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OPINIÃO

Gerson Nogueira analisa empate do Leão e jogo do Papão

Empate que atrapalha os planos do Clube do Remo e Paysandu lutando pela classificação estão entre os destaques da coluna de Gerson Nogueira.

Imagem ilustrativa da notícia Gerson Nogueira analisa empate do Leão e jogo do Papão camera Clube do Remo e Paysandu estão entre os destaques da coluna de Gerson Nogueira desta segunda-feira (25). | Irene Almeida/Diário do Pará

Empate atrapalha planos do Leão

O empate diante do Botafogo-PB, em João Pessoa, não foi um resultado inteiramente ruim para o Remo dentro da lógica reversa que prevalece entre os times da Série C. O problema é que também não foi inteiramente bom. O adversário concedeu inúmeras chances, mas o time paraense foi incompetente e pouco aplicado para aproveitar.

Com 22 pontos, o Remo está em 10º lugar e depende agora de sete pontos para se garantir na próxima fase. Terá três jogos para conseguir isso – Ferroviário, Aparecidense e Botafogo-SP (fora). Ficou muito difícil.

Ontem, no primeiro tempo, Leandro Carvalho e Bruno Alves deram até algum trabalho à defensiva paraibana. Leandro acertou o travessão em cobrança de falta. Paulinho Curuá cabeceou com perigo em jogada ensaiada com Marlon. E ficou nisso.

Os 90 minutos do Remo se resumiram a essas duas chances criadas no primeiro tempo. Nenhum sinal de ambição e audácia que justifique imaginar que o time pode decolar rumo à classificação nas rodadas que restam. As evidências estão postas, visíveis aos olhos de todos. Não há repertório, nem ideias.

A fraca atuação do Botafogo não foi propriamente uma novidade. Quem acompanha o time na competição sabe que a limitação ofensiva é gritante. O Remo não tinha, portanto, motivos para jogar tão medrosamente.

Há o fato de que os azulinos sabiam o que ia esperar, pois Gerson Gusmão treinou o Belo por mais de um ano, antes de vir para Belém. O problema é que, a cada novo jogo, o Remo mostra que também é muito limitado e todos sabem o que esperar quando o enfrentam.

Previsível, atrapalhado, desconexo. Tudo isso o Remo tem sido ao longo desta Série C. É claro que numa competição tão fraca tecnicamente – o jogo de ontem foi ruim, mas não foi o pior – é possível uma reviravolta nas três próximas rodadas, capaz de fazer com que o time pegue embalo.

Sim, é possível, mas bastante improvável. A única certeza que se tem hoje sobre o Remo é que não se sabe ao certo qual o modelo de jogo praticado. A confusão é tão grande que o meia de ligação, Anderson Paraíba, joga muitas vezes como um ala direito marcando no ataque.

Bruno Alves se cansou mais no 2º tempo correndo atrás dos atrapalhados jogadores de lado do Botafogo, como se não tivesse funções a exercer no ataque. Jogador forte e atrevido como ele deve ser preservado para brigar com os defensores adversários, e não o contrário.

Quando saiu para a entrada de Neto, o Remo perdeu força e intensidade. Leandro também foi embora, Brenner também e o time ganhou em troca Jean Patric e Vanilson. Ambos correram muito, cansaram rápido (como sempre) e não deram um chute em direção ao gol.

O Remo é um time que parece jogar o tempo todo com o pé no freio. Era assim com Bonamigo, segue do mesmo jeito com Gusmão, que ontem espantosamente voltou a levar Marco Antônio como opção de banco, enquanto Pingo simplesmente nem é mais lembrado.

Das duas, uma: ou Gusmão acredita em milagre ou está sendo muito mal aconselhado pelos que conhecem o elenco do Remo há mais tempo. O fato é que jogar com três atacantes é bonito, desde que a bola chegue ao trio. Do jeito que está, os volantes (isto é, Paulinho Curuá) só terão mais trabalho para conter os adversários, pois a bola volta o tempo todo.

Papão encara o Figueira pela classificação

O PSC volta a campo, hoje, na Curuzu, com um time reforçado em relação ao jogo com o Vitória na rodada passada. Terá a volta de Genilson, Mikael e José Aldo, titulares que não puderam atuar em Salvador. É uma boa notícia para um time que busca se reencontrar com seus melhores momentos na Série C.

Desde que perdeu para o Aparecidense com um gol no minuto final, o PSC não foi mais o mesmo. Não reeditou mais suas melhores atuações, como contra Botafogo-PB e Manaus. Os empates com Brasil de Pelotas e Remo expuseram um time de repertório cansado, sem variações.

O samba de uma nota só – jogadas aéreas sem aproveitamento – apareceu até na magra vitória sobre o Confiança. Na rodada passada, o mau resultado em Salvador foi atenuado pelos desfalques na equipe, mas o time teve dificuldades monstruosas para conectar meio e ataque.

Isso se reflete no jejum de gols de Marlon, que talvez tenha sido o jogador que mais sentiu a queda de rendimento da equipe. Além de o time não funcionar como antes, há o fato indesmentível de que as outras equipes passaram a monitorar todas as principais virtudes do Papão.

Para enfrentar o Figueirense, sexto colocado até ontem, o técnico Márcio Fernandes contará com a volta de seus três principais jogadores e a expectativa de um grande público na Curuzu, capaz de empurrar o time em busca da vitória que pode garantir a classificação antecipada.

Não será tarefa simples. O Figueira é um concorrente direto pela classificação e costuma ser um time forte na marcação e na exploração de contra-ataques, principalmente através do atacante Jean Silva, rápido e bom construtor de lances de área.

E é sobre Jean Silva que o Papão deve montar vigilância constante, atento à sua movimentação. Costuma cair pelo lado esquerdo, mas também atua em jogadas centralizadas. Os volantes Mikael e Wesley deverão ficar atentos, a fim de evitar problemas para a dupla Genilson-Bruno Leonardo.

O ataque bicolor ainda é uma incógnita. Márcio Fernandes tem a opção de utilizar sua dupla preferida, Marcelo Toscano e Robinho, deixando Dalberto e Danrlei para o segundo tempo. Pela chance de classificação e necessidade de afirmação, o jogo é um dos mais importantes do campeonato para os bicolores.

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