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ESPORTE PARÁ

Pikachu: de promessa a ídolo em dois anos

Com 21 anos e um futuro promissor, o lateral-direito Yago Pikachu conseguiu a façanha de se tornar um ídolo da torcida do Paysandu em apenas dois anos. Este foi o tempo que o atleta precisou para sair das divisões de base e chegar ao estrelato maior na Cu

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Com 21 anos e um futuro promissor, o lateral-direito Yago Pikachu conseguiu a façanha de se tornar um ídolo da torcida do Paysandu em apenas dois anos. Este foi o tempo que o atleta precisou para sair das divisões de base e chegar ao estrelato maior na Curuzu. Ao longo do percurso, mesmo não sendo atacante, o jovem defensor foi deixando sua marca de goleador, outro aspecto que o diferencia de jogadores que atuam na mesma posição. Nem mesmo a temporada sofrida vivenciada pelo Papão foi capaz de apagar o brilho da estrela do lateral, principal artilheiro do time na temporada, com 15 gols. A fase tão positiva o permite sonhar com voos mais altos, o que deve acontecer após a disputa da Série B do Brasileiro.

A carreira de Pikachu, nascido no dia 5 de junho de 1992, foi iniciada no futsal da Tuna Luso, na época dirigido por Capitão. Foi o treinador quem o “batizou” pelo apelido que o lateral carrega até hoje. “Ele me olhou e foi logo me apelidando. A coisa pegou e não saiu mais”, conta Pikachu. A alcunha inusitada teria sido o empecilho para a transferência do atleta para o Palmeiras-SP. Curiosamente, nos dois jogos que fez contra o Porco, o jogador deixou sua marca. No último anotou o gol da vitória, por 1 a 0, em Belém.

No salão, o lateral começou aos 9 anos, ficando na Lusa até os 15. Levado para a Curuzu por Antônio Pompeu, técnico das divisões de base alviazul, na época, o jogador chegou ao novo clube com 12 anos, passando a dividir suas atividades entre o futebol de quadra e o de campo. “Chegou um tempo em que vi que não dava para seguir nos dois e fiz a opção pelo campo”, conta. Mesmo já sendo xodó da Fiel, Pikachu não escapou da sanha dos torcedores mais exigentes, no final do ano passado e começo da atual temporada por ter tido atuações abaixo da média, principalmente em clássicos contra o maior rival, o Remo.

As cobranças chegaram a mexer com a cabeça do jovem atleta. “Fiquei um pouco triste”, revela. Mas uma conversa com o pai e procurador Carlos Lisboa e o apoio dos companheiros de clube o reconduziram ao seu posto de “rei” na Curuzu. Melhor para o Papão, que segue contando com o futebol eficiente e, principalmente, os gols do lateral artilheiro, mais do que nunca imprescindíveis na luta que o time trava para não cair para a Terceirona.

Até hoje atleta fica surpreso com o sucesso

Em menos de dois anos como jogador profissional do Paysandu, o lateral-direito Yago Pikachu, cuja carreira foi iniciada nas divisões de base do clube, caiu no gosto dos torcedores, sendo, no momento, o maior ídolo da Fiel. A façanha, nada comum em se tratando de um valor prata da casa, é mesmo de surpreender, inclusive o próprio atleta, conforme revelou na quarta-feira (20), ao ser entrevistado na Curuzu. O jovem, de apenas 21 anos, admite que nunca sequer chegou a sonhar que a fama e, consequentemente, o estrelato fossem bater a sua porta tão prematuramente.

“Nunca esperei por isso”, revela. “Foi realmente uma coisa muito rápida. São apenas dois anos jogando como profissional e já tenho o respeito dos torcedores”, ilustra o craque, que, mesmo em meio a tormenta enfrentada pelo Papão na Série B do Brasileiro, na qual o time está na iminência de cair, consegue se destacar na equipe. “É até contraditório ver nosso time na situação em que está e eu conseguindo, com a ajuda dos companheiros, ter um bom rendimento”, comenta.

O jogador espera que a boa fase que vive possa ajudar o Papão a pular a fogueira e se salvar da queda para a Terceirona. “Essa é a minha esperança”, afirma. “Espero ver o Paysandu comemorando seu centenário de fundação na Segunda Divisão. Seria ruim para o clube e péssimo para os profissionais que estão aqui ver a equipe cair para a Terceira Divisão.

Transferência para outro clube não está descartada

Desde que começou a despontar no futebol profissional com a camisa do Paysandu, Pikachu, por conta de suas grandes atuações, tem ouvido muita gente falar sobre a sua saída da Curuzu. Mas a transferência para um clube de ponta do futebol brasileiro, pelo menos até aqui, não se concretizou. O próprio jogador afirma não terem nem ele, nem seu pai, que atua como procurador do jogador, procurado por nenhuma outra agremiação. “Até agora tudo o que tenho ouvido sobre isso são boatos, especulações passadas pela imprensa”, assegura.

Indagado se o presidente do Paysandu, Vandick Lima, já não estaria tratando, intramuros, de sua transferência para outra equipe, o jogador mostrou-se cético. “Se tivesse alguma coisa, com toda a certeza ele já teria me procurado para a gente conversar”, argumenta. “Acho muito difícil que o presidente tenha iniciado qualquer tipo de acerto sem antes comunicar alguma coisa pra mim e para o meu pai”, ratifica Pikachu. O lateral revela, porém, que após o Brasileiro deve conversar com o cartola para discutir o assunto.

“Acertamos que depois da competição a gente vai sentar e tratar da questão”, conta. “Mas por enquanto não há nada de concreto, como disse”, diz. Pikachu nega dar prioridade ao Palmeiras-SP, clube do qual o pai do atleta, Carlos Lisboa, é torcedor, caso o Verdão se interesse mesmo por sua aquisição. “Vou ver o que é melhor para mim e para o clube (Paysandu) na hora de decidir sobre essa questão de transferência para outro time”, explica ele.

Pai defende saída do jogador no fim de 2013

A despedida de Pikachu da torcida do Papão poderá ocorrer a 2.074 quilômetros de Belém. É que após o jogo do dia 30, no Recife, contra o Sport-PE, pela última rodada da Série B do Brasileiro, o jogador deve começar a tratar de sua saída da Curuzu. Pikachu não esconde que almeja voos mais altos em sua carreira. “Estou trabalhando com esse objetivo”, informa. “A gente sempre que coisas melhores nas nossas vidas”, salienta. O jogador, porém, não tem a transferência para uma equipe de maior porte uma coisa obsessiva, como é comum em jogadores imaturos.

“Se tiver de sair, sai com a certeza de ter dado o meu melhor ao Paysandu”, afirma. “Mas se tiver de ficar, fico de cabeça erguida”, completa. O jogador, no entanto, deixa transparecer que o ideal, neste momento trocar o Papão por um clube de ponta, onde ele chegaria com moral em função da boa fase que vive. “Vou esperar pelo fim do campeonato e, depois, analisar as proposta que venham a surgir”, avisa o defensor. “Por enquanto não dá para falar em saída, pois nem mesmo proposta existe”, argumenta.

O pai do atleta, Carlos Lisboa, é partidário de que o filho deva sair do Papão no final da temporada. “Sem dúvida esse é o momento dele sair do Paysandu. Ele está conseguindo crescer na carreira e está na hora de dar voos mais altos”, diz Lisboa, que, assim como o filho, assegura não ter sido procurado por representante de outros clubes. “O que eu sei até agora é pela imprensa. De oficial ninguém tratou nada comigo”, garante.

Estilo “matador” é o diferencial

Um dos aspectos que mais chamam a atenção na iniciante carreira de Pikachu, além, claro do bom futebol, é o fato de o jogador ter tanta familiaridade com o gol. Pelo segundo ano consecutivo, ele vai terminar a temporada como o principal goleador do Papão, superando jogadores que teoricamente teria a obrigação de balançar a rede dos adversários, no caso os atacantes. Até aqui, o garoto, criado no bairro do Guamá, acumula um total de 15 gols, sendo 9 deles na Série B e os 6 restante no Paraense. O lateral é o principal goleador do Papão na Segundona, somando mais gols que os atacantes Nicácio (8 gols) e Careca (5).

No ano passado, Pikachu já havia exibido seu faro de gol, sendo o maior artilheiro do time na temporada, com 12 gols: 6 (Série C do Brasileiro), 4 (Paraense) e 2 (Copa do Brasil). Em menos de dois anos de carreira profissional, acumula um total de 27 gols. O jogador atribui o feito ao seu estilo de jogo. “A minha característica, todo mundo sabe, é muito ofensiva”, justifica. Pikachu lembra que há tempos balança a rede dos adversários. “Não é de hoje que procuro chegar na área do adversário. Faço isso desde as categorias de base. Lá eu também conseguia fazer gols”, conta.

A quantidade de gols este ano, no entanto, surpreende o lateral “matador”.

(Diário do Pará)

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