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ANÁLISE

Gerson: Erros pontuais derrubam Paysandu contra o Botafogo

O drama e a infelicidade são companhias muito presentes na vida de um goleiro. Gabriel começou a aprender isso ontem à noite, da pior maneira.

Imagem ilustrativa da notícia Gerson: Erros pontuais derrubam Paysandu contra o Botafogo camera Bicolores sofreram derrota com gol no último lance. | Vitor Castelo/Paysandu

O PSC esteve duas vezes no comando do placar, parecia que a primeira vitória fora de casa iria finalmente acontecer. Não deu. O time acabou entregando o ouro na reta final e perdeu a chance de chegar ao G8. Fez 1 a 0 ainda no primeiro tempo, no único chute dado a gol. O empate veio num erro do goleiro alviceleste, mas o time conseguiu chegar ao 2 a 1, mas o Belo empatou em nova falha do guardião bicolor e ainda teve tempo de virar a partida nos acréscimos.

O jogo no estádio Almeidão, em João Pessoa, teve um início movimentado. O Botafogo assumiu o controle da partida e teve amplo domínio durante a maior parte do tempo. Trocava passes com tranquilidade, investia em jogadas pelos lados e esteve perto de marcar por três vezes, mas o goleiro Gabriel Bernard apareceu bem.

Técnico do Paysandu defende Gabriel após "frangos" e derrota

No único disparo do ataque bicolor em direção ao gol, aos 39 minutos, Bruno Alves acertou um belo arremate. A bola bateu no poste direito e entrou. Na origem do lance, uma irregularidade: o atacante tocou com a mão na bola antes de se aprumar para o chute.

O gol abalou o Botafogo e inflamou o Papão, que passou a jogar com mais confiança, procurando sair mais do recuo adotado até então. Os minutos finais da primeira etapa apresentaram um time bicolor mais confiante, mas Ricardo Luz ainda desperdiçou boa chance.

Sob chuva fina, o segundo tempo começou com os donos da casa ainda nervosos, errando passes curtos. O PSC só se defendia, espanando bolas para todo lado. O nervosismo dominou o time do Belo, que custou a se reorganizar. O empate acabou acontecendo numa bola alta sobre a área.

Aos 25’, uma bola aparentemente fácil foi defendida pelo goleiro Gabriel Bernard, mas no instante seguinte ele caiu com a bola para dentro do gol, para desolação dos bicolores e festa dos jogadores do Belo.

Por alguns instantes, o time paraibano ensaiou uma pressão em busca do segundo gol, mas quem se articulou rapidamente foi o PSC, aproveitando uma bola mal rebatida pela defesa do Botafogo. Geovani recebeu na intermediária e lançou Mário Sérgio, que desferiu um chute forte para desempatar a partida outra vez, aos 32’.

Com Gerson Magrão lento no meio-campo e errando as tentativas dentro da área com Bismarck, o Botafogo não parecia ter forças para reagir. No entanto, o empate voltou a sorrir em nova falha de Gabriel, aos 36’. A bola foi chutada da entrada da área, passou por baixo dele e Pedro Carrerete só tocou para o fundo do barbante. Fácil, extremamente fácil.

Nos minutos finais, com os habilidosos Rogerinho e Renatinho no ataque, o Botafogo pressionou em busca da vitória. E foi recompensado. Uma bola rebatida pela zaga do PSC chegou aos pés de Renatinho, que chutou rasteiro no canto direito de Gabriel, aos 50’, liquidando a fatura.

O Papão naturalmente saiu lamentando o revés e as falhas que lhe tiraram a vitória, mas é justo reconhecer que o Belo foi superior na maior parte do jogo. O setor defensivo funcionou bem até Gabriel sofrer o primeiro gol. Depois disso, nem a zaga conseguiu se estabilizar.

Bernard tem noite infeliz e Paysandu perde para o Botafogo

Drama e infelicidade na noite do jovem goleiro

Com 12 pontos, o Papão segue na 15ª colocação da Série C, após 10 rodadas disputadas. Esteve perto de avançar sete colocações e ficar na 8ª posição. A derrota não permitiu iniciar a esperada arrancada. Foi mais uma atuação frustrante do time de Marquinhos Santos fora de casa.

O Remo tem os mesmos 12 pontos e está duas casas à frente (13º colocado) porque tem um saldo melhor. Na realidade, o PSC tem um dos piores desempenhos da competição, justamente pela má trajetória como visitante.

Ontem, o time tentava executar uma estratégia de cautela, mas explorando os contra-ataques. Marquinhos Santos lançou três atacantes – Bruno Alves, Nicolas Careca e Mário Sérgio. O trio custou a ser acionado, pois os primeiros 30 minutos mostraram o PSC muito recuado.

Depois do gol de Bruno Alves, os demais atacantes e o meia Geovani começaram a aparecer bem, tentando passes e escapadas pelo meio. No segundo tempo, o recuo voltou a predominar. O gol de Mário Sérgio surgiu de uma jogada isolada. O Papão a essa altura não conseguia trocar três passes certos e a todo instante devolvia a bola ao Botafogo.

Os erros do goleiro Gabriel, um jovem de 22 anos, dominam as justificativas da derrota porque o Botafogo não parecia em condições de chegar ao gol, apesar de atacar muito. O drama e a infelicidade são companhias muito presentes na vida de um goleiro. Gabriel começou a aprender isso ontem à noite, da pior maneira.

No Remo, falta conexão entre o time e a torcida

Depois do empate com o Figueirense no Mangueirão lotado, muita gente começa a questionar a instabilidade emocional que o Remo apresenta quando joga diante de sua torcida. Tem sido algo recorrente. Diante do PSC na semifinal da Copa Verde e na reabertura do Mangueirão. Foi assim também contra o Águia no Baenão apinhado de gente, na decisão do Parazão. E ocorreu no jogo com o América-RN, também no Baenão.

O time parece se encabular ante a grandeza da torcida. Deveria ser o contrário. Ter uma torcida gigante apoiando é o sonho de toda equipe. Não passa despercebido o embaraço que acomete a maioria dos jogadores.

Sem a pretensão de ser o dono da verdade, tenho a tese de que a presença dominante de jogadores de fora faz com que o time não estabeleça a conexão desejada com a massa. A falta de nativos em campo impede que se estabeleça qualquer vínculo com as arquibancadas. Falta identificação.

Sem maior ligação emocional, prevalece apenas o compromisso profissional. É pouco. Sábado, o Remo iniciou e terminou o jogo com um time todo importado. Os minutos finais expuseram a imensa distância entre os jogadores e os torcedores. Nada mais deu certo e restou a vaia final.

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