vamos colocar o Paysandu num trilho melhor, que nos permitirá permanecer na Série B”, declarou Wanderson após a vitória sobre o Coxa.
ADVERSÁRIO
Só a posição do adversário na classificação da Série B do Brasileiro serve de alerta para o Paysandu. Mas a equipe alvinegra tem muitos outros predicados que devem ser levados em conta pelo time paraense. Especialmente o fato de que é quem mais gols marcou até aqui no campeonato – 50 no total – superando até mesmo o Santos-SP (49 gols), Sport-PE (48), Novorizontino (38) e Mirassol-SP (33), que formam, pela ordem, o G4 da competição.
Entre os principais artilheiros do time cearense está um velho conhecido do torcedor bicolor: o atacante Aylon, que passou pela Curuzu, em 2025, vindo, por empréstimo, do Internacional-RS, em sua primeira saída do Colorado. O jogador, de 32 anos, divide com Erick Pulga a artilharia maior do time na Segundona, com dez gols, cada. No total, o gaúcho de Esteio, conta com 14 gols pelo Vovô. Lá atrás, o Ceará tem uma defesa até certo ponto regular, com 38 gols sofridos em 33 partidas disputadas.
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