Alfredo Cahe, médico que cuidou de Diego Maradona por cerca de 30 anos, revelou que o craque argentino teria cometido uma tentativa de suicídio em Cuba, quando se internou para o tratamento do vício em cocaína no início dos anos 2000.
"Em Cuba, os ônibus são chamados de guagua. Em uma ocasião, ele atirou seu carro contra um ônibus, tentando cometer suicídio. Ele foi salvo por um milagre. Isso foi depois da segunda internação", revelou o médico. "Ele me disse: 'eu não o vi e o acertei de frente'", completou.
"Em Cuba ele se sentava perto do mar e não falava. Era difícil arrancar uma palavra de Diego", relembra. Cahe conheceu Maradona por intermédio de seu primeiro representante, Jorge Cyzterpiller. Ele chegou a recomendar que Leopoldo Luque, neurocirurgião responsável pela última cirurgia do craque, que o transferisse para Cuba, pois ali encontraria a tranquilidade necessária para se recuperar.
"Ele teve uma lesão cerebral sem ter Alzheimer. E a medicação psicofarmacológica que tomava não era adequava. Diego precisava de paz e tranquilidade e não conseguia com a medicação", opinou. O ex-craque morreu em 25 de novembro, em uma casa onde repousava após a cirurgia no cérebro, após uma parada cardiorrespiratória.
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