A comissão que comanda o futebol do Clube do Remo, formada por sete dirigentes, já definiu o valor máximo a ser gasto pelo clube no primeiro semestre de 2016, com salários dos jogadores e da comissão técnica.

De acordo com Dirson Medeiros, o montante não ultrapassará os R$ 350 mil. O dirigente salientou o pequeno apelo popular da competição estadual, a primeira a ser disputada pelo time na temporada vindoura. “Sabemos que o Campeonato Paraense não tem tanta rentabilidade”, disse. “Apesar de termos a Copa Verde e a Copa do Brasil, vamos procurar gastar dentro de nossa realidade”, completou Dirson.

O diretor, que integra a comissão de futebol do Leão, observou que o clube tem outros compromissos a cumprir e que uma folha com valor acima do fixado poderia comprometer o planejamento dos remistas. “Temos muitos acordos na Justiça do Trabalho e não podemos deixar de honrar com esses pagamentos para pagar o elenco”, argumentou.

Desde que foi formado pelo presidente Manoel Ribeiro, o grupo de dirigentes tem feito um “raio x” das finanças do clube, com o levantamento dos valores das cotas que serão arrecadadas, assim como as despesas previstas para 2016.

Dirson, porém, se recusou a revelar detalhes do balanço. “Conseguimos terminar o levantamento, mas não vamos divulgar esses números. É uma coisa mais para o nosso consumo interno. O que posso dizer, e não é novidade, é que a situação é muito difícil”, declarou.

Ontem, conforme Dirson, o gerente Fred Gomes enviou documento à prefeitura de Vitória do Xingu, com as exigências do clube para a realização da pré-temporada do time na cidade do sudeste do Estado. “Agora vamos aguardar pela resposta que vem de lá”, disse Dirson.

Em troca do acolhimento no município, o Leão faria pelo menos dois amistosos na arena da cidade, contra alguma equipe local.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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