Blog do Gerson: Paysandu precisa manter a pegada na Série C

A ordem é manter a pegada

Será o último jogo do PSC “fora de casa” como mandante. O castigo de dois mandos perdidos termina neste sábado. Na Arena do Município Verde, amanhã à tarde, o adversário é o Ypiranga-RS, que não faz uma campanha consistente na Série C. Em três rodadas, o Canarinho só marcou três pontos e ocupa a 13ª posição.

Pelo desempenho do time, é provável que Márcio Fernandes mantenha a mesma escalação do jogo com o Mirassol, com apenas uma alteração. O atacante Robinho, lesionado, está fora da partida.

Ofensivo e envolvente contra o Atlético Cearense na primeira rodada, o PSC garantiu uma goleada categórica (5 a 0), que deixou o time mais confiante após ter perdido o título estadual para o Remo.

Apesar de baixas importantes – Ricardinho, Serginho, Bileu e João Paulo –, o Papão tem conseguido adaptar seu jogo às características dos rivais. Contra o ABC, na segunda rodada, o time fez quase tudo certo e arrancou um empate dentro de Natal.

+ LEIA MAIS EM ESPORTE AQUI!

Com postura inteiramente diferente do que exibiu no Parazão, o técnico Márcio Fernandes armou o time para ter mobilidade no meio-campo e capacidade reativa, tornando-se agressivo depois de recuperar a bola, atitude que tem surpreendido os adversários.

Contribui muito para a evolução do PSC a entrada em cena do volante Wesley, autor de dois gols contra o Atlético-CE. Recém-contratado junto ao Atlético-MG, ele ganhou espaço por aliar marcação e bom passe. Encaixou bem com José Aldo, o principal articulador da equipe.

Sem Robinho, o ataque deve ganhar a presença de Dioguinho, que também auxilia no meio-campo. Marlon e Marcelo Toscano seguem na frente, explorando a movimentação constante como forma de confundir a marcação. Deu muito certo até agora.

Paraense bate recorde e firma nome no Verdão

Roni chegou ao topo, pelo menos com a camisa do Palmeiras. Desde anteontem, o ex-azulino é o líder dos artilheiros esmeraldinos na Libertadores. Em pouco mais de dois anos, ele conseguiu a façanha de superar o ídolo Alex, autor de 12 gols, e ampliou a diferença sobre Raphael Veiga, Willian, Borja e Tupãzinho, todos com 11 tentos.

O 13º gol veio na partida contra o Emelec, pela 3ª rodada do torneio continental. Para os críticos de Roni, um constante embaraço: ele desafia as expectativas e vai se firmando como o atacante mais letal da equipe, mesmo tendo companheiros do nível de Dudu.

+ LEIA MAIS EM ESPORTE AQUI!

Foi fundamental na conquista da Libertadores de 2020 e 2021, principalmente porque o português Abel Ferreira viu nele um potencial que os técnicos anteriores menosprezaram ou não enxergaram. No jogo com o Emelec, Roni podia ter chegado ao 14º gol.

Perdeu praticamente embaixo da trave um gol incrível, ao mergulhar para tocar a bola de “peixinho”, quando as regras da simplicidade indicavam que a decisão certa era usar o pé. Roni devia saber que gols no estilo jacaré somente Alcino Motora foi capaz de fazer.

Chance de ouro para avaliar os melhores

As semifinais da Liga dos Campeões da Europa representam um formidável campo de observação para treinadores do chamado primeiro mundo do futebol, Tite entre eles. Nas partidas de ida, realizadas no meio da semana, uma galeria estrelada de jogadores desfilou categoria nos campos da Inglaterra, com direito a show brasileiro.

A sete meses da Copa do Qatar a oportunidade é preciosa para avaliar o nível atual dos melhores do mundo. Os confrontos Manchester City 4 x 3 Real Madrid e Liverpool 2 x 0 Villarreal permitiram a Tite analisar sete brasileiros que devem estar na lista final para o Mundial.

Com cinco amistosos agendados (um deles no novo Mangueirão) para a preparação final, Tite deve ter ficado particularmente satisfeito com o rendimento de Vinícius Jr., Fabinho, Gabriel Jesus, Rodrygo e os goleiros Alisson e Ederson.

Não deve ter ficado lá muito satisfeito com Éder Militão, zagueiro do Real que sofreu para acompanhar Gabriel Jesus, Bernardo Silva e Mahrez.

Quanto ao meio-campo, setor ainda por definir, o técnico da Seleção deve ter formado juízo para escalar a dupla Fabinho e Casemiro, que não jogou por estar em recuperação de uma lesão. Pelo que tem jogado, Fabinho supera em muito Fred, Bruno Guimarães e Gerson, nomes frequentes nas convocações.

+ LEIA MAIS EM ESPORTE AQUI!

O volante do Liverpool reúne as virtudes mais apreciadas por Tite para a função. É rápido, técnico, dono de bom passe e gosta de “atacar espaço”. Sob o comando de Klopp, Fabinho cresceu muito e hoje é unanimidade na Seleção.

Já Vini Jr. foi simplesmente um dos protagonistas do jogo em Manchester, marcando um gol de almanaque. Avançou do meio-campo até a pequena área para definir a jogada. Tem feito por onde ganhar ares de titular na Copa, embora Tite se mantenha cauteloso.

O fato é que a capacidade de drible e o arranque, próprios de um jovem atleta, fazem dele a bola da vez. Afinal, Tite não é besta de repetir a burrada inominável de Dunga em 2010, que preferiu levar Grafitte a ter Neymar no grupo que disputou a Copa da África do Sul.

Quanto à parte central do ataque, Gabriel Jesus reforçou as expectativas do treinador. Marcou um gol de puro oportunismo girando em cima da marcação para fuzilar Courtois. Talvez assim consiga ser escalado para ser atacante em tempo integral, sem os deveres de marcação que tanto o atrapalharam em 2018.

E MAIS - ABEL BRAGA EXPLICA MOTIVOS PARA SAÍDA E SE DESPEDE DO FLUMINENSE; VEJA!