Neste domingo (27), uma emocionante corrida marcou o final do GP da Arábia Saudita da F1, Max Verstappen engrenou na disputa contra Charles Leclerc e levou a melhor em cima do monegasco para garantir a vitória em Jeddah.
Após uma disputa acirrada, o holandês Max Verstappen, da Red Bull, venceu o GP da Arábia Saudita, conquistando a liderança nas últimas voltas. Charles Leclerc, da Ferrari, ficou em segundo lugar. Foi a primeira vitória do atual campeão nesta temporada. O circuito de Jidá é considerado um dos mais perigosos do Mundial; é o segundo maior em extensão e é o mais sinuoso - nenhuma outra pista tem tantas curvas.
Pérez faz pole, Hamilton fica no Q1 e Mick bate forte
Na 15ª volta, Nicholas Latifi, da Williams, bateu no muro de concreto. Subiu a bandeira amarela e o safety car foi posto em ação. Com isso, Perez, que liderava a corrida com tranquilidade desde a largada, caiu para a terceira posição. Leclerc, da Ferrari, assumiu a ponta. No sábado (26), o segundo treino foi marcado pelo acidente de Mick Schumacher, da equipe norte-americana Haas. O alemão de 23 anos, filho da lenda da Ferrari e heptacampeão mundial Michael Schumacher, bateu com o carro na mureta de concreto do GP.
A força do impacto destroçou o carro. Schumacher escapou ileso, mas a equipe optou por retirá-lo do GP deste domingo (27).O GP da Arábia Saudita foi atravessado por questões geopolíticas e de direitos humanos. Na sexta-feira (25), uma refinaria de petróleo da Saudi Aramco, principal patrocinadora do GP de F1 no país, foi alvo de um atentado. Os rebeldes houthis do Iêmen, aliados do Irã, assumiram a autoria dos ataques.
A fumaça do incêndio na instalação da Aramco, que fica a 12 km do autódromo de Jidá, foi vista se alastrando pela cidade durante a primeira sessão de treinos livres da F1 e as atividades do GP foram suspensas. Antes do início do segundo treino, pilotos e equipes reuniram-se para discutir o atentado.
Devido à reunião dos competidores, todas as entrevistas pós-treino foram canceladas. Horas antes, o presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Mohammed Ben Sulayem, disse que os membros do grupo houthis "estão mirando na infraestrutura, não nos civis e, claro, não na pista". Afirmou, ainda, que "este é um lugar seguro. Vamos continuar correndo."
O Mundial de F1 2022, que se iniciou com o GP do Bahrein no domingo (18), foi afetado também pela guerra iniciada pela Rússia contra a Ucrânia. A pressão de pilotos, equipes e, principalmente, patrocinadores, levou ao rompimento do contrato com o promotor da etapa de Sochi da temporada, antes prevista para setembro. "O que significa que a Rússia não vai contar com nenhuma etapa no futuro", informou a F1.
Contudo, ditaduras como a da Arábia Saudita, do Qatar e do Bahrein não tiveram por parte da F1 o mesmo tratamento que a Rússia. E, ainda que os GPs nestes países sejam comumente marcados por protestos por parte de pilotos como Lewis Hamilton, da Mercedes, não há qualquer indicativo de que os circuitos nestes países serão excluídos da F1.
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