O técnico interino do PSC, Wilton Bezerra, empolgado, definiu a vitória de ontem sobre o Castanhal como reveladora da “grandeza do PSC”. Menos, bem menos. A atuação foi satisfatória apenas no 2º tempo. Nos primeiros 45 minutos, a equipe abriu o placar e depois foi dominada pelo time da casa, que abusou de perder gols até chegar ao empate nos minutos finais.
Em termos de grandeza, pode-se dizer que quem brilhou mesmo foi o centroavante Danrlei, que transformou limão em limonada e excepcional aproveitamento de 100%: as duas únicas jogadas construídas para ele resultaram em gols.
O primeiro foi um cruzamento sob medida de Marlon, que avançou pela esquerda e centrou na área. Danrlei subiu mais que a zaga do Castanhal e testou de cima para baixo, sem chances para o goleiro Axel. Um cabeceio de almanaque.
Depois desse lance, o PSC sumiu do ataque e Danrlei não pegou mais na bola. Aí o Castanhal assumiu o controle das ações. Lukinhas e Samuel construíram todas as jogadas para Pedrinho na direita e Pecel na esquerda. As chances começaram a surgir, mas as finalizações saíam tortas.
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No centro do ataque, Leandro Cearense pouco se movimentava, o que acabava por atrapalhar a rapidez de Pedrinho, Pecel e Lukinhas. Mesmo assim, quase ao final, Pecel foi derrubado pelo goleiro Victor Souza e ele mesmo cobrou o pênalti para igualar o marcador.
O Papão voltou melhor para o segundo tempo. A pasmaceira que se via no meio-campo com Ruy e Ratinho foi trocada por mais vivacidade e dinamismo, depois que Bezerra botou Jhonatan e José Aldo em campo.
A bola passou a ser valorizada pelos bicolores e, logo aos 7 minutos, a movimentação funcionou. Em arremesso lateral, Marlon pegou uma sobra da atrapalhada defesa do Castanhal e tocou no canto direito de Axel.
O Japiim nem bem assimilou o golpe e o PSC chegou ao terceiro gol. Jhonatan lançou Danrlei, que arrancou em direção à área, passou pelo goleiro Axel e ainda driblou Cleberson antes de dar um toque sutil para o fundo do barbante. Um golaço.
De imediato, veio a lembrança da quantidade de vezes que se cobrou a presença do atacante baionense no time titular do Papão ao longo da Série C. Teimosamente, Vinícius Eutrópio e Roberto Fonseca preferiram deixa-lo no banco. Talvez a sorte do time no Brasileiro fosse outra se Danrlei tivesse mais oportunidades.
Com 3 a 1 no placar, o PSC se deu ao luxo de ficar trocando passes, à espera de um contra-ataque, que não veio. Enquanto isso, o Castanhal exibia um desgaste físico que não permitia maiores esforços ofensivos.
Ruan e Pedrinho até que se esforçaram, mas o time não conseguiu mais reeditar a performance do 1º tempo, e morreu na praia de novo – já havia sido eliminado no mata-mata da Série D.
Direto do blog campeão
“Acho que fizeram besteira. A culpa não é somente do Felipe Conceição, o plantel é muito ruim. Há uma situação que acho complicada, por exemplo: Lucas Tocantins e Rafinha – fazem cinco jogos e voltam para o DM; Erick Flores – 5 meses no DM, e não foi fratura. Condicionamento físico ruim, ou seja, DM e preparação ruins. O grande exemplo da qualidade do plantel está nos últimos jogos: saíram Gedoz e Arthur e o Remo piorou”. Bira Corrêa
Leão afasta técnico para estancar processo de queda
Felipe Conceição foi demitido na manhã de ontem. Era previsível após seis derrotas em sete jogos. Todos no Remo são gratos ao trabalho dele. Sob seu comando, o time saiu da lanterna e foi até a nona colocação. Um crescimento vertiginoso. O problema é que a queda também foi espantosa.
De equipe cotada para brigar pelo acesso há 11 rodadas, o Remo despencou tanto que se tornou candidato ao rebaixamento em função dos últimos resultados. Óbvio que a culpa pela derrocada não pode ser atribuída exclusivamente a Felipe.
São vários fatores convergindo para o quadro atual. O mais sério deles foi a ausência constante de jogadores importantes, afastados por contusões, alguns por tempo excessivo, como Erick Flores, Rafinha e Romércio, que voltou há três partidas, sem jogar bem. Outros que caíram brutalmente de rendimento – Raimar, Victor Andrade, Tiago Ennes.
Pode-se criticar o técnico pela insistência com escalações equivocadas, como a do jogo com o CSA e o Operário. Teimar em não usar Marcos Junior no confronto de terça-feira foi um erro crasso. O meio-campo exigia uma saída rápida e verticalizada. Apesar do que o jogo mostrava, Felipe preferiu improvisar Raimar por ali.
Segundo o presidente Fábio Bentes, a opção por afastar Felipe nasceu da falta de soluções para os problemas do time. O técnico não tinha mais como oferecer alternativas para mudanças na forma de jogar e parecia visivelmente desconfortável.
Por enquanto, o clube procura um substituto para Felipe Conceição. Mas, após algumas tentativas que não deram certo (Marcelo Cabo, Dado Cavalcanti), a tendência é que seja dirigido pelo auxiliar técnico João Neto na decisiva partida com o Goiás, segunda-feira à noite, no Baenão.
O lado positivo é que Netão conhece bem o elenco e pode extrair o melhor dos jogadores disponíveis. A parte ruim é que o grupo é formado por jogadores rodados e fica a dúvida se responderão bem ao comando de um treinador interino. A conferir.
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