O jogo de hoje entre Parauapebas e Paysandu é válido pela 6ª rodada do Campeonato Paraense, já valendo como uma espécie de returno. É a metade da fase, mas para o Papão, o confronto marcado para o estádio Rosenão tem gosto de recomeço. No começo da semana, o técnico Marquinhos Santos foi demitido para o retorno de Dado Cavalcanti, que chega com objetivo de fazer o time jogar e se acertar para o objetivo maior que virá, a Série B do Campeonato Brasileiro.

Por mais que a Segundona seja o objetivo principal, ninguém na Curuzu ousa falar em valorizar uma competição em detrimento de outra. Como o Papão precisa se recuperar, a ordem é voltar a vencer o quanto antes, mesmo que seja na marra. O convencimento com o futebol tem que vir, mas nesse momento os três pontos são imprescindíveis.

“Esperamos mais um jogo difícil. Temos que entrar concentrados e conscientes do que temos que fazer em campo. Temos que melhorar e qualidade nós temos para competir num nível acima. Vai ser uma batalha em Parauapebas, mas estamos preparados”. Comentou o zagueiro e capitão Diego Ivo. “Vai ser um jogo complicado. Mesmo sem fazer um bom campeonato é um time cascudo. Vamos em busca de um bom resultado, que é o que nos interessa”, completou o goleiro Marcão.

SITUAÇÃO 

Segundo colocado no Grupo A1 com 10 pontos, o Paysandu está a um ponto atrás do líder Independente e um a frente do terceiro colocado, o Bragantino. Ou seja, até para as pretensões estaduais, a equipe tem a obrigação de trazer três pontos de Parauapebas, sob o risco de ficar de fora da fase semifinal do Parazão.

O meia Pedro Carmona reconhece que as dificuldades passam inclusive pelo pouco tempo de treinos com o novo técnico, mas que isso terá que ser superado, custe o que custar. “Queremos vencer todos os jogos, quero estar sempre no topo. É claro que para esse jogo será difícil o Dado colocar toda a metodologia dele, mas aos poucos vamos pegando e tomara que dê tudo certo”, almeja.

Parauapebas quer se vingar de derrota na Curuzú

Se o jogo é decisivo para o Paysandu, não é menos para o Parauapebas. Último colocado do grupo A2, o PFC se reforçou para o jogo de volta da primeira fase. A ordem no Rosenão é vencer ou vencer, caso contrário terminarão as chances de lutar por uma das vagas para a semifinal, restando apenas a tentativa de fuga do rebaixamento.

O atacante Marques teve o nome publicado no Boletim Informativo Diário da CBF e está liberado para jogar. Outra novidade está confirmada em campo. É o meia Djalma, cria da base do Paysandu e que estreia com a camisa do Trem de Ferro justamente contra o ex-clube.

O técnico Léo Goiano terá os desfalques de André Ribeiro, Max e Wellington Cabeça, todos suspensos. O experiente volante Augusto Recife, outro ex-bicolor, volta ao time depois de recuperar-se de uma lesão, o mesmo acontecido com Gilberto, que estará também na cabeça-de-área.

Amigos, amigos, negócios à parte! 

“Não vim para fazer amizades e sim para vencer”. A fala do zagueiro Diego Ivo foi em resposta às perguntas sobre a necessidade de se falar mais em campo, de que haja mais cobranças entre os jogadores independentemente de isso melindrar alguém. “Quando vejo algo de errado eu falo mesmo, eu cobro. Posso passar por chato, mas eu cobro”, completou o jogador.

Mesmo sendo apontado pela torcida como principal referência de liderança dentro de campo, Diego defende os companheiros ao afirmar que não é só ele quem busca dar orientações. Segundo o zagueiro, pelo temperamento, pode parecer que liderança é dele, mas ele garante que o no elenco bicolor sobra experiência e pessoas com voz ativa.

“Estou capitão, mas não sei como vai ser daqui para frente, até com a chegada do Dado Cavalcanti. Além disso, aqui tem muita gente com liderança. Independentemente de qualquer coisa, temos que jogar bola”. disse. “O torcedor tem que entender que nem todo jogador gosta de falar, cobrar. Num grupo, nunca todo mundo vai pensar igual. Mesmo assim, aqui todo mundo se cobra”.

Mesmo com pouco dias sob o comando do novo treinador, o zagueiro afirma que já houve certa assimilação por parte do grupo. “Esses dias de trabalho foram bons e teremos uma atitude diferente. Quem está em campo tem que incorporar o que o técnico quer. O Dado é muito inteligente, busca a simplicidade”.

(Tylon Maués)

MAIS ACESSADAS