Copa do Brasil impõe agenda pesada em Águia, Remo e Paysandu

A CBF liberou ontem a tabela completa da 3ª fase da Copa do Brasil, o que permite aos clubes paraenses organizarem agenda para as próximas duas semanas. O acúmulo de datas é particularmente difícil para quem disputa mais de uma competição simultaneamente. É este o caso do PSC, que está nas finais da Copa Verde, na Copa BR e nas quartas de final do Campeonato Paraense.

O Remo tem trajetória ligeiramente menos desgastante, pois está em duas frentes, Parazão e Copa do Brasil. Mesma situação do Águia de Marabá, disputando o certame estadual e a Copa BR.

Cada time tem seus próprios problemas para a atual fase da temporada. O lado positivo é que, ao contrário de anos anteriores, quando a Copa do Brasil não era vista como prioridade, o torneio nacional passou a despertar o interesse dos clubes, pelas premiações financeiras que oferece.

Até o momento, o trio paraense já acumula quase R$ 10 milhões em bonificações pela participação no torneio, com boas possibilidades de ampliar esses ganhos com o que for arrecadado nas bilheterias dos jogos como mandantes.

O Remo, que tem o Corinthians como adversário, estreia em casa – no estádio Jornalista Edgar Proença – na quarta-feira, 12, com expectativa de um faturamento líquido acima de R$ 700 mil com a renda da partida. O confronto de volta será no dia 26 de abril, na NeoQuímica Arena.

O PSC sai de Belém para encarar o Fluminense de Paulo Henrique Ganso no jogo de ida, no Maracanã (RJ), na quarta-feira (12), e tem projeção de excelente público no duelo de volta em Belém, no dia 25 de abril.

O Águia abre sua participação na 3ª fase diante do Fortaleza, na terça-feira, 11 de abril, na capital cearense, e pode também obter um bom dinheiro no confronto contra o time de Yago Pikachu na partida de volta, marcada para o dia 26 de abril, no Mangueirão.

A batalha da Copa do Brasil é, sem dúvida, a parte mais cintilante deste começo de temporada, mas traz uma preocupação extra para os representantes paraenses: equilibrar as participações com os jogos do Parazão e da Copa Verde (no caso do Papão).

Remo e PSC, que se enfrentam no próximo domingo, 9, terão que estar prontos para três dias depois encarar dois times da elite nacional, Corinthians e Fluminense, respectivamente.

Atentos ao tamanho desse desafio, os clubes partiram para a aquisição de reforços, que podem dar mais consistência aos times contra os adversários mais difíceis da temporada. O Águia anunciou o meia Douglas Lima, que fez boa campanha pelo Tapajós no Parazão.

O PSC divulgou um pacote de cinco reforços, que incluem o volante Kévi, o atacante Luiz Phelipe e o lateral esquerdo Igor Fernandes, ex-Remo. Já os azulinos trouxeram os meias Matheus Galdezani e Álvaro.

Direto do blog campeão

“Nosso querido Palmério jogou e inclusive foi campeão juvenil junto comigo no Clube do Remo. Nós éramos do infantil do Remo, que era treinado pelo seu Zuzu, irmão do também falecido Wilton Moreira. O Paissandu tinha sido heptacampeão com seu treinador Caim. Daí, o Manoel Ribeiro, que estava iniciando carreira de dirigente, pegou um jogador carioca chamado Waldinei, que tinha sofrido um acidente e ficou inabilitado para continuar jogando, e colocou para ser treinador do juvenil. Ele requisitou o pessoal do infantil, que éramos nós, e nos tornamos titulares e fomos campeões juvenis”.

Aldemar Barra

“Nada como melhor do que vencer um clássico decisivo. Mas, assim como um corticóide, que pode mascarar uma doença mais grave, vejo assim as consequências desta vitória muito honrosa. Todo mundo sabe das fragilidades e da falta de conjunto do time bicolor. Não temos padrão de jogo definido e no primeiro tempo foi um bumba meu boi não aproveitado pelo rival, o que foi fatal, pois o clássico não perdoa. Estou feliz com a vitória inesperada, mas com a prudência de sempre esperando por um time mais competitivo, com mais coerência entre seus setores e que dessa vez venha a tão sonhada subida para a Série B. Por enquanto...”

Miguel Ângelo Carvalho

Zebra avança e ameaça o todo-poderoso Palmeiras

O Água Santa, também chamado nas redes sociais de Água Benta, largou na frente nas finais do Campeonato Paulista. E diante do todo-poderoso Palmeiras de Abel Ferreira, o técnico queridinho da mídia esportiva paulistana. Venceu por 2 a 1 ontem e quebrou a longa invencibilidade alviverde na competição.

E o Água Santa nem mandou o jogo no estádio de Diadema. Em função das normas do campeonato, foi obrigado a receber o Palmeiras em Barueri. Nada disso inibiu o Netuno de Diadema, que teve em Bruno Mezenga o herói da tarde. Fez dois gols e infernizou a zaga palmeirense.

Mezenga, por sinal, já foi cobiçado pelos dois grandes de Belém nos últimos anos. Depois do que fez ontem ficou definitivamente fora das possibilidades financeiras da dupla Re-Pa.

O garoto Endrick fez o gol tão esperado como profissional do Palmeiras e ajudou a deixar em aberto a disputa do título do Paulistão. No próximo domingo, o Água Santa terá que empatar ou vencer o Verdão no Allianz Parque para conquistar o tão esperado cetro estadual.

Na caminhada até as finais, o Água Santa conquistou sete vitórias em 14 jogos. Na fase de quartas de final tirou o São Paulo nos pênaltis. Na semifinal, eliminou o Red Bull Bragantino, também na disputa nos pênaltis.

Favoritaço, dono da melhor campanha do Paulistão, o Palmeiras luta pelo bicampeonato. Pode até levar o título, mas já não pode comemorar uma conquista invicta, pois o Água Santa desfez essa condição no confronto de ontem.