O GP de São Paulo foi palco de uma emocionante homenagem na manhã deste domingo (3), quando Lewis Hamilton, multicampeão da Fórmula 1 pela Mercedes, trouxe de volta à pista um dos carros mais emblemáticos de Ayrton Senna. Sob uma fina garoa que encharcou o autódromo de Interlagos, o piloto britânico reviveu a era gloriosa de Senna ao pilotar o modelo McLaren MP4/5B, utilizado pelo ídolo brasileiro na conquista do bicampeonato de 1990, levando o público às lágrimas e resgatando memórias inesquecíveis.
"Eu estava revisitando minha infância, assistindo a Ayrton correndo, ouvindo o barulho desse motor. Eu não posso acreditar que tive a oportunidade de pilotar o carro do maior piloto de todos. E fazer isso na frente dessa torcida brasileira, que ficaram ontem o dia inteiro debaixo de chuva, e que estiveram aqui desde as três da manhã. É um dia muito especial para mim. Eu só posso ser muito grato a todos que fizeram com que isso aconteça”, declarou Hamilton, visivelmente emocionado após sair do carro.
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Ao som do “Tema da Vitória”, a música eternizada pelas conquistas de Senna e assinada por Eduardo Souto Neto e Roupa Nova, o autódromo foi tomado por uma atmosfera nostálgica e reverente. Bianca Senna, sobrinha do piloto brasileiro e CEO da marca que carrega o legado do tio, acompanhou de perto a homenagem ao lado do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. “É um carro que é muito icônico, numa pista que é muito icônica, com o barulho do carro que é muito icônico”, disse Bianca ao UOL Esporte, destacando a importância do momento.
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Encerrando a volta de exibição, Hamilton pegou a bandeira brasileira e agitou-a com entusiasmo, recebendo calorosos aplausos do público. A homenagem se estendeu mais do que o planejado, já que o próprio Hamilton decidiu dar algumas voltas extras. “É uma honra na minha carreira. Isso nunca vai acontecer de novo, provavelmente. Eu estou muito feliz. É por isso que eu não parei. Era para andar um pouco, eu dei umas duas voltas a mais”, revelou o piloto. Ele concluiu dizendo: “Isso que, de fato, é um carro de corrida. Se eu pudesse, eu correria com esse carro hoje. Seria um prazer para mim.”
A medalhista olímpica Rebeca Andrade encerrou o momento histórico, acenando a bandeira de chegada sob aplausos e vibração da plateia, que testemunhou um tributo inesquecível à lenda brasileira.
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