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O dia em que azulinos e bicolores se despediram de um ídolo

Na história do futebol paraense, poucos jogadores marcaram época em Remo e Paysandu e um fato trágico uniu os rivais. O fato que nesta terça-feira (8), completa 29 anos, o dia em que azulinos e bicolores se despediram de Luiz Alberto Duarte dos Santos, ou

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Na história do futebol paraense, poucos jogadores marcaram época em Remo e Paysandu e um fato trágico uniu os rivais. O fato que nesta terça-feira (8), completa 29 anos, o dia em que azulinos e bicolores se despediram de Luiz Alberto Duarte dos Santos, ou simplesmente, Luizinho das Arábias.

Luizinho ganhou notoriedade em grandes clubes como Flamengo-RJ e Fortaleza-CE, além de ser o primeiro jogador brasileiro a jogar no badalado mundo árabe, onde vários jogadores jogam atualmente.

Em 1987, Luizinho das Arábias veio para Belém para atuar no Paysandu e apesar de jogar fora de sua posição original (atacante), o jogador atuou no meio-campo e marcou seis gols em um time que foi campeão paraense invicto.

Naquele ano, o Paysandu havia conquistado o título com Samuel; Paulinho, Nad, Marajó e Pedrinho; Serginho, Oberdan e Ernani; Edil, Luizinho das Arábias e Miguel.

(Luizinho das Arábias na foto ao lado de Edil (sexto jogador na segunda fila) no Paysandu em 1987. Foto: Reprodução)

Luizinho voltou ao Papão depois de jogar pelo Ceará-CE no ano seguinte, porém o título foi para a Tuna Luso Brasileira, em uma briga que durou quatro anos no tapetão.

No ínicio de 1989, Luizinho foi anunciado pelo Clube do Remo se tornando uma das mais contratações mais bombásticas do futebol paraense, mas a sua passagem pelo Baenão teve um tempo muito curto, com quatro jogos disputados e três gols marcados.

O último gol anotado de Luizinho foi no dia 24 de abril de 1989, quando o Remo venceu o Izabelense por 2 a 0. No jogo seguinte contra o Tiradentes, o Leão Azul entrou em campo no Baenão com Wagner; Paulo Verdan, Chico Monte Alegre, Luis Otávio e Pedro; Edgar, Varela e Bebeto; Thiago, Jorginho Macapá e Luizinho das Arábias. O atleta entrou em campo e sentiu dores no peito, um prenúncio de seu adeus.

Luizinho não apareceu para treinar no Baenão e despertou a preocupação de jogadores e dirigentes. No dia 7 de maio, a notícia da morte do jogador por conta de uma parada cardíaca abalou torcedores e jornalistas da época, fazendo com que toda a rodada do Parazão daquele ano pudesse ser adiada.

O velório de Luizinho foi realizado na igreja dos Capuchinhos e levou milhares de torcedores de Remo e Paysandu ao local e o seu adeus a Belém levou torcedores as ruas da cidade até o Aeroporto Internacional de Val-de-Cães, de onde seria levado para o Rio de Janeiro (RJ), onde foi sepultado no cemitério do Irajá.

Quase 30 anos depois, a morte de Luizinho emocionou azulinos e bicolores, que deixaram a rivalidade de lado para homenagear um dos grandes nomes do futebol no Pará.

(Diego Beckman/DOL)

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