São dezenas de clubes de futebol no Pará. Entre tantas competições que as equipes disputam - nacionais, regionais e locais - é inevitável que muitos nomes dos atletas sejam iguais. Com isso, os próprios companheiros de time acabam adotando alguns apelidos.
Atletas paraenses com apelidos curiosos ganharam o Brasil. Tem Ameixa, Tsunami, Flamel, Biolay e Mensalão. Mas você sabe o motivo de cada um desses apelidos? O DOL explica alguns, veja:
Ameixa (Warian) – O apelido veio desde a base do Clube do Remo, tudo por causa da sua cor de pele semelhante à da fruta. Na base do Corinthians, seu time atual, Warian adotou seu nome verdadeiro como principal, mas até hoje é chamado por colegas pelo antigo apelido.
André Mensalão (André Lima) – ele ganhou esse apelido em 2005, aos 15 anos, quando fez um teste no Ananindeua. "Na ocasião, o clube não disponibilizava material para o atleta, então, cada um levava o seu. Naquele dia, minha mãe tinha ganhado uma camisa do PT e eu fui com ela para o treino. Foi no dia que estourou o escândalo do Mensalão. O treinador perguntou se eu fazia parte do mensalão: 'você está com a camisa do PT bem no dia do escândalo (risos). Veio de Brasília?' Sem entender nada, respondi que não, que não tinha nada a ver. Então, desde esse episódio, ganhei o apelido".
Biolay (Klevyson Alberto Batista Ávila) – O apelido teve origem na música "I WANT BE YOU LIFE". "Minha mãe e meu pai tinham que sair para trabalhar quando eu era pequeno e me deixavam com minha tia Derleia. Eu era muito danado e dava muito trabalho, ela gostava de escutar esta música e me acalmava. Eu cantava e dançava com ela. Só que eu era pequeno, não cantava em inglês e gritava meio enrolado "biolai" (risos). Daí o verdadeiro significado do meu apelido".
Feijão (Antônio Clebson) – "Quando eu era menor, uns caras grandões lá de São Miguel do Guamá batiam nos menores. Quando eu tinha 12 anos, fui a vítima. Eles me agarraram e começaram a me bater com um mato chamado 'feijão'. Desde então, começaram a me chamar assim".
Flamel (Arlisson Sousa Cardoso) – O apelido veio da novela Fera Ferida. "O Edson Celulari fazia o personagem Raimundo Flamel, que usava uma camisa 'diferenciada'. Quando eu era moleque, a minha mãe me arrumou uma blusa dessas; quando os vizinhos me viram com ela, começaram a me chamar de Flamel. Pegou".
Ganso (Paulo Henrique) – Todo jogador da base que sobe para o profissional é chamado de "ganso", que significa que ele é ruim de bola. Quando Paulo Henrique subiu da base para o profissional no Santos, existia outro jogador com o mesmo nome, então ele começou a marcar as suas caneleiras como "ganso". Na primeira entrevista que ele deu como atleta, o repórter perguntou como ele queria ser chamado, Paulo Henrique respondeu: Ganso. A família não gostou muito, mas o apelido pegou e, hoje, o paraense deixou de ser um "ganso" para se tornar um grande jogador.
Mandi (Tiago Porto) – Apelido de infância dado pelo pai. "Quando eu era pequeno gostava muito de tomar banho no Rio Tocantins e, lá, tinha um peixe conhecido como Mandi. Daí veio o apelido. Isso tudo ocorreu lá em Itupiranga, perto de Marabá".
Perema (Auricélio Soares dos Santos) – "Logo que eu cheguei no São Francisco, eu disse que o meu nome era Auricélio, eles acharam estranho. Perguntaram onde eu morava e eu disse que era em uma comunidade próxima, chamada de Perema. O apelido pegou, deu certo e fiquei conhecido assim. Agora tenho essa responsabilidade de representar esse local".
Pikachu (Yago Lisboa) - Segundo o próprio lateral, que nem é muito fã de Pokémon, o apelido veio na época do futsal por ele ser baixo e rápido, assim como o personagem Pikachu.
Tsunami (Wenderson de Freitas Soares) – "Quando eu entrei na base do Remo, eu usava um topete que tinha umas ondas, enroladinho. Tsunami pegou mesmo pelas entradas duras que eu faço quando eu jogo. Uniu tudo, e o apelido pegou".
(Bruna Dias/DOL)
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