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OPINIÃO

Gerson Nogueira destaca a ascensão de Neto Pessôa

Nasce um candidato a ídolo no Baenão; O jogador marcou todos os quatro gols do Clube do Remo nos jogos de ida e volta da Copa Verde.

Imagem ilustrativa da notícia Gerson Nogueira destaca a ascensão de Neto Pessôa camera O jogador marcou os dois gols da vitória do Leão sobre o Papão. | Foto: Reprodução/Web

Nasce um candidato a ídolo

As semifinais da Copa Verde consagraram um jogador: Neto Pessoa, autor de quatro gols nos dois jogos entre Remo e PSC. O fato é mais impressionante porque há muito tempo um jogador não fazia tantos gols em clássicos disputados consecutivamente. No Pará, como se sabe, centroavante só se estabelece quando faz gol em Re-Pa.

O último a realizar tal feito havia sido Moisés, do PSC, em 2010. Na decisão do primeiro turno do Campeonato Paraense daquele ano, ele fez dois gols em cada um dos jogos entre os rivais – 4 a 2 na ida e 3 a 3 na volta.

Os gols guardam ainda uma incrível coincidência. Dois foram com bola rolando e dois em cobrança de pênaltis. As duas penalidades sofridas pelo próprio Neto Pessoa. Ágil, antenado com o jogo e oportunista, o camisa 9 mostrou na Copa Verde qualidades que não ficaram evidentes na Série B.

Pode-se dizer que o desnível técnico entre as competições ajudou bastante nos números obtidos por Neto Pessoa, mas é justo reconhecer que os gols foram assinalados no clássico maior do futebol paraense, historicamente marcado pelo equilíbrio entre os rivais.

Uma explicação mais plausível para o súbito sucesso do artilheiro foi a mudança imposta por Eduardo Baptista no modelo de jogo praticado pelo Remo. Com Felipe Conceição, o Remo era propositivo e explorava a troca de passes como maneira de se impor aos adversários.

Nem sempre funcionou, mas era assim que Conceição fazia o Remo jogar. Baptista chegou e modificou por completo o funcionamento do setor ofensivo. O camisa 9 voltou a ser, de fato, referência no ataque. Com isso, o time dedicou mais atenção e cruzamentos em direção ao centroavante.

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O jogo de sábado evidenciou isso. As duas jogadas que resultaram em gols surgiram de cruzamentos vindos do lado esquerdo. O primeiro, aos 16 minutos, em cobrança de falta bem executada por Marlon – que, aliás, havia saído do time nos últimos da Série B sem maiores explicações.

A bola veio para o centro da defesa do PSC, passou por Yan e Victor Salinas, mas chegou ao endereço certo: Neto Pessoa quase nem saiu do chão para testar de cima para baixo, sem defesa para Victor Souza.

O segundo gol veio de outro lance originado da esquerda, com Ronald, em grande atuação, cruzando na medida para a chegada do artilheiro em velocidade. Quando ia finalizar, Neto foi puxado por Salinas e sofreu o pênalti, mais ou menos nas mesmas circunstâncias do clássico de quarta-feira na Curuzu (quando o autor da falta foi Yan).

É bom destacar que, nos dois casos, tanto com Marlon quanto com Ronald, o Remo teve em seu favor dois especialistas em cruzar com precisão. Experiente, Marlon é também muito eficiente nos tiros diretos. Ronald é velocista e tem alta média de acerto em cruzamentos.

O desempenho nos clássicos credencia Neto junto ao torcedor remista, carente desde a rápida passagem de Salatiel, em 2020. Dependendo do desempenho na difícil decisão contra o Vila Nova, torna-se candidato a ídolo e a permanecer no elenco para 2022. (Foto: Samara Miranda/Ascom Remo)

Gigantes, torcidas driblam até as desconfianças

Muita gente ficou abismada com a afluência de público nos dois clássicos da Copa Verde. Imaginou-se que as frustrações causadas pelos times no Campeonato Brasileiro poderiam afastar o torcedor, mas o Re-Pa voltou a mostrar força e capacidade de resistência.

No fundo, a história do clássico mostra que, mesmo quando os times estão em decadência, até sem divisão, o público sempre se manteve fiel e participante. Um amor incondicional que jamais negou fogo.

Contribuiu também a saudade do clássico, agravada pela proibição de público nos estádios durante a pandemia. O único Re-Pa da temporada tinha ocorrido no começo do ano, no Parazão, já sem a presença da torcida.

Para uma temporada que termina muito aquém das expectativas, as torcidas deram duas poderosas demonstrações de força, mesmo desconfiadas em relação aos times. Na quarta-feira, cerca de 10 mil pessoas lotaram a Curuzu para empurrar o PSC rumo à vitória.

A conexão funcionou ao longo do 1º tempo, quando o time correspondeu aos incentivos da torcida jogando com intensidade e vibração. Fez os gols, mas não teve forças para manter o resultado.

No Baenão, desafiada pelo exemplo da rival, a torcida do Remo respondeu com um show nas arquibancadas. Compareceu maciçamente (em torno de 10 mil pessoas), cantou a partida toda, incentivou a equipe e não arrefeceu nem quando o PSC era superior, e isso aconteceu em grande parte do jogo.

O reencontro com o time – e alguns jogadores – ainda não foi pleno. Restam sequelas profundas deixadas pelo rebaixamento, mas não deixa de ser admirável o comparecimento em nome da paixão pelo clube.

Mesmo sem apresentar times tão confiáveis, Leão e Papão atestaram nos dois jogos que o gigantismo de suas torcidas continua intacto.

Meio século depois, o justo tributo ao Rei atleticano

Omelhor do fim de semana na Série A foi a comovente homenagem do campeão Atlético-MG a grandes ídolos de sua história, com destaque para Reinaldo, um dos mais brilhantes centroavantes de todos os tempos.

Artilheiro maior do Galo (309 gols), Rei – como a torcida o chama – não apareceu na foto dos campeões de 1971, embora já estivesse no grupo de jogadores, sob a direção de Telê Santana.

Meio século depois, ele finalmente apareceu levantando a taça ao lado de Diego Costa e Hulk. Merecia demais essa distinção, carimbada pela massa atleticana com o refrão clássico: “Rei, Rei, Reinaldo é nosso Rei”.

O gesto característico do punho cerrado no ar, imitando-tributando os Panteras Negras, segue mais vivo do que nunca, principalmente no Brasil atual. Viva Reinaldo!

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