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OPINIÃO

Clube do Remo: um time em franca evolução na temporada

O analista esportivo do grupo RBA também comenta sobre o lamentável episódio ocorrido com a arbitragem de Cametá 2 x 2 Castanhal, no último final de semana do Parazão

Imagem ilustrativa da notícia Clube do Remo: um time em franca evolução na temporada camera Técnico Marcelo Cabo tem realizado ajustes necessários na equipe do Clube do Remo | Samara Miranda, ascom Remo

Depois de sete vitórias em sete jogos na temporada oficial, e principalmente depois da empolgante virada sobre a Tuna com um time recheado de garotos da base, o Remo passou a um patamar de quase aclamação por parte da torcida. A aprovação crescente ao trabalho de Marcelo Cabo reforça esse clima de otimismo.

Líder isolado do Campeonato Paraense, com 15 pontos e campanha 100%, o time tem evoluído, apesar de muitas lesões e de uma maratona iniciada em fevereiro, com três jogos fora de Belém – dois pelo Parazão e um pela Copa do Brasil.

Remo volta atenções para R$ 2.1 milhões da Copa do Brasil

Nem esses transtornos causaram impacto na regularidade do time, cuja qualidade foi testada de verdade em dois jogos, contra Águia de Marabá e Tuna, ambos derrotados de virada. Dois aspectos chamam atenção no conjunto azulino: a capacidade de atacar com insistência e a organização de meio-campo que permite produzir situações de gol.

Nos primeiros jogos, o time demorava a chegar ao ataque, problema causado pela dificuldade na troca de passes e a lentidão do processo de transição. Aos poucos, mesmo com dificuldades no apoio de Raí pela lateral esquerda, a equipe passou a ter mais presença ofensiva.

É precipitado dizer que o Remo está pronto, mas é inegável que um sistema está em construção, sujeito ainda a panes repentinas, como no primeiro tempo contra o Humaitá, pela Copa do Brasil.

Mais importante: é um sistema que pode funcionar com dois ou três homens de frente. Na goleada sobre o Cametá, Marcelo Cabo usou dois extremas, Diego Tavares e Pedro Victor. Deu muito certo. A lateral direita pela primeira vez funcionou bem, com os avanços e assistências de Lucas Mendes, assegurando uma atuação avassaladora no 1º tempo.

Em outras ocasiões, mesmo com três atacantes, o time enfrentou problemas para sufocar os adversários. Ocorre que, apesar dos atropelos, o Remo nunca deixou de fazer gols, o que é demonstração de vitalidade técnica.

O processo evolutivo está em marcha, mas o técnico teve a confirmação no clássico com a Tuna de que dispõe de um grupo efetivo mais numeroso do que se supunha. Além dos titulares e dos que costumam ser lançados no decorrer das partidas, ele agora conta também com a alternativa representada pelos garotos vindos da base.

Arbitragem relata pressão e ameaças em Cametá

Dois fatos inusitados e preocupantes vêm enriquecer o paiol de bizarrices deste Parazão. O árbitro Fernando Antônio Mendes de Salles Filho relatou em súmula situações ocorridas no jogo entre Cametá e Castanhal, domingo, pela 5ª rodada do Campeonato Paraense, no estádio Parque do Bacurau.

O jogo terminou empatado em 2 a 2 e o árbitro relatou que um segurança particular chamado Jota teria entrado no vestiário para pedir que o Cametá fosse “ajudado” na partida. O recado, transmitido no intervalo do jogo, teria sido enviado pelo prefeito do município.

Fernando mandou que o cidadão se retirasse de imediato, no que foi atendido. A cena foi testemunhada pelos auxiliares de arbitragem.

Outro incidente, não menos grave, foi a ameaça de morte dirigida ao árbitro por integrantes de uma torcida organizada (essa praga já invadiu até o interior paraense) de Cametá. Fernando ainda anotou na súmula que foi ameaçado com um “objeto de madeira”.

A diretoria do Cametá e a prefeitura do município têm a missão de esclarecer os fatos. À Federação Paraense de Futebol cabe apurar as denúncias e, se for o caso, determinar providências e punições aos responsáveis pelos gestos abusivos.

Ninho do Urubu: Fla é acusado de adulterar cena do incêndio

A tragédia dos meninos no Ninho do Urubu, vitimados por um incêndio em fevereiro de 2019 no conjunto de contêineres-dormitórios, ganha um dado novo e grave sobre as atitudes do Flamengo para evitar incriminações, apagando vestígios de omissão e negligência no CT. Contratado para produzir um laudo independente, o engenheiro eletricista José Augusto Bezerra denunciou a adulteração da cena do incêndio.

Ele disse, em entrevista ao UOL, que viu um diretor do clube arrancar parte da instalação elétrica enquanto a apuração das causas do sinistro estava em andamento. Bezerra começou a trabalhar no CT no dia seguinte à tragédia.

O ato comprometeu o laudo final da perícia da polícia, que atribuiu o acidente a uma pane no ar-condicionado e ao material inflamável dos contêineres. O laudo independente de Bezerra é mais específico: além do ar-condicionado, a “má instalação elétrica” foi uma das causas do incêndio.

Como tantas outras tragédias brasileiras que envolvem gente poderosa, o caso do Ninho do Urubu completou quatro anos sem que o clube e os responsáveis diretos pelo acidente tenham sido sequer julgados pela triste ocorrência.

Enfim, nada de novo sob o sol.

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