Coluna do Gerson: torcedores do Remo vivem dilema na Série C

A encruzilhada azulina

Desde que o árbitro apitou o fim do jogo entre Remo e Aparecidense, domingo à noite, no Baenão, o torcedor azulino se divide entre os que se dedicam a fazer contas acreditando ainda na classificação e os que apenas deploram a situação, entregues ao mais profundo ceticismo em relação a um milagre na partida final.

Por incrível que pareça, os dois lados têm razão. A descrença generalizada é tão compreensível quanto a fé cega em resultados que venham a favorecer o Leão na rodada decisiva do próximo sábado.

Os descrentes argumentam que, depois de desperdiçar a precisa chance de encaminhar a classificação diante do Baenão lotado, o Remo dificilmente terá forças para superar o Botafogo de Ribeirão Preto, lá no interior paulista. Não se pode culpá-los por pensar assim.

O time tem dado inúmeros sinais de despreparo e falta de identificação com a torcida. No domingo, mesmo sem jogar bem, havia o recurso sempre possível do uso da raça como forma de alcançar a vitória. Para espanto dos 15 mil torcedores presentes, não se viu nem sombra da velha gana, característica das grandes equipes azulinas.

Com um time recheado de jogadores importados, comandado por uma comissão técnica que ainda não conseguiu entender o que é o Remo, a ausência de conexão com a torcida é apenas um dos muitos problemas desta campanha errática na Série C.

Gerson Gusmão, de perfil sossegado – para alguns, calmo até demais –, terá que tirar vários coelhos da cartola nos treinos da semana para preparar adequadamente o Remo para buscar em Ribeirão o que não conseguiu dentro de casa: uma vitória.

Caso o Remo não vença, a matemática até permite chance de classificação, mas a dura realidade aponta na direção contrária. Para sonhar com a vaga, o time não pode ser sonolento como foi contra a Aparecidense. Precisa ser valente e agressivo, sem perder a noção de organização.

Quando se observa as várias possibilidades de combinação para definir as duas vagas em jogo, é inevitável observar que o desafio maior é fazer o próprio Remo acreditar em suas forças.

Camisa azul do escrete cresce em popularidade e vendas

Logo no primeiro dia do lançamento oficial do modelo, a camisa azul (segundo uniforme) da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo do Qatar esgotou nos sites de venda da fornecedora. Foi num tapa. Em menos de uma hora todo o estoque foi vendido, tanto para o público masculino quanto para o feminino. E olha que o preço não é convidativo – R$ 349,00.

Para o fabricante, a nova camisa azul da Seleção, que tem um design diferente com pintas de onça nos ombros, caiu no agrado da torcida, por isso o sucesso retumbante de vendas.

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O sucesso talvez tenha outra explicação: muitos torcedores preferem não usar o manto canarinho por ter sido adotado como uniforme pelos apoiadores de Jair Bolsonaro. Há quem tenha até engavetado as camisas amarelas, temendo ser confundido com adeptos do atual presidente.

De qualquer forma, novos lotes da camisa azul estão sendo disponibilizados para reposição na internet e nas lojas. É a primeira vez que o modelo azul dispara na preferência do público em ano de Copa.

A fornecedora alerta que as peças não devem ser personalizadas com "palavras que possam conter qualquer cunho religioso, político, racista ou mesmo palavrões". No caso da amarelinha, de nada adiantou esses avisos. A camisa ficou estigmatizada desde 2018. Fato.

Direto do blog campeão

“Esperava por isso quando trouxeram o tal do Ney Pandolfo, não foi muito diferente do que aconteceu quando ele montou o time do Santa Cruz (informações de amigos pernambucanos). Time caro e de baixa qualidade, bom somente no papel. Outro aspecto interessante é que mudou de treinador e o rendimento caiu absurdamente, mais uma péssima escolha da diretoria azulina que foi campeã no quesito trapalhadas. Enfim, me recuso a fomentar tanto amadorismo. Não jogo pérolas aos porcos”.

Camilo Ferreira

“Como no ano passado, o Remo fracassa mais uma vez. Considero o maior tropeço aquele jogo contra o PSC, não pela grandeza do adversário, mas sim porque os dois gols do rival foram falhas do goleiro. Este, não tivesse o cartaz que tinha, teria sido barrado. Esperou-se que ele, mais uma vez, falhasse – e de forma grotesca – contra o mais fraco adversário. Atribuo também o fracasso à diretoria, que não percebeu em tempo a necessidade de mudança na comissão técnica, o que deveria ter ocorrido depois do jogo com o Volta Redonda. O empate entre Botafogo e Figueirense ainda dá um fio de esperança. No entanto, como em todos os jogos anteriores, o maior adversário do Remo é o próprio Remo, e as probabilidades maiores cabem a Vitória, Botafogo PB e Aparecidense, nessa ordem”.

Antônio Valentim

“Dispensaram jogadores, trocaram técnico, contrataram mais jogadores e nada evoluiu. Time relembrou a época de Série D, na qual ficou anos sem apresentar um futebol vistoso. Recebeu ajuda do Governo do Estado e não soube criar um time para jogar a Série C, com contratações pífias. Não entendi porque contrataram o Gusmão com o Eduardo Batista saindo do Juventude-RS. Agora vai entrar de férias em agosto, relembrando os tempos de Série D”.

Bira Corrêa