Em um país onde o futebol é reflexo direto das questões sociais, o dia da Consciência Negra passa a ser ainda mais celebrado em razão a tantos ataques de injurias raciais dentro e fora dos gramados. E em razão a isso, as manifestações dos clubes do Pará reforçam a força do esporte como ferramenta de conscientização e transformação, especialmente em um dia que celebra resistência, identidade e memória.
Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, os principais clubes do futebol paraense que são Clube do Remo e Paysandu usaram suas redes sociais para reforçar mensagens de luta, respeito, orgulho e valorização da população negra. A data faz referência à morte de Zumbi dos Palmares, símbolo histórico da resistência contra a escravidão no Brasil.
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Primeiro a se manifestar, o Clube do Remo publicou um mosaico com atletas negros do elenco profissional, ressaltando que jogadores, torcedores, profissionais e ídolos negros fazem parte da alma e da história da instituição. A postagem ganha ainda mais peso após os atos racistas registrados no último fim de semana, durante e após a partida contra o Avaí, pela Série B.
"O Dia da Consciência Negra nos lembra uma luta que atravessa séculos: resistência, ancestralidade e a força de um povo que construiu este país. ✊🏿🦁 No Clube do Remo, essa força também constrói a nossa história. Jogadores, torcedores, profissionais e ídolos negros fizeram e fazem parte de nosso legado. Celebramos a cultura, a luta e o legado do povo negro. Que a Consciência Negra seja sempre um compromisso com respeito, memória, igualdade e continuidade".
O Paysandu destacou a importância da data como momento de reflexão e valorização da cultura negra, que desde 2023 participa de um país onde o Dia da Consciência Negra é feriado nacional.
"Hoje é um dia para refletir, ouvir e reconhecer a força de uma história que muitas vezes foi silenciada. Momento de celebrar a resistência, a cultura, a beleza e a contribuição imensa da população negra para a construção da nossa sociedade. Mas também, é dia de entender que a luta por igualdade não é simbólica — é real, urgente e diária".
Outras manifestações no estado
Além dos três maiores clubes, outras instituições esportivas paraenses também se posicionaram, como Águia de Marabá, Capitão Poço e Tuna Luso, reforçando a importância de manter o combate ao racismo como compromisso permanente.
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