Torcedores de Remo e Paysandu pedem ajuda à Virgem de Nazaré

O Círio de Nazaré 2025 voltou a mostrar que, no Pará, fé e futebol caminham lado a lado. Entre os milhares de fiéis que tomaram as ruas da capital paraense, as camisas de Remo e Paysandu estavam por toda parte — misturando cores, sonhos e pedidos à Nossa Senhora de Nazaré.

Para muitos torcedores, a procissão foi mais que um ato de fé: foi também um momento para agradecer vitórias em campo e, quem sabe, sonhar com o impossível.

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Leão em ascensão

Do lado azul da fé, os torcedores do Clube do Remo aproveitaram o domingo sagrado para reforçar seus pedidos: ver o Leão de volta à Série A do Campeonato Brasileiro. A esperança tem fundamento. Desde a chegada do técnico Guto Ferreira, o Remo vive uma arrancada na Série B com três vitórias consecutivas, chegando fortalecido para o Re-Pa desta terça-feira (14/10). O bom momento reacendeu a confiança da torcida, que compareceu ao Círio com camisas, bandeiras e até fitas azulinas amarradas com fé e gratidão.

Em cada passo da procissão, a imagem de Nazinha dividia espaço com o sonho do acesso. Para o torcedor azulino, a fé que segura a corda também é a que empurra a bola para dentro do gol. E, se o Remo vive dias de esperança, o Re-Pa pode ser o trampolim para consolidar uma virada histórica.

Paysandu e a luta contra o rebaixamento

Do outro lado da avenida — e da arquibancada —, a torcida bicolor também se fez presente, carregando nas costas não apenas o peso da camisa do Paysandu, mas também o fardo de uma campanha difícil. Às vésperas de um Re-Pa decisivo, o Papão luta para escapar do rebaixamento. O momento é delicado, mas nem isso afasta o torcedor do campo nem da fé.

Durante o Círio, muitos bicolores vestiram o azul-celeste tradicional, levando à Virgem pedidos por força, superação e, principalmente, por uma reação milagrosa nas rodadas finais da Segundona. Entre promessas e velas acesas, o que se ouviu foi um grito de resistência: "O Paysandu não vai cair", como profetizou o já conhecido “Papa Bicolor”, figura tradicional das arquibancadas e da procissão.

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Re-Pa de fé

O clássico Remo x Paysandu, marcado para esta terça-feira (14), promete ser mais do que um simples jogo de futebol. Com o Leão buscando o acesso e o Papão lutando pela sobrevivência, o Re-Pa carrega o peso de duas histórias em extremos opostos — e que se encontram em um dos maiores clássicos do futebol brasileiro.

E tudo isso acontece em meio à maior manifestação religiosa país. Em Belém, a paixão pelo futebol encontra na fé popular do Círio um reflexo perfeito da alma paraense: resiliente, devota e apaixonada. No campo ou na corda, o que move o povo é a esperança de dias melhores — com a bênção de Nossa Senhora e, quem sabe, com um gol no último minuto.