Daniel Ricciardo começou seu retorno à Fórmula 1 com "boas sensações" após a sexta-feira de treinos livres do GP da Hungria, na qual Charles Leclerc, da Ferrari, foi o mais rápido. Ricciardo fechou a sexta na 14º posição, a quatro décimos do companheiro Yuki Tsunoda, em um dia complicado pela chuva durante a primeira sessão e também diferente devido a uma mudança na distribuição dos pneus e no formato de classificação que será testado neste GP.
Ao invés de 13 jogos por piloto, sendo dois duros, três médios e oito macios, cada um tem à disposição 11 jogos (três duros, quatro médios e quatro macios). E, na classificação, os pilotos serão obrigados a usar duros no Q1, médios no Q2 e macios no Q3.
Isso muda a maneira das equipes se preparem nos treinos livres, e a chuva significou que, ao invés de três horas de preparação, pilotos e equipes efetivamente terão apenas duas (o terceiro treino livre será disputado a partir das 7h30 do sábado). Ou seja, não é um final de semana simples para Ricciardo, que ficou com o lugar de Nyck De Vries na AlphaTauri, voltar ao grid.
Além disso, o carro é desequilibrado e o time está na lanterna do campeonato. "Ainda há coisas em que tenho que trabalhar, mas que não me preocupam, e outras coisas no carro que podemos procurar melhorar."
O diagnóstico é um tanto vago e ainda é cedo para entender como será a readaptação de um piloto que sofreu muito com o carro da McLaren ano passado mas que, segundo Christian Horner, se desfez dos vícios ruins que tinha adquirido e voltou a andar bem.
Mas o que é claro é o impacto direto na equipe. Após os treinos livres, os jornalistas se acotovelavam para ouvir o australiano. No seu primeiro dia de volta ao paddock como piloto titular, a ânsia para escutar o que ele tinha a dizer era tanta que tinha jornalista em cima da cadeira.
Está claro que Ricciardo está levando a chance muito a sério e está tentando melhorar vários aspectos que não estavam funcionando ano passado. Um exemplo é seu regime de treinos, de que agora ele mesmo vai cuidar fora dos finais de semana de corrida. Outros pilotos, como Lewis Hamilton, chamaram a atenção para a intensidade dos treinos de Ricciardo, e ele hoje avalia que podem ter ocorrido exageros que não ajudaram na sua performance.
O sorriso característico não apareceu quando o australiano se preparava para entrar no carro nas duas sessões, e ele tentava ignorar a presença das câmeras e da produção da série da Netflix, que o seguia a todo momento.
A seriedade tem explicação. Ricciardo está assumindo uma vaga complicada na AlphaTauri, um dos piores carros do grid. Ele está entrando no meio da temporada, tem como companheiro o rápido Yuki Tsunoda, que tem evoluído bastante. E o reserva Liam Lawson só não foi efetivado justamente porque a Red Bull entendeu que poderia queimá-lo. Lawson é uma ameaça à vaga de Ricciardo no ano que vem, então precisa se readaptar rapidamente.
Ele fará sua primeira classificação, e logo com o formato diferente, a partir das 11h deste sábado. E o GP da Hungria começa às 10h do domingo.
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