No mesmo dia em que o Flamengo oficializou a contratação de um técnico português para comandar a equipe nos próximos dois anos, o brasileiro Cuca renunciou ao cargo de técnico do Atlético-MG campeão brasileiro e forte candidato a grande papão de títulos da década. De imediato, os dirigentes mineiros revelaram a intenção de buscar também fora do Brasil o novo comandante.
Os movimentos têm um ponto em comum: os clubes mais endinheirados do país e da América do Sul não querem mais saber do produto nacional bruto na direção de seus times. Além de Galo e Flamengo, o outro grande clube brasileiro do momento também é comandado por um estrangeiro. O Palmeiras, bicampeão da Libertadores, já confirmou Abel Ferreira para uma nova temporada.
Nos próximos dias terminará o suspense em torno do escolhido pelo Galo. Jorge Jesus, que brilhou no Flamengo em 2019, acaba de ser dispensado pelo Benfica e passa a ser opção preferencial da diretoria atleticana. O choque pelo surpreendente pedido de demissão de Cuca já foi superado. É bom lembrar que, antes de ir para o Flamengo, JJ estava quase acertado com a equipe mineira.
Chamou atenção nos últimos dias a viagem de diretores do Flamengo a Portugal para contratar o novo técnico, qualquer um que tivesse nome e currículo fortes. O alvo óbvio era o Mister, mas este protelou uma decisão. Aparentemente, não quer se arriscar a perder a imagem de campeão absoluto que forjou no imaginário do torcedor rubro-negro.
Sem saída, o clube carioca tentou acertar com Carlos Carvalhal e nos últimos dias se decidiu por Paulo Sousa, que tinha contrato com a seleção polonesa, mas não hesitou em firmar acordo com o Flamengo. O Brasil virou território a ser desbravado pelos técnicos portugueses, a partir do êxito de JJ e das conquistas de Abel no Palmeiras.
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Mais do que isso. O futebol de ponta no Brasil está cansado de técnicos brasileiros da escola motivadora, aqueles que berram apenas do lado do campo e se comportam como o tiozão do churrasco no fim de semana. Foi-se o tempo em que Muricy, Abelão, Renato, Mano, Joel Santana, Leão, Oswaldo de Oliveira, Luxa e Felipão eram absolutos.
Os questionamentos surgiram a partir das dificuldades que os times tinham para formatar o jogo ou até mudar o modelo em meio às dificuldades normais de uma partida. É preciso ter conhecimento extra, noção profunda sobre formulações e variáveis táticas.
Os portugueses têm mostrado competência, dão certo e são preferidos porque também têm a vantagem do idioma sobre os outros estrangeiros, embora Fortaleza, Internacional e Coritiba já estejam trabalhando com profissionais da Argentina e do Uruguai.
Caso não surja um movimento de reação por parte dos “professores” brasileiros, o domínio estrangeiro vai se acentuar e logo será normal ter um deles no comando da Seleção, último reduto a ser conquistado.
Sem muito alarde, Leão anuncia caras novas
A intenção clara é abraçar a política do “bom e barato”. Depois de ter fechado com Welthon e Ricardo Luz, o Remo anunciou mais cinco reforços para a próxima temporada: o goleiro Jorge Pazetti, o lateral-direito Rony e os atacantes Vanilson, Luan e Veraldo
O nome mais destacado é o de Vanilson, goiano de 31 anos e currículo rico em passagens por times pouco badalados – Aracati, Paracuru, Porto Alegre, Olaria, Náutico-RR, Francana, Colinas, Novo Horizonte, Vila Nova, Itumbiara, Grêmio Anápolis, Nacional-POR e Goianésia.
Passou pelo Manaus em 2021, onde marcou 14 gols e despertou o interesse dos remistas. Chega para disputar posição com Neto Pessoa, se o centroavante definir permanência no Baenão.
Luan, sul-mato-grossense de 25 anos, é atacante de lado e também fez uma carreira centrada em equipes medianas. Outro que atua pelas beiradas é o baiano Veraldo, que defendeu o Águia de Marabá e o Paragominas há dois anos. É uma indicação de João Galvão.
O quinto da lista é o lateral direito Rony, formado nas divisões de base do próprio Remo e que saiu após litígio na Justiça. Esteve no Sampaio Corrêa e no Castanhal. Seu retorno foi costurado pelo próprio presidente Fábio Bentes, que vê na contratação a correção de um erro do passado.
A divulgação das contratações deixa clara a diferença de estratégia entre remistas e bicolores nesta fase de montagem de elenco. Até o momento, o PSC tem se notabilizado por acertar com jogadores conhecidos – Henan, Ricardinho, João Paulo, Dioguinho, Marcão e Tiago Coelho.
O Remo deixa claro que, a não ser pela permanência de Felipe Gedoz, vai trilhar um caminho diferente, atento aos limites do apertado orçamento para 2022. Não dá para avaliar, por enquanto, quem abraçou a melhor estratégia. O Parazão vai servir para desfazer essa dúvida.
Atacante promove evento beneficente em Baião
Aconteceu ontem, na vila de Calados, em Baião, o jogo solidário entre os Amigos de Danrlei e Amigos do Rati. O time do atacante do Papão venceu por 4 a 2, mas importante mesmo é que a iniciativa beneficiou o povo humilde da região, que ganhou cestas básicas e brinquedos para as crianças.
Para arrecadar os recursos, foi realizada uma rifa de duas camisas oficiais do PSC e uma chuteira de Danrlei. Tudo o que foi obtido em dinheiro foi revertido para a compra das cestas básicas. (A informação é do radialista Enilson Nonato, velho parceiro da coluna).
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