Rafael Paty está quase para perder a paciência com a diretoria do Clube do Remo, que a cada dia adia o pagamento dos direitos que ele tem a receber. Ontem, o atacante afirmou que só deixará Belém com dinheiro em mãos e a dívida paga.

O atleta descartou a possibilidade de levar em seu retorno do Rio de Janeiro cheque ou promissórias. Ele também avisou que não vai viajar com a família para aguardar em sua cidade de origem pelo pagamento. “Tenho de sair daqui levando alguma coisa nas mãos, como ocorreu com os outros jogadores que já viajaram. Não dá para ir de mãos abanando”, anunciou.

Paty espera que o problema “seja solucionado o mais rápido possível”, já que, segundo ele, tem pendências financeiras a cumprir. O jogador tem ido quase que diariamente à sede do Leão, mas sem sequer ter uma posição da diretoria do clube de quando o valor, que ele não revela qual é, será pago.

Apesar das dificuldades que enfrenta, no momento, Paty afirmou que caso fosse chamado para renovar contrato com o Leão aceitaria na hora. “Ficaria, sim.

Infelizmente tive problemas extracampo que todo mundo sabe, mas concordaria em ficar com todo o prazer”, revelou.

O problema fora das quatro linhas ao qual o jogador fez referência diz respeito à saúde de sua esposa, que contraiu câncer. Mas, a diretoria do Leão descartou a renovação contratual do atleta, que deverá seguir sua carreira em outra equipe.

O atacante afirmou não acreditar que a permanência do técnico Cacaio, que teve o seu contrato encerrado após a Série D, seria capaz de influenciar na renovação de seu vínculo com o clube. “Acho que não alteraria muita coisa. Ele me tirou do time, todo mundo viu, e acho que não daria nenhuma contribuição para a minha permanência”, encerrou.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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