O time considerado titular do Paysandu meteu 5 a 1 na seleção de Barcarena, sábado pela manhã, empolgando ainda mais a já esperançosa torcida alviceleste em relação ao Campeonato Paraense e à Série C. Foi o primeiro jogo-treino do time de Márcio Fernandes, no encerramento da pré-temporada. Os dias de treinamento resultaram num time ainda desorganizado, mas com postura bem agressiva, principalmente no primeiro tempo.
Apesar de alguns erros, normais desta fase de preparação, o Papão foi sempre ofensivo e conquistou a goleada sem maiores dificuldades. O volante Ricardinho, posicionado sempre pelo lado direito quase como um ala avançado, foi o destaque entre os estreantes.
Como segundo volante, movimentou-se bastante e, de certo modo, desfez as dúvidas que existiam sobre sua condição atlética após ter ficado ausente da maioria dos jogos do Botafogo na Série B 2021.
Com excelente visão de jogo, encaixou três cruzamentos perfeitos, sempre no segundo pau. Dois deles deram origem aos gols de Bileu e Dioguinho e ainda provocaram um terceiro, em cabeceio do zagueiro Marcão, que foi mal anulado pela arbitragem.
Dioguinho foi bastante acionado, ensaiou dribles e cruzamentos correndo mais pela esquerda. Marcelo Toscano também apareceu bem, entrando na área e fazendo um gol. Robinho foi mais discreto, mas também deu trabalho quando partiu com a bola para o interior da área.
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Outro estreante, Tiago Coelho, falhou no gol de Barcarena ao espalmar para o centro da área um chute cruzado à meia altura. É bem verdade que o atacante estava adiantado, em provável impedimento, mas a decisão mais segura seria desviar a bola para os lados.
Remanescente do elenco de 2021, Danrlei roubou a cena. Foi o atacante que mais impressionou no jogo-treino pela desenvoltura e presença de área. Fez dois gols típicos de centroavante, aproveitando um rebote e fazendo um giro diante do goleiro. Se a fase é de observação dos atletas, Márcio Fernandes deve ter anotado o esforço do atacante baionense.
Sempre mantenho cautela em relação a jogos de preparação porque é difícil avaliar se os times estão realmente bem enfrentando times amadores e de baixa qualidade, mas o pouco que o Papão mostrou permite à torcida seguir acreditando que neste ano tudo será diferente. (Foto: John Wesley/Ascom PSC)
Leão levanta taça do Feminino após 38 anos
Quase quatro décadas depois, o Remo finalmente festejou o título paraense de futebol feminino ao vencer por W.O. o time do Gavião Kyikatejê, ontem pela manhã. O adversário não compareceu ao Evandro Almeida, alegando contaminação por covid-19 no elenco. Na primeira partida da final, o Leão goleou por 6 a 1, praticamente assegurando a conquista.
A final poderia ter sido mais festiva, merecia um grande jogo de encerramento, mas o Gavião preferiu não enfrentar as azulinas, mesmo com 28 atletas no elenco em condições de atuar. Apenas três atletas e um integrante da comissão técnica testaram positivo.
A diretoria do Gavião pediu à Federação Paraense de Futebol (FPF) o adiamento para que outras atletas fossem testadas. Ocorre que o Regulamento de Competições da CBF determina que um jogo só pode ser suspenso caso um dos times tenha pelo menos 13 atletas contaminados.
De qualquer forma, o desfecho inesperado da competição não diminui os méritos da equipe campeã. O título foi inquestionável e inteiramente justo, coroando uma campanha brilhante. A torcida compareceu ao Baenão e prestigiou a entrega do troféu às campeãs.
O único título azulino na modalidade feminina foi obtido em 1983, na primeira edição do campeonato estadual. A lendária Cebola era destaque daquela equipe, que derrotou o PSC na decisão, por 1 a 0.
Com o título da temporada 2021, o Leão será o representante do Pará na recém-criada Série A3 do Campeonato Brasileiro Feminino 2022.
Não por coincidência, o Remo sai vencedor no mesmo ano em que o elenco feminino passou a treinar e se concentrar no Centro de Treinamento de Outeiro, com direito a infraestrutura e cuidados que não existiam antes.
Marcas driblam crise e garantem apoio aos clubes
O Ibope Repucom divulgou a versão 2021 do estudo que mapeia patrocínios dos clubes que disputam a Série A. Apesar dos terríveis efeitos da pandemia sobre a economia brasileira, desde o começo da temporada até o término do Campeonato Brasileiro, os 20 clubes da estamparam as marcas de 172 patrocinadores diferentes nos uniformes, 19% a mais que em 2020 (que teve 145 patrocinadores).
A média de marcas por clube também saltou de sete para nove. Além do acréscimo expressivo no volume de patrocinadores, o relatório aponta outro dado positivo: seis em cada dez marcas que patrocinaram algum clube em 2020 permaneceram como patrocinadoras em 2021.
O segmento “Imobiliário, construção e acabamento” foi dominante em volume de marcas diferentes nos clubes da Série A. O setor totalizou 30 marcas únicas em 2021, 15% a mais que na temporada anterior. Destaque para a categoria de tintas, que liderou pelo segundo ano e teve 6 marcas diferentes apoiando times no Brasileirão.
Já o setor financeiro, que até 2019 era o mais presente nos uniformes, nas últimas duas temporadas ficou na segunda posição, com 20 marcas diferentes investindo na elite do futebol nacional, através de 39 acordos de patrocínio, durante a temporada.
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