Depois da de Boston, as maratonas de Nova York e de Berlim foram canceladas devido à pandemia do novo coronavírus. As duas provas fazem parte das Majors -circuito mundial com as seis principais competições da modalidade.
Tradicionalmente realizada no primeiro domingo de novembro, a competição americana, uma das maiores e mais globais, com atletas de 150 países, chegaria neste ano a sua 50ª edição.
Autoridades da metrópole americana e os organizadores, a New York Road Runners, decidiram pelo cancelamento por considerarem arriscado manter a realização da maratona, que atrai cerca de 50 mil corredores e reúne 10 mil voluntários.
A organização informou, em seu site, que os inscritos para a prova poderão pedir o reembolso da taxa de inscrição, usar o valor para participar das edições de 2021, 2022 ou 2023 ou doar aos programas comunitários realizados pela New York Road Runnners.
Já a prova europeia ficou famosa por seu circuito rápido, com vários recordes recentes tendo sido quebrados lá. Em seu Instagram, os realizadores da maratona afirmam que, "por mais que tenham tentado, não é mais possível organizar" a edição deste ano.
Os inscritos poderão garantir sua participação na competição do próximo ano ou obter o reembolso. O valor de serviços adicionais contratados será devolvido ao atleta independentemente da opção escolhida.
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Ainda que a taxa de infecções venha caindo na região de Nova York, especialistas em saúde pública afirmam que grandes eventos, em especial aqueles que levam a aglomerações, continuarão sendo arriscados até que haja uma vacina contra a Covid-19, segundo o New York Times.
A decisão do cancelamento da prova vem após a Casa Branca ter anunciado, no fim de semana, que se prepara para uma nova onda de infecções no outono do hemisfério norte, primavera no Brasil. O vírus tem ganhado terreno no país, que é recordista em contágio e mortes, com um aumento de 15% nos casos nas duas últimas semanas.
A região de Nova York, porém, tem mostrado uma estabilidade nos registros diários, mostra levantamento do New York Times. Os EUA somam mais de 2,3 milhões de casos e 121 mil mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins.
Na Europa, a Alemanha, além de Grécia e Bélgica, precisaram retomar restrições parciais devido a novos surtos após o desconfinamento.
Algumas dessas medidas foram mais duras, e uma nova quarentena foi imposta após um surto que começou na semana passada em um frigorífico em Gütersloh, no estado da Renânia do Norte-Vestfália, o mais populoso do país.
Mais de 1.500 dos 7.000 funcionários do frigorífico tiveram teste positivo para a Covid-19, no que o primeiro-ministro da região, Armin Laschet, chamou de o "maior surto" dessa epidemia no país. Todos os funcionários do frigorífico foram colocados em isolamento.
Além do distrito de Gütersloh, as novas restrições vão atingir parte do distrito vizinho, de Warendorf, afetando cerca de 370 mil pessoas. Apenas pessoas de uma mesma família ou no máximo duas de famílias diferentes podem se encontrar em público.
SOBRE AS PROVAS
A Maratona de Nova York é a mais global das Majors -circuito mundial com as seis principais competições da modalidade. Participam 50 mil atletas de quase 150 países.
A prova não é, no entanto, tradicional nos recordes -a cidade americana não vê um desde a década de 1980. As condições meteorológicas até são boas em meio ao outono no hemisfério norte, com umidade do ar agradável e temperaturas entre amenas e frias, mas a altimetria não colabora.
O Brasil já teve seu destaque na prova. Em 2006, Marilson Gomes dos Santos surpreendeu e venceu a maratona, feito repetido em 2008. Em 2019, ele passa a integrar o Hall da Fama da NYRR (Corredores de Rua de Nova York, na sigla em inglês).
A prova de Berlim é conhecida como a maratona dos recordes. Desde sua primeira edição, em 1974, 11 recordes já foram quebrados lá, sendo 8 no masculino e 3 no feminino. Dos 10 melhores tempos conquistados por homens, 6 foram alcançados na capital alemã -os outros 4, em Londres. A melhor marca atual, 2h01min39seg, foi conquistada no ano passado pelo queniano Eliud Kipchoge, em Berlim.
Já entre as mulheres, apenas 1 dos 10 melhores tempos está na lista berlinense -o 8º. No ano passado, a queniana Gladys Cherono completou o percurso em 2h18min11seg.
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