
Circula nas redes sociais um protesto da Torcida Jovem do PSC, que foi impedida de estender faixas com a posição invertida em jogos na Curuzu. Eles tentam entrar no estádio e logo são alvo da ação de seguranças do clube. De forma dura, até violenta, ameaçam retirar as faixas se elas não forem desviradas. Esse tipo de protesto é usado há muitos anos, em todo o país. Uma forma não violenta de demonstrar insatisfação.
“A Torcida Jovem vem fazendo esse protesto, pacífico, desde a queda de série que o Paysandu sofreu e prometem permanecer fazendo até uma subida do Papão. No último dia 2 de fevereiro, aniversário do clube, foram impedidos de ingressar no estádio, com suas faixas e instrumentos de percussão. Sem que aparecesse nenhum diretor para explicar a eles, o grupo foi barrado por vários seguranças na porta da Curuzu.
A torcida organizada é algo que contribui para a beleza do espetáculo, com o grito apaixonado, as bandeiras e músicas. Mas, parece que um grupo de pessoas quer fazer do nosso futebol uma coisa sem alma.
Não significa que tudo que elas fazem (organizadas) seja de acordo com o que pensamos, mas não acreditamos em negar o direito de qualquer pessoa individualmente ou de forma coletiva a se manifestar e lutar pelo que acredita.
A diretoria do Paysandu não aceita críticas. Talvez por não terem praticamente nada de positivo para mostrar na atual gestão, precisam calar a boca de quem não é seguidor da Novos Rumos.
Mesmo que não concordem com o modo de protesto, deveriam concordar que é um direito de cada um, individual ou coletivamente, se manifestar. A liberdade de expressão é um pressuposto da democracia”.
A coluna disponibiliza o mesmo espaço para um posicionamento do clube a respeito da manifestação da Torcida Jovem.
Os charcos do Parazão
Clube que mais investiu para as competições da temporada, gastando quantia considerável para contratar um total de 18 jogadores, o PSC agiu bem em solicitar à FPF o adiamento do jogo com o Independente, previsto para sábado próximo, no estádio Navegantão, em Tucuruí. Zelar pelo patrimônio – e o grupo de jogadores constitui um bem do clube – é o mínimo que uma gestão responsável deve fazer.
Atento às condições do gramado de Tucuruí, o clube agiu rápido e obteve o adiamento, até que o Navegantão tenha condições ideais para a realização de jogos. A medida revela também a forte influência do técnico Márcio Fernandes junto à diretoria.
É provável que a partida seja encaixada entre as rodadas finais da fase de classificação, o que vai acarretar superposição de datas e mais prejuízos aos clubes. Ao mesmo tempo, depois que a FPF acatou a solicitação do PSC, é provável que outros jogos venham a sofrer adiamentos.
Em nota oficial, o clube parabenizou a entidade “pela tomada de decisão, que visa proporcionar qualidade ao jogo, oferecer condições dignas de trabalho e consequentemente preservar a integridade física dos atletas, uma vez que poderia haver sérios riscos de lesão”.
Como a entidade aceitou os argumentos do Papão, outros clubes podem reivindicar o mesmo direito durante o campeonato. Se isso ocorrer, o Parazão corre o risco de ser descaracterizado pela transferência de partidas e confusão na tabela de classificação.
Tudo porque o nível geral dos campos é precário, com buracos e falta de sinalização adequada, situação agravada em períodos de chuvas quando se transformam em verdadeiros manguezais. Não é exclusividade do interior. O gramado do estádio do Souza, em Belém, por exemplo, é um dos piores da competição.
Nem é também a primeira vez que os gramados se tornam vilões dentro da competição. Desde que o campeonato passou a ser disputado de janeiro a março e em várias cidades do interior, a situação se tornou corriqueira.
Como responsável pelo campeonato, a FPF tem a obrigação de zelar pela boa qualidade dos estádios. Para isso, existe uma comissão de vistoria que percorre as cidades-sede de jogos para fiscalizar as condições dos estádios. Pelo visto, o trabalho deste ano foi mero faz-de-conta.
O campo é item fundamental em futebol. É tão importante que encabeça as regras centenárias do esporte criadas há mais de um século pela International Board. Enquanto os dirigentes não se conscientizarem disso, o Parazão continuará a ser disputado em gramados que mais parecem pântanos.
Gedoz é a esperança que move os remistas
O Remo deve ter novidades para o confronto com o Itupiranga, domingo à tarde, em Parauapebas. Depois de dois jogos que semearam dúvidas na torcida quanto à qualidade da equipe, o técnico Paulo Bonamigo dedicou a semana a promover experiências que devem alterar a maneira de atuar.
Uma única mexida deve alterar o meio-campo e o ataque. O retorno de Felipe Gedoz vai provocar uma mudança no sistema de jogo, saindo do 4-3-3 para o 4-4-2. Gedoz fica como quarto homem do meio, jogando ao lado de Anderson Uchoa, Pingo e Erick Flores.
Com isso, o time passa a jogar com dois atacantes, Ronald e Brenner. Dependendo do andamento da partida, Gedoz e Flores podem se juntar às ações ofensivas, como ocorreu durante grande parte da Série B.
Ainda que a presença de Gedoz seja garantia de qualidade na troca de passes, a movimentação da equipe terá que ser aprimorada. A lentidão e a dificuldade de transição têm sido os maiores problemas do time até agora.
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