O comitê executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu nesta terça-feira (28) recomendar "fortemente" às federações internacionais que autorizem, com restrições, a participação de atletas com passaporte da Rússia e da Belarus, encerrando uma orientação em contrário que já dura mais de um ano. O COI, porém, vai decidir futuramente se russos e belarrussos poderão competir em Paris-2024.
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Atletas russos e belarussos poderão competir como atletas neutros, desde que cumpram alguns requisitos, especialmente:
- Não terem apoiado ativamente a guerra contra a Ucrânia
- Não terem ligação com as forças armadas ou agências de segurança da Rússia e de Belarus
- A autorização vale apenas para indivíduos, não para equipes, o que exclui Rússia e Belarus de competições de esportes coletivos
- Os atletas não podem fazer referência ao seu país, incluindo uso das cores de Rússia e Belarus, dentro de toda a instalação esportiva (ginásio, estádio, etc)
O QUE LEVOU À DECISÃO
Em entrevista coletiva, o presidente do COI, Thomas Bach, justificou a decisão citando que o comitê olímpico internacional ouviu seus parceiros ao longo de quatro meses e que a grande maioria se demonstrou favorável a uma solução que incluísse os atletas russos e belarrussos.
Ele pontuou, mais uma vez, que governos não têm o poder de decidir quem pode ou não participar de uma competição esportiva, em claro recado a governos europeus que têm protestado contra a iniciativa do COI. Bach também anunciou um fundo financeiro para apoiar a preparação dos atletas ucranianos.
ESTUDOS ATÉ PARIS
Bach deixou claro que a recomendação às federações internacionais, um tipo de orientação que, quando vinda do COI, costuma ser acatada, não autoriza os russos a competirem em Paris-2024 e na próxima Olimpíada de Inverno, em 2026, na Itália. Segundo Bach, essa decisão será tomada futuramente, a partir de avaliação de como funcionou o modelo sugerido agora.
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