Rapel é excelente opção de esporte radical

Avistando de longe pessoas no horizonte descendo de altos prédios por cordas, o primeiro pensamento que passa na cabeça de quem os observa é a coragem de quem pratica. O rapel, modalidade que utiliza uma corda dupla e equipamentos apropriados, se configura em um esporte radical que tem como principal manobra a escalada na vertical. O esporte tem atraído a atenção de vários grupos por conta da adrenalina e emoção. O equilíbrio e a tentativa de controlar o medo é algo que contribui na hora de executar a atividade.

Apesar de ainda caminhar em passos modestos, alguns pontos da cidade já aderiram à modalidade. Na região metropolitana, o Parque dos Igarapés e encosta do Outeiro, são alguns dos pontos que atraem grupos para a realização do esporte, sendo a Ponte da Alça Viária o principal local de concentração de adeptos da modalidade. O interior do Estado, tendo áreas geográficas propícias, também já atrai admiradores da modalidade: Marabá, Parauapebas e Altamira, por exemplo.

Sendo um esporte radical e de extrema exposição, a preocupação com o companheiro é tão importante como a segurança de si mesmo. Instrutor credenciado de rapel desde 2010, César Augusto Ribeiro, 43, ressalta que a comunicação e a paciência são fatores que contribuem para o êxito da atividade. Mas para quem acha que para realizar a atividade é preciso apenas de um instrutor auxiliando, está enganado. De acordo com César, qualquer pessoa pode praticar o rapel, desde que apresente laudos médicos indicando estar apta para a prática.

“Para que se possa realizar uma atividade de altura, tem que passar por uma bateria de exames médicos, além de ter um bom condicionamento físico. Aprovado nessas etapas, qualquer um, com qualquer idade, pode participar da modalidade”, explica.

TREINAMENTO
Na manhã da última quinta-feira (29), o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará (CBMPA), em adequação ao trabalho em altura a pedido do Ministério do Trabalho, esteve presente em uma escalada na torre do Grupo RBA para instruir o Exército Militar, em treinamento de alto resgate em altura. Cerca de trinta militares participaram do treinamento, descendo os 126 metros de altura.

A programação teve início na última segunda-feira (26) com experiências dentro do quartel general, e encerrou com a atividade na Torre da TBA. Para o major Eduardo Neto, do CBMPA, o exercício realizado é de suma importância para o aprimoramento de novos métodos para salvamento, além do aprendizado. “Essa instrução para o Exército brasileiro viabiliza, além do alto resgate, conhecimentos novos que vêm agregar na experiência de cada um”, finaliza o major.

(Matheus Miranda/Diário do Pará)