Brasil e França tem um histórico de grandes duelos no Futebol e na Fórmula 1, mas há momentos em que os dois países se uniram, em benefício de um ou outro. Foi isso que ocorreu com um atleta francês, que não esqueceu o Brasil.
Teddy Riner é capaz de recusar responder a uma pergunta que simplesmente não entendeu, por não fazer sentido ou por não ter entendido a tradução simultânea. "Próxima questão, por favor." Ao mesmo tempo, é muito simpático quando o assunto lhe interessa.
Na entrevista coletiva que concedeu com os outros medalhistas da categoria dos pesados nesta sexta-feira (2), em Paris, Riner, um dos maiores judocas da história e grande heroi do esporte francês, não escondeu sua admiração pelo Brasil.
Indagado pela Folha sobre seus períodos de treinamentos no país, nos últimos dois anos, não só se mostrou grato pela recepção como chegou a dividir os créditos de sua conquista com os brasileiros.
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"Obrigado ao Brasil por me receber nesse período de preparação para os Jogos Olímpicos. Foi incrível, aprendi várias técnicas nessa viagem. Essa medalha é minha, mas também tem uma alma brasileira, assim como a de todos que me ajudaram a consegui-la."
Riner esteve no Brasil para clínicas de judô e jiu-jitsu. Seu intuito, segundo a CBJ (Confederação Brasileira de Judô), era diversificar sua técnica. Ele foi também ao Uzbequistão, outro centro emergente do esporte, como o Brasil. Ele agradeceu à CBJ pela oportunidade.
Na mesma jornada que consagrou Beatriz Souza com a primeira medalha de ouro brasileira nos Jogos de Paris-2024, Riner se tornou tricampeão olímpico dos pesados, com direito a celebridades e até o presidente francês Emmanuel Macron nas arquibancadas da Arena Campo de Marte.
"Acho que todos os atletas, do mundo inteiro, gostariam de ter um momento perfeito como esse. Eu espero que todos os atletas franceses, nestes Jogos, consigam o melhor que puderem fazer."
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