A Anistia Internacional, organização voltada para a proteção dos direitos humanos, quer se reunir com a Premier League para discutir as políticas da entidade após a venda do Newcastle. O time inglês agora é propriedade do príncipe saudita Mohammed Bin Salman, líder do fundo de investimentos públicos do país, e visto como mandante do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.
De acordo com a presidente da AI no Reino Unido, Sacha Deshmukh, é necessário mudas as regras da entidade que permitiram a compra do time por figuras ligas a crimes contra os direitos humanos. "A forma como a Premier League possibilitou este acordo levanta questões sobre a lavagem de dinheiro no esporte, direitos humanos e integridade no futebol inglês", afirmou a Sacha em carta ao presidente da Premier League.
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A carta ainda adverte sobre a necessidade de regras que "impeçam pessoas ligadas a violações dos direitos humanos comprem clubes e entrem no futebol inglês". Do lado da Premier League, a entidade garante que o Newcastle, apesar de ter sido comprado pelo fundo de investimentos do governo da Arábia Saudita, não será controlado pelo governo do país.
O jornalista Jamal Khashoggi foi morto em 2018, em Istambul. O príncipe é apontado pela inteligência dos Estados Unidos como mandatário do crime, embora Mohammed negue o envolvimento. Além disso, ele é tratado como um criminoso de guerra pela intervenção na Guerra Civil do Iemên, que se arrasta desde 2015.
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