Os Jogos Olímpicos de Paris 2024, marcados por momentos de superação e conquistas memoráveis, agora são lembrados por uma disputa que se estende além das arenas esportivas. O brilho das medalhas, que deveria simbolizar o ápice da carreira dos atletas, deu lugar a uma sombra de incertezas e debates acalorados sobre justiça e regulamentação. Em meio a essas tensões, uma proposta inesperada surge, revelando a complexidade e a sensibilidade envolvidas nas decisões que moldam o destino dos grandes nomes da ginástica artística mundial.
Na última segunda-feira (12), a Federação Romena de Ginástica (FRG) emitiu uma nota oficial declarando que não solicitou a retirada da medalha de bronze da atleta norte-americana Jordan Chiles. No entanto, a entidade propôs uma solução inédita para o impasse: dividir o terceiro lugar entre as três ginastas afetadas pela decisão controversa.
CONTEÚDO RELACIONADO
- Ginasta paraense ficou sem medalha em Paris; saiba o porquê
- COB distribui R$ 4,6 milhões em premiações a medalhistas
- Breaking dá adeus às Olimpíadas após estreia em Paris 2024
Em seu comunicado, a FRG informou que seus advogados, com aprovação da federação, sugeriram premiar com medalhas de bronze não apenas Jordan Chiles, mas também as romenas Ana Maria Barbosu e Sabrina Maneca-Voinea. A federação afirmou ter tomado todas as medidas necessárias para alcançar um consenso, atendendo inclusive a solicitações feitas pelo lado americano, com o objetivo de encerrar a disputa de forma respeitosa para com todos os atletas envolvidos.
Quer saber mais notícias das Olimpíadas? Acesse nosso canal no WhatsApp.
A controvérsia começou após a final do solo, vencida pela brasileira Rebeca Andrade, com a norte-americana Simone Biles em segundo lugar. O terceiro lugar inicialmente foi atribuído a Ana Maria Barbosu, que obteve 13.700 pontos, a mesma pontuação de sua compatriota Sabrina Maneca-Voinea.
O critério de desempate foi a nota de dificuldade das manobras, colocando Barbosu à frente. No entanto, a Federação de Ginástica dos Estados Unidos contestou a nota de Jordan Chiles, e a revisão feita pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) elevou a pontuação de Chiles para 13.766, garantindo a ela o bronze.
IMPASSE SOBRE PRAZO DE RECURSO CONTINUA
A decisão gerou insatisfação na Romênia, que levou o caso à Corte Arbitral do Esporte (CAS). A corte acabou anulando a revisão da nota de Chiles, afirmando que o recurso foi apresentado fora do prazo regulamentar. Com isso, a medalha de bronze foi repassada a Barbosu, enquanto a Federação de Ginástica dos Estados Unidos alegou ter provas de que o pedido foi feito dentro do prazo e espera reverter a decisão.
Enquanto isso, novos elementos complicaram ainda mais a situação. A Federação Romena também solicitou a revisão de uma punição imposta a Sabrina Maneca-Voinea, que poderia alterar novamente o resultado final, caso fosse removida. No entanto, o CAS rejeitou o pedido, mantendo a classificação atual.
VEJA MAIS:
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar