
"O presidente da Fifa, Gianni Infantino, pretende dar nesta terça-feira (10) sua principal demonstração de força desde que assumiu o cargo", publicou a Folha, em janeiro de 2017. "Hábil articulador, o suíço negociou nos últimos meses um acordo para colocar mais 16 países na competição e arrecadar mais."
A ideia da ampliação da Copa do Mundo tinha efeitos políticos que o beneficiavam -não surpreende que ele esteja firme na presidência, mesmo tendo assumido em momento de enorme turbulência, em 2016- e também efeitos esportivos, como observava a reportagem. "Ao ampliar o número de participantes, ele agrada a periferia do futebol, que terá mais chances de disputar o torneio."
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A proposta foi aprovada por unanimidade no Conselho da Fifa, naquele janeiro de 2017. Agora, o primeiro Mundial com 48 seleções se aproxima, com notícias como a liderança do Suriname em uma das chaves das Américas que oferecem vaga direta.
A Copa de 2026, a ser realizada nos Estados Unidos, no México e no Canadá, já tem 18 de seus participantes conhecidos. São eles os três anfitriões e 15 equipes que asseguraram suas vagas por meio de disputas eliminatórias continentais, com dois estreantes.
Na Ásia, Jordânia e Uzbequistão conquistaram o direito de jogar a maior competição do futebol pela primeira vez. A associação do continente tem seis classificados e ainda definirá mais duas vagas diretas e uma na repescagem mundial, o que oferece chances reais a Omã.
A África, que tem direito a nove vagas diretas e uma na repescagem, também deverá ter ao menos um participante inédito. A equipe de Cabo Verde, pequeno país insular localizado perto da costa noroeste africana, lidera sua chave com boa margem -quatro pontos, a duas rodadas do final- sobre o tradicional time de Camarões.
O avanço ao Mundial ficou muito perto na última terça-feira (9), com uma vitória por 1 a 0 sobre Camarões, em Praia, definida em bela jogada individual do atacante Dailon Livramento. Ao apito final no estádio Nacional, uma multidão invadiu o gramado, em festa pela classificação iminente.
A Concacaf, confederação que futebolisticamente reúne países da América do Norte e da América Central -com pontuais reforços da América do Sul-, também tem grande potencial para estreantes.
O futebol da região é historicamente dominado pelo México, que, com 17 participações na Copa do Mundo, só tem menos classificações do que as potências Brasil (22), Alemanha (20), Itália (18) e Argentina (18) -esses quatro países concentram 16 dos 22 títulos. Mas o México já tem vaga em 2026 como sede, assim como os Estados Unidos e o Canadá.
No último Mundial, no Qatar, foram justamente México, Estados Unidos e Canadá que obtiveram as vagas diretas da Concacaf -a Costa Rica avançou na repescagem. Agora, há mais três vagas diretas, uma para cada chave, e os dois melhores segundos colocados vão para a repescagem mundial.
Foram realizadas apenas duas das seis rodadas, o que ainda torna difícil prever o desfecho. O cenário atual, porém, tem o Suriname na liderança do Grupo A. No Grupo B, liderado pela Jamaica -que só esteve em uma Copa, em 1998-, Curaçao tem uma vitória e um empate, o que o deixa em segundo e na zona de repescagem.
A repescagem mundial terá seis equipes, com as duas vagas derradeiras do Mundial em disputa. Um dos países que já estão assegurados na repescagem é a Nova Caledônia, da Oceania, outra potencial estreante. Assim é a Copa de 2026, exatamente como propôs Infantino em 2017.
"A animação de um país que se classifica para a Copa do Mundo é o que mais ajuda a divulgar o futebol. Se um time não se classifica, muitas vezes é um desastre. Mas, se a seleção se classifica, é uma festa", afirmou, há oito anos, quando buscava a aprovação da disputa com 48 seleções.
Agora, ele já pensa em 64 participantes, possibilidade real para 2030.
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